domingo, 30 de outubro de 2011


Culto Espírita
“Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou os profetas: não os vim destruir, mas cumpri-los.” – Jesus. (Mateus, 5:11.)
“Assim corno o Cristo disse: Não vim destruir a lei, porém cumpri-la, também o Espiritismo diz: Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução.” (O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 1, 7.)

O Culto Espírita, expressando veneração aos princípios evangélicos que ele mesmo restaura, apela para o íntimo de cada um, a fim de patentear-se.
Ninguém precisa inquirir o modo de nobilitá-lo com mais grandeza, porque reverenciá-lo é conferir-lhe força e substância na própria vida.
Mãe, aceitarás os encargos e os sacrifícios do lar amando e auxiliando a Humanidade, no esposo e nos filhos que a Sabedoria Divina te confiou.
Dirigente, honrarás os dirigidos.
Legislador, não farás da autoridade instrumento de opressão.
Administrador, respeitarás a posse e o dinheiro, empregando-lhes os recursos no bem de todos, com o devido discernimento.
Mestre, ensinarás construindo.
Pensador, não torcerás as convicções que te enobrecem.
Cientista, descortinarás caminhos novos, sem degradar a inteligência.
Médico, viverás na dignidade da profissão sem negociar com as dores dos semelhantes.
Magistrado, sustentarás a justiça.
Advogado, preservarás o direito.
Escritor, não molharás a pena no lodo da viciação nem no veneno da injúria.
Poeta, converterás a inspiração em fonte de luz.
Orador, cultivarás a verdade.
Artista, exaltarás o gênio e a sensibilidade sem corrompê-los.
Chefe, serás humano e generoso, sem fugir à imparcialidade e à razão.
Operário, não furtarás o tempo, envilecendo a tarefa.
Lavrador, protegerás a terra.
Comerciante, não incentivarás a fome ou o desconforto, a pretexto de lucro.
Cobrador de impostos, aplicarás os regulamentos com equidade.
Médium, serás sincero e leal aos compromissos que abraças, evitando perverter os talentos do plano espiritual no profissionalismo religioso.
0 culto espírita possui um templo vivo em cada consciência, na esfera de todos aqueles que lhe esposam as instruções, de conformidade com o ensino de Jesus: “0 reino de Deus está dentro de vós” e toda a sua teologia se resume na definição do Evangelho: “A cada um por suas obras”.
À vista disso, prescindindo de convenção pragmática, temos nele o caminho libertador da alma, educando-nos raciocínio e sentimento, para que possamos servir na construção do mundo melhor.Do Livro da Esperança, obra de Emmanuel, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

ÉTICA ESPÍRITA, ENTRADA FRANCA SEMPRE!...  POR QUE NÃO?
Após proferir palestra no Centro Espírita, cujo tema nos induziu a afirmar para o público sobre o delírio da cobrança de taxas para entrada no congresso “espírita”, programado pelo órgão federativo local, um amigo sugeriu-nos a leitura do “Projeto de Interiorização”- Espiritismo para os simples. (1) Procuramos conhecer o projeto, lemos e apreciamos bastante as diretrizes e planos ali consignados.   O confrade também indicou-nos o artigo “União com fidelidade, simplicidade e fraternidade” do admirável Antonio César Perri de Carvalho, Diretor da FEB. Encontramos o artigo na Revista Reformador; analisamos o texto e ficamos entusiasmados com os dizeres do representante da Comissão Executiva do Conselho Espírita Internacional. O excelente artigo, dentre outras reflexões audaciosas, inspira-nos para o imperativo da “unidade do espírito pelo vínculo da paz”. (2)
César Perri ilustra o tema afirmando que “entre os desafios atuais para a união dos espíritas (...)há necessidade de revisão de algumas estratégias e posturas, para se ampliar a difusão do Espiritismo em todas as faixas etárias e sociais. (...) entendemos que o acolhimento dos simples [espíritas desempregados,  iletrados, pobres] no ambiente das reuniões espíritas é tarefa de primordial importância nos tempo em que vivemos.”(3) 
Para o Diretor da FEB “a realização de eventos federativos e de divulgação devem ter como parâmetros o que é simples e viável para a maioria das instituições e dos espíritas.” (4)(grifei)
O tema é recorrente e crônico. É flagrante a marginalização de confrades valorosos que, devido à impossibilidade de arcar com os escorchantes  preços dos eventos espíritas, ficam e continuarão a ficar excluídos dos congressos espíritas, como os que têm sido realizados ultimamente por diversas federativas estaduais e mesmo pela Casa Mater. Após 36 anos escrevendo para imprensa espírita e alertando sobre a discrepância  dos eventos pagos, confessamos que o Perri pacificou-nos o ânimo com as suas judiciosas e lúcidas palavras. E, mais, advindo de um confrade de envergadura moral irrepreensível como é o caso do Perri, acreditamos que o Movimento Espírita brasileiro mudará de rota no Brasil e no Mundo.
À guisa de sugestão , considerando a viabilidade de participação nos eventos doutrinários da maioria das instituições e dos espíritas, propomos aos abastados  seguidores de Kardec  abrirem mão do excesso da conta bancária  e colaborem mais frequentemente com o Movimento Espírita.  Poderiam bancar vários eventos doutrinários sem consentir que espíritas simples fossem excluídos dos congressos, seminários e encontros. Portanto, sem ferir a ótica e a ética espíritas, saberiam utilizar com inteligência os recursos que Deus concede, fugiriam da avareza, seriam pródigos no amor, conscientizar-se-iam da imensa responsabilidade social e colaborariam para fazer do Espiritismo o mais importante núcleo de debates espirituais da Terra...
Modelo de mecenas (5) não falta! “O empresário carioca Frederico Figner, proprietário da Casa Edison e introdutor do fonógrafo no Brasil, era um deles. Tão rico quanto espírita, ele trocou cartas com Chico Xavier 17 anos seguidos. E o ajudou muito. Sem suas doações, o datilógrafo da Fazenda Modelo não conseguiria atender tanta gente. A cada mês, o filho de João Cândido gastava o correspondente a três vezes o seu salário só com assistência social. Para Chico, os ricos deveriam ser considerados “administradores dos bens de Deus”. Ao longo de sua vida, ele ajudaria muitos milionários “benfeitores” a canalizar os “tesouros divinos” para a caridade.”(6)
O editorial da revista "O Espírita", de jan/mar-93 registra que  "a fé começa nos lábios, obrigatoriamente passa pelo bolso, para se instalar no coração".(7)  Sabemos que a divulgação doutrinária é urgente mas não apressada. Portando, não identificamos necessidade nenhuma para o afoitamento e desespero das federativas promoverem improfícuos festivais de congressos, seminários e simpósios onerosos. Jamais esqueçamos que “é indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec: sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios.” (8)
Os congressos espíritas são importantes  para a vitalidade do movimento espírita, para a permuta de experiências e o congraçamento entre pessoas. Mas, francamente! O frenesi para realização de congressões espíritas dispendiosos têm revigorado o status, o personalismo e a vaidade de muitos líderes incautos. Jesus nos ensinou a condenar o erro, preservando a quem erra. Mas, até mesmo Ele, que era um exemplo de brandura, atuou com austeridade, com muito rigor, aliás, quando a expelir os vendilhões do Templo.
Não condenamos e nem poderíamos desaprovar os Congressos, Simpósios, Seminários, encontros necessários à divulgação e à troca de experiências, mas, a Doutrina Espírita não pode ficar cerrada nos Centros de Convenções suntuosos, não se pode enclausurar  Espiritismo nos excludentes anfiteatros acadêmicos e nem aprisioná-lo em grupos fechados. À semelhança do Movimento Cristão, dos tempos apostólicos, A Doutrina dos Espíritos também pertence aos Centros Espíritas simples, localizados nos bolsões de desventura, nos assentamentos, nas favelas, nos bairros miseráveis, nas periferias urbanas esquecidas; e não nos venham com a eloqüência oca de que estamos sugerindo um tipo de “elitismo às avessas”.  O que fortalece nossas assertivas são os muitos Centros Espíritas simples e pobres, todavia bem dirigidos em vários municípios do País. Por causa desses Núcleos Espíritas e médiuns humildes, o Espiritismo haverá de se manter simples e coerente, no Brasil e, quiçá, no Mundo, conforme os Benfeitores do Senhor o entregaram a Allan Kardec.
E por falar no mestre lionês, precisamos de “Allan Kardec nos estudos, nas cogitações, nas atividades, nas obras, a fim de que à nossa fé não se faça hipnose, pela qual o domínio da sombra se estabelece sobre as mentes mais fracas, acorrentando-as a séculos de ilusão e sofrimento. Seja Allan Kardec, não apenas crido ou sentido, apregoado ou manifestado, à nossa bandeira, mas suficientemente vivido, sofrido, chorado e realizado em nossas próprias vidas. Sem essa base é difícil forjar o caráter espírita-cristão que o mundo conturbado espera de nós pela unificação.” (9)
Jorge Hessen - http://jorgehessen.net
Referências bibliogrráficas
1)isponível em: http://www.febnet.org.br/ba/file/CFN/Projeto_interiorização.pdf
(2)Xavier, Francisco C. Fonte Viva, ditado pelo espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 49, pg.116
(3)Carvalho, Antonio C. Perri. Artigo “União com fidelidade, simplicidade e fraternidade” publica do em Reformador, abril, ano 2011 pags. 29,30 e 31
(4)idem
(5)O termo mecenas, nos países de línguas neolatinas, indica uma pessoa dotada de poder ou dinheiro que fomenta concretamente a produção de certos literatos e artistas. Num sentido mais amplo, fala-se de mecenato para designar o incentivo financeiro de atividades culturais, como exposições de arte, feiras de livros, peças de teatro, produções cinematográficas, restauro de obras de arte e monumentos.
(6) Maior, Marcel S. As vidas de Chico Xavier, São Paulo: Editora Planeta, 2003
(7)Editorial da revista "O Espírita" de Brasília edição de jan/mar-93
(8)Bezerra de Menezes, trechos da mensagem “Unificação”, Psic. F. C. Xavier – Reformador, dez/1975 - FONTE: CEI - Conselho Espírita Internacional.
(9 Idem

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

PALESTRA EM FORTALEZA - ESCOLHA A CALMA



PALESTRA INTERNACIONAL em Fortaleza/CE ESCOLHA A CALMA com a Médica Indiana, com mais de 40 anos de experiência como professora de Meditação. É a Coordenadora da Brahma Kumaris para o Caribe. Viaja extensivamente ao redor do mundo ministrando conferências e outras atividades sobre Qualidade de Vida e Meditação. Data: 25 de Setembro (domingo) Horário: 19 horas Local: CEFET CEFET - Avenida Treze de Maio, 2081 - Benfica Entrada franca. Não é necessário se inscrever. Informações: Email: fortaleza@br.bkwsu.org Fone: (85)3224-5390
Realização: Organização Brahma Kumaris A Brahma Kumaris – OBK é uma organização internacional que tem por objetivo a revalorização do ser humano para a construção de um mundo melhor. Com mais de 8.500 unidades em 129 países, territórios e ilhas, tem sua sede internacional na Índia, onde foi fundada em 1937. Não possui fins lucrativos e seu trabalho é mantido por serviço voluntário e contribuições espontâneas daqueles que se beneficiam dele. A OBK procura ajudar as pessoas a redescobrirem e fortalecerem seus valores inatos, encorajando e facilitando um processo espiritual de despertar. Esse processo leva a uma compreensão da importância de pensamentos e sentimentos como sementes de ações. Entende-se que, por meio do desenvolvimento e crescimento dos indivíduos, acontecerão as mudanças necessárias para um mundo mais pacífico e harmonioso. *Para mais informações sobre a OBK, visite o site www.bkwsu.org/brasil

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O FILME DOS ESPÍRITOS


O Filme dos Espíritos, de André Marouço e Michel Dubret, estréia dia 07/10 em todo o país pela Paris Filmes.
No elenco estão Nelson Xavier, Ênio Gonçalves, Etty Fraser, Ana Rosa, Sandra Corveloni e Reinaldo Rodrigues
O Filme dos Espíritos, livremente baseado em O Livro dos Espíritos, escrito por Allan Kardec, em 1857, está saindo do papel dia 07/10/2011 pela PARIS Filmes. Assinam a direção o jornalista e cineasta André Marouço, e o cineasta Michel Dubret.
Em linhas gerais, o filme contará a história de um homem, Bruno Alves, que, por volta dos 40 anos, perde a mulher e se vê completamente abalado. A perda do emprego se soma à sua profunda tristeza e o suicídio lhe parece a única saída. Nesse momento, ele entra em contato com O Livro dos Espíritos, obra basilar da doutrina espírita. Há também uma dedicatória no exemplar: "esta obra salvou-me a vida. Leia-a com atenção e tenha bom proveito." A partir daí, o protagonista da história começa uma jornada de transformação interior rumo aos mistérios da vida espiritual.

sábado, 10 de setembro de 2011

SABER USAR
O casal adentrou o restaurante, acompanhado por seus dois filhos, que aparentavam ter aproximadamente oito e dois anos. A mãe trazia consigo uma grande sacola, cujo conteúdo despertou a curiosidade dos demais. Assim que se acomodaram à mesa, o garçom os abordou, anotando os pedidos para aquela refeição. No momento seguinte, a mãe retirou da sacola dois aparelhos portáteis de dvd e uma coleção de dvd's com histórias infantis. As crianças selecionaram os filmes que lhes interessariam naquele momento e o pai colocou cada filme em seu respectivo aparelho, que foi  devidamente acomodado em cima da mesa de refeição, em frente a cada  criança. A cena chamou a atenção das pessoas presentes. Logo que o  jantar foi servido, as crianças colocaram seus pratos em sua frente e ao lado, mantiveram o pequeno aparelho conectado a cada um, por fones de ouvido. P0ara admiração dos que os observavam, assim se mantiveram durante todo o  jantar. O casal, comendo e conversando calmamente e os filhos, ilusoriamente comportados, se alimentando e assistindo, cada qual ao seu próprio filme.
***
Essa situação nos conduz a alguns questionamentos. Onde está o  diálogo entre os familiares durante o momento da refeição? Onde está o respeito ao alimento, que nos traz a saúde e o bem-estar e que nos  permite a manutenção da vida? Onde está o limite que devemos nos impor ao uso da tecnologia, em relação a quando, onde e em que tempo devemos usufruir dela? Quando nos sentarmos à mesa para nos alimentar, saibamos valorizar a companhia dos familiares e dos amigos, respeitando a presença de cada um e aproveitando esse convívio.
***
Quando nos alimentamos de qualquer maneira, sem dar a devida atenção ao que estamos ingerindo, estaremos dando pouco valor ao fato de termos o acesso ao alimento e também à sua qualidade. É certo que o avanço tecnológico se faz hoje com uma velocidade que dificilmente acompanhamos. A inteligência humana é capaz de produzir feitos que há pouco tempo jamais imaginávamos possíveis. Devemos  agradecer a Deus a oportunidade de viver em um mundo onde, a cada dia, surgem mais possibilidades de manutenção da vida, através de  descobertas que permitem vencer enfermidades antes tidas como incuráveis. Através da criatividade e inteligência humanas, surgem criações que colaboram  para que as pessoas se mantenham constantemente informadas e  conectadas entre si.
Surgem também, formas diversas de lazer e entretenimento que encantam e  envolvem pessoas de todas as idades. Diante de  todo esse avanço tecnológico, saibamos usar a nossa sensibilidade e os valores pessoais para que possamos usufruir dele sem cometer excessos. Que saibamos os exatos limites de tempo e de espaço ao lançarmos mão do uso desses modernos equipamentos. Saibamos usar toda essa tecnologia que temos hoje à nossa disposição de forma  positiva. Não deixemos que o uso dela interfira negativamente ou substitua os ricos momentos de convívio com a família e com os amigos, nos quais devemos exercitar o diálogo, o respeito e a fraternidade.
Redação do Momento Espírita. Em 01.09.2011.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

JORGE HESSEN


Jorge Hessen
Jornalista, professor e historiador (licenciado pela Unb) articulista e palestrante. Gosto de escrever e ler utilizando os recusos da Rede Mundial de Computadores (Internet). Portanto meu nome é Jorge Hessen sou natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951.

Servidor Público Federal lotado no INMETRO de Brasília; Formação acadêmica: Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História, Escritor (dois livros publicados) Jornalista e articulista com vários artigos publicados na Revista O médium de Juiz de Fora, Reformador da FEB, O Espírita de Brasília , do Jornal da Federação de Mato Grosso e do Jornal da FEDERAÇÃO DO DF, site pessoal http://jorgehessen.net

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A LIÇÃO DO CARVALHO

A lição do carvalho
Era um velho carvalho no meio de uma grande floresta. Há alguns anos, uma enorme tempestade o deixara quebrado e feio. Jamais conseguira se reerguer, como as demais árvores. Quando a primavera chegava, o adornava de flores novas e verdes e o outono tomava o cuidado de pintá-las todas de cor avermelhada. Mas os ventos inclementes sopravam e levavam todas as folhas e nada mais podia disfarçar a sua feiura. A árvore foi se sentindo esquecida, abandonada, sem utilidade. E um enorme vazio tomou conta dela. Quando o vento do outono passou por ali, ela se lamentou: Ninguém mais me quer. Não sirvo para nada. Sou um velho inútil. Mais alguns dias se passaram e, na proximidade do inverno, um pica-pau sentou-se em seu tronco e começou a bicá-lo, de forma insistente. Tanto bicou que conseguiu fazer um pequeno furo, uma portinha de entrada para sua residência de inverno, no tronco oco do carvalho. Arrumou tudo com muito bom gosto. Aliás, estava praticamente tudo arrumado. As paredes eram quentinhas, aconchegantes e havia muitos bichinhos que poderiam alimentá-lo e aos seus filhotes. Como estou feliz em ter encontrado esta árvore oca! Ela será a salvação para mim e minha família no frio que se aproxima. Pouco tempo depois, um esquilo aproximou-se e ficou correndo pelo tronco envelhecido, até achar um buraco redondo, que seria a janelinha da sua casa. Forrou por dentro com musgo e arrumou pilhas e pilhas de nozes que o deveriam alimentar durante toda a estação de ventos gelados. Como estou agradecido, falou o esquilo, por ter encontrado esta árvore oca. O carvalho passou a sentir umas coisas estranhas. As asas dos passarinhos roçando em sua intimidade, o coração alegre do esquilo, suas patas miúdas apalpando o tronco diariamente fizeram com que se sentisse feliz. Seus ramos passaram a cantar felicidade. Quando chegou a época das chuvas, deixou-se molhar, permitindo que as gotas escorressem por seus galhos, lentamente. Aceitou a neve que o envolveu em seu manto por muitas semanas, agradeceu os raios do sol e a luz das estrelas. Tudo era motivo de felicidade. A velha árvore redescobrira a alegria de servir.
* * *
Ninguém há que nada possua para dar. Ninguém existe que não possa fazer algo a benefício do seu irmão. Um sorriso, uma prece, um gesto, um abraço, um agasalho, um pão. Há tanto que se fazer na Terra. Existem tantos aguardando a cota do nosso gesto de ternura. Ninguém inútil ou desprezível. Cabe-nos redescobrir a riqueza que em nós existe e distribuí-la a quem dela necessite ou espere.
Se nos sentirmos solitários, em meio às dificuldades que nos alcancem, aprendamos a estender sorrisos nos caminhos por onde passarmos. Antes de nos amargurarmos e cobrar gestos de carinho de amigos e parentes, antecipemo-nos e doemos a nossa cota de amor, ainda hoje, permitindo-nos usufruir da alegria de dar e dar-se.
Autor: Redação do Momento Espírita, com base no texto A árvore solitária, de O livro das virtudes, v. 2, de William J. Bennett, ed. Nova fronteira.   

TORRADAS QUEIMADAS


TORRADAS QUEIMADAS!
(e o grande valor de TOLERÂNCIA !)

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar.
E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho muito duro.
Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai.
Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato.
Tudo o que meu pai fez foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia na escola.
Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geleia e engolindo cada bocado.
Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada.
E eu nunca esquecerei o que ele disse:
" - Adorei a torrada queimada..."
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada.
Ele me envolveu em seus braços e me disse:
" - Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada...
Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém.
A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas.
E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro, talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias!
O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.
Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir as falhas do outro.
Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando.
Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo
ficar cheiroso, de tão limpo.
Eu não sei fazer uma lasanha como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu.
Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar.
A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apoia, eu e ela nos completamos.
Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes.
Não que mais tarde, o dia que um partir, este mundo vá desmoronar, não vai.
Novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor.
De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos.
Então filho, se esforce para ser sempre tolerante, principalmente com quem dedica o precioso tempo da vida, a você e ao próximo.

"As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse. Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir."

SABEDORIA MATERNA


Sabedoria materna
Todos temos mãe. Presente, ausente, bonita ou nem tanto, culta ou analfabeta sempre existe mãe, na vida de cada pessoa.
É com essa criatura especial que aprendemos lições que nos acompanham vida afora.
Quando crianças, de um modo geral, consideramos que mãe é aquela pessoa que sabe ser estraga-prazeres muito além da medida.
É aquela que nos chama para fazer o dever de casa justo na hora em que a brincadeira estava no auge. Ou quando estávamos prestes a passar para o próximo nível, no game.
É aquela que só sabe nos falar de obrigações: ir à escola, estudar para a prova, recolher a roupa espalhada pelo quarto, limpar a cozinha, varrer a calçada.
Parece que ela tem um computador que somente fica elaborando tarefas e mais tarefas.
Na adolescência, é a constante vigia das nossas saídas, dos telefonemas, do uso da Internet.
E sonhamos com o dia em que possamos nos liberar de tudo isso.
Nem nos apercebemos que para ela corremos, ao menor problema.
Quando pequenos, qualquer machucado nos faz gritar: Mãe!
Quando uma criança maior nos ameaça bater, corremos na busca de refúgio entre seus braços.
E quando as primeiras desilusões amorosas nos fazem acreditar que nunca seremos felizes é no regaço dela que encontramos um coração amoroso a nos dizer: Espera, amanhã é novo dia. Espera: o amor chegará e te fará feliz.
Quando chegamos à idade adulta, nos damos conta do extraordinário ser que é a mãe.
E, quando temos nossos próprios filhos, repetimos muitas das lições recebidas dela.
Finalmente, quando a maturidade vai salpicando de prata e neve os nossos cabelos, a memória nos recorda como era sábia nossa mãe.
O compositor brasileiro Tom Jobim, recordando sua mãe, dizia que ela era uma pessoa sempre de bem com a vida e, por vezes, engraçada.
Contava que, certa vez, transitava de bonde pelo Rio de Janeiro, com sua mãe. Sentado, começou a mexer com os pés até que, de repente um dos sapatos soltou-se e caiu.
Ele se levantou e ficou olhando o calçado parado, no meio da rua, enquanto o bonde continuava a se distanciar sempre mais.
Vendo seu desassossego, a mãe lhe perguntou: O que aconteceu?
Quando informou o que ocorrera, ela se abaixou, tirou o sapato que ainda estava no pé do filho e o lançou para fora.
Mãe, por que fez isso?
Ora, meu filho, quem encontrar um, encontrará o outro e poderá usar.
*   *   *
Sabedoria das mães. Que nós, filhos, a saibamos aproveitar.
Aprender com elas a amar, disciplinar e, em verdadeiro holocausto, renunciar aos filhos para os doar ao mundo.
Que as saibamos honrar com nossa presença e nossa gratidão, enquanto conosco.
E que não as esqueçamos, nos dias da saudade que virão, após sua partida. Que haja preces subindo aos céus pela joia preciosa que nos deu a vida física, nos amou, educou, ensinando-nos a andar com os próprios pés e desejar alcançar as estrelas.
Redação do Momento Espírita.
Em 05.09.2011

terça-feira, 6 de setembro de 2011

AS PESSOAS MAIS FELIZES

As pessoas mais felizes
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram, para aqueles que se machucam, para aqueles que buscam e tentam sempre e para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.
Ninguém jamais foi honrado pelo que recebeu. A honra é a recompensa pelo que se deu.
Mostre-me um homem que não se importa em realizar coisas pequenas e eu lhe , mostrarei um homem a que não se pode confiar grandes realizações;
Um homem não está acabado quando enfrenta uma derrota ou uma falência. Ele está acabado quando desiste, mas lembre-se que a personalidade tem o poder de abrir as portas, mas é o caráter que as mantém abertas.
(DA)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Uma linda e abençoada tarde amigos e amigas. Que a PAZ de JESUS permaneça sempre entre todos nós.
Em breve retornarei a postar as mensagens neste ponto de luz. Saudades.
Carinhoso abraço.

Niedma