terça-feira, 30 de dezembro de 2008

O PRESENTE DA PAZ


O presente da Paz
"Neste ano que vai começar,
eu desejo que você queira muito mais,
queira receber da vida, muita PAZ."

Paz de espírito,
para aceitar as diferenças e ser mais tolerante.

Paz profunda,
para não dizer palavras mal-ditas,
que não tragam arrependimento.

Paz interior,
para olhar o mundo com "bons olhos",
e para tudo e para todos, ter uma boa palavra.

Paz da reconciliação,
para não julgar, não condenar e não ter o que perdoar.

Paz da certeza,
para te levar com serenidade até onde você sonhar.

Paz cristã,
que revela o Cristo em cada ato, cada atitude,
em cada lugar por onde você passar.

Paz da eternidade,
que te lembre a cada instante que tudo é passageiro,
que o sol vai sair depois dos dias de chuva sem fim,
que a noite vai ceder e o dia vai chegar,
que a vida recomeça em cada semente que caiu da árvore morta,
que somos frutos maduros do amor de Deus,
brisas que passam pela Terra e deixam uma marca,

Que em 2009 a sua marca seja a Paz.
PAZ que almejamos para todos, sem medidas, sem adjetivos,
simplesmente PAZ.

Feliz 2009 em PAZ.


Equipe Cultivadores Da PAZ e SEPA – Sala Espírita Palavra Amiga
Pontinho de luz inapagável!


Equipe de trabalhadores da SEARA DE JESUS, CULTIVADORES DA PAZ E SEPA: AmigoDaPaz, Dualba, EssenciaDeAmor, Esperanto, Lenir,Marcia e Oberdhan.




domingo, 28 de dezembro de 2008

ANOTAÇÕES ESPÍRITAS


De todas as mensagens que provavelmente aguardas do Além, nenhuma delas mais expressiva que a do Cristo no Evangelho: "Ama e serve". O conhecimento superior é clarão que verte do mais alto para que te ilumines, clareando os caminhos por onde transites.

.Amar sem exigir.
.Compreender sem condenar.
.Cultivar o otimismo, no entanto, não crer que a verdade se erija em vitórias fáceis.

Unge-te de confiança, contudo, sente raciocinando, para que não raciocines sem apoio no sentimento. Indiscutivelmente o mal existe em forma de ignorância, no entanto, as vítimas do mal serão, um dia, recuperadas no BEM ETERNO. Em todas as circunstâncias, particularmente naquelas que se enunciem no desfavor de teus interesses, deixa que a caridade te inspire a benefício dos outros. Pensa na própria imortalidade e, acima de quaisquer patrimônios, prefere sempre o da consciência tranquila. Não permitas que o dia se escoe, sem que atendas, pelo menos, a um ato de bondade ou a breve aquisição de algum conhecimento nobilitante. Não levarás para o Mundo Espiritual nem as possibilidades materiais que usufruas e nem os títulos que te exornem o nome, mas sim, a vida que levas, com todo o cortejo das imagens dignas ou menos dignas, felizes ou menos felizes que hajas criado. Por isso mesmo, no Além, antes de conviveres com os outros, viverás contigo mesmo, em plena observância da Lei "a cada um por suas obras". Devotados Instrutores Espirituais não apenas te amam e te protegem, todavia esperam também por teu aperfeiçoamento, a fim de que lhes expresses no mundo a mensagem de cooperação e de amor. Valoriza a tua permanência na Terra e, cumprindo retamente todos os deveres que as circunstâncias te designam, faze o bem que possas. A vida eterna vibra em nós, agora. Movimenta-se a Terra em plenos Céus. Hoje, o grande momento. Melhoremo-nos hoje e tudo ser-nos-à melhor amanhã.

Psic: Chico Xavier
Espírito: Emmanuel

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

PAZ EM SEU CORAÇÃO!



Final de 2008! Todo fim é um convite à reflexão. Pensamos sobre as conquistas, as decepções, as alegrias, tristezas, realizações, enfim, fazemos uma análise do que fizemos e, principalmente, do que não fizemos. Somado ao Natal que por si só simboliza renascimento, ou seja, mudar e renascer para uma nova vida. O convite à reflexão é positivo porque faz pensar, mas esse pensar muitas vezes traz recordações, lembranças e saudades, principalmente, para aqueles que estão longe de quem amam ou por terem perdido alguém significativo. A vontade de rever, de abraçar, de conversar, de estar junto se faz presente e a saudade chega a doer. Nesse momento, devemos lembrar que o amor verdadeiro não separa, não morre, mas sobrepõe-se a qualquer outro sentimento e para sempre permanece vivo.Nesta época, em geral, cada ser busca ocupar seu tempo com tudo e todos, menos consigo mesmo. Por ser uma época que sugere a introspecção, muitos se sobrecarregam com as compras, como forma de fugir, inconscientemente, do que sentem. São os presentes, os enfeites, a decoração, as comidas, bebidas, roupas, mas... e os sentimentos? Ficam de lado como se não existissem? Por que olhar só para fora? Será que olhar para fora e se ocupar com o externo protege e impede a tristeza? E quem disse que temos que estar feliz nessas ocasiões?Por exemplo, a tradição da troca de presentes perdeu o sentido real. Esse é um ato que demonstra, ou deveria demonstrar, generosidade, amor, perdão e união. Hoje, muitas pessoas o fazem por obrigação e hipocrisia. Qual o valor que há nisso? Qual o valor que há em estar com pessoas só porque é Natal, mas que no decorrer do ano nem lembram de você?As convenções estabelecidas de como se deve passar o Natal tendem a diminuir, permitindo que cada um busque passar essa data de acordo com seus verdadeiros valores e aquilo que pede seu coração. Devemos e merecemos estar felizes, mas como reflexo do que estamos sentindo e não por mera convenção. Não há nada contra presentes, encontros ou ambientes alegres, mas é preciso questionar o verdadeiro sentido, mergulhar mais na profundidade do interior dos próprios sentimentos, proporcionando assim verdadeiros encontros.Por que nessa época do ano todos ficam mais fragilizados e sensíveis e para a maioria é uma época de muita nostalgia? O Natal por si só nos remete à infância, mesmo aqueles que não tiveram uma infância feliz, esperavam ansiosos pelo velhinho de barbas brancas e roupa vermelha. Era uma época em que se ganhava (ou não) presente, havia (ou não) festas, alegria, pessoas. Havia a magia do sonho. Todos se encontravam para festejar. Com o tempo, as pessoas vão se afastando, indo para outro plano, os caminhos vão se distanciando, os sonhos vão sendo esquecidos, assim, não há mais com quem comemorar, nem o que festejar e aquela alegria sentida vai ficando distante da que um dia existiu.Não devemos seguir padrões ou fazer festa porque é Natal, devemos sim é estar próximos de quem amamos e, principalmente, de nós mesmos. Devemos é resgatar nossos sonhos, não esperando mais pelo bom velhinho, mas acreditando que cada um de nós é capaz de vencer, de viver, de ser feliz pelo que se é e não pelo que se tem.Neste Natal e final de ano, substitua a tristeza pela alegria, a saudade pelas boas lembranças, o comodismo pela mudança, os maus tratos pelo cuidado, a agressividade pelo carinho, as lágrimas pelo sorriso, a descrença pela fé e esperança, as brigas pela união, a culpa pelo perdão, o ódio pelo amor. E permita que esses sentimentos positivos perdurem em todos os dias do próximo ano, tornando 2009 um ano totalmente diferente e maravilhoso para você. Assim, não só coloque, mas sinta paz em seu coração!Depois de ler este artigo, você pode fazer o seguinte exercício para começar a projetar coisas positivas para o próximo ano. Feche os olhos e imagine-se no dia 31 de dezembro de 2009. O ano não está errado, é este mesmo. Faça uma retrospectiva do ano 2009 como se ele já tivesse passado e agradeça tudo de bom que você conquistou. Faça uma carta para registrar tudo que aconteceu em sua vida. Guarde com muito carinho e quando chegar esta data efetivamente leia e veja o que realmente conseguiu realizar e lembre-se sempre de agradecer.Como diz um trecho da música "Canção do Terceiro Milênio" interpretada por Leonardo:
"Vamos todos fazer nosso sonho se realizarNinguém deve passar pela vida sem acontecer O sol nasce pra todos, ninguém vai ficar sem brilharE é por essas e outras que a gente tem que Agradecer..."
Celebre o Natal e, acima de tudo, irradie a luz que existe dentro de você em cada dia do novo ano que vai chegar! E se eu pudesse te deixar um presente, deixaria uma semente que começasse a germinar dentro de você e aos poucos fosse contagiando a todos que estão à sua volta. Deixaria uma semente dos mais nobres dos sentimentos... Assim, te deixo uma semente de amor!

sábado, 20 de dezembro de 2008

JESUS, NASCIDO HÁ 2012 ANOS, FOI CRUCIFICADO AOS 38 ANOS DE IDADE.


O nascimento de Jesus é o episódio que, tradicionalmente, demarca o início da era cristã. Porém, em face de um erro de cálculo, cometido no século 6 d.C., pela Igreja, as datas não coincidem. Sabe-se, atualmente, que Jesus nasceu antes do ano 1, provavelmente, entre 6 e 5 a.C. Pode-se afirmar isso, com razoável segurança, graças à narrativa muito precisa do Evangelho de Lucas. Segundo o evangelista, o fato aconteceu na época do recenseamento, ordenado pelo imperador romano César Augusto. Esse censo, o primeiro realizado na Palestina, tinha por objetivo regularizar a cobrança de impostos. Os historiadores estão de acordo em situar tal fato político no período que vai de 8 a 5 a.C.

O Papa João Paulo II declarou, numa ocasião, que Jesus não nasceu no ano 1, pois a data correta do natalício do Mestre, ainda, era desconhecida, conforme informa a Revista Veja, de janeiro de 1987. (1) Curiosamente, a enciclopédia O Mundo do Saber, Editora Delta-Volume I, (2) registra: Jesus nasceu em Belém-Judéia, em 4 a.C. Ante muitas controvérsias sobre a questão, colhemos informes no seio da própria Igreja, quando, no século VI (525 a D.), o sacerdote Dionísio, fanático por matemática, recebendo a incumbência para “descobrir” a data exata do nascimento do Cristo, fixou-a no ano 754, do calendário romano, (3) e que foi aceita pela cúpula da Igreja Católica. Mas, o clérigo Dionísio começou a pesquisa partindo de uma premissa equivocada, pois, manteve como referência o batismo do Mestre, ocorrido no 15º ano do governo do Imperador Tibério César (4) e tinha absoluta convicção (à época) de que o imperador romano iniciou o governo no ano 14; a conclusão foi “lógica”, 14+15=29, onde tentou buscar confirmação no Novo Testamento, quando Lucas, no Capítulo III, versículo 23, registra ter sido Jesus batizado com 29 anos de idade (!!?...).

Outro fato histórico relevante, é que Tibério César governava o Império desde o ano 9 d. C. ; logo, o equívoco do padre matemático subtraiu, de 4 a 5 anos, da história cristã, cronologicamente regida pelo calendário gregoriano. (5) Aliás, erro já devidamente assumido pelo Vaticano. (6)

Existe outro fator que comprova o erro de cálculo de Dionísio: sabemos, pela tradição dos textos das escrituras, que Herodes, o Grande, quando teve notícia do nascimento do Cristo, ordenou a matança de todas as crianças nascidas, nos dois últimos anos, em Belém e cercanias da Judéia. Na ocasião, Maria e José, pais de Jesus, refugiaram-se em outro país (Egito). Ora, a História se encarrega de registrar que Herodes morreu, exatamente, no ano que nasceu Jesus (mesmo ano da ordem do infanticídio generalizado), logo, pelos dados que possuímos, considerando-se o calendário de Roma, e se Jesus era, de fato, um recém-nascido à época da matança, atualmente estaríamos em 2012.

Na obra Sabedoria do Evangelho, afirma-se que Jesus teria, ao menos, 38 anos ao ser crucificado. Outros autores concordam com essa tese. O escritor John Drane coloca o nascimento de Jesus no ano 5, antes da Era Cristã. (7) O Gen. Milton Orreilly, exegeta, num artigo para a Revista Presença Espírita, de Salvador-BA, afirma que o Diácono Dionísio, o pequeno, errou ao estabelecer o início da Era Cristã. Afirma ele que o nascimento se deu no ano 747 da fundação de Roma, e a crucificação no ano 785, portanto, Ele teria 38 anos quando foi crucificado, pois, 785 - 747 = 38. (8)

Ainda, sobre o isso, compulsamos o livro Crônicas de Além Túmulo, ditado pelo Espírito Humberto de Campos, psicografado por Francisco Cândido Xavier, e encontramos, no capítulo intitulado “A Ordem do Mestre”, o curioso trecho: “João – disse o Mestre – lembraste do meu APARECIMENTO na Terra? Recordo-me Senhor. Foi no ANO 749 da era romana, apesar da arbitrariedade do frei Dionísio, que, calculando no século VI, da era cristã, colocou, ERRADAMENTE, o vosso natalício em 754 (...)”. (9) (grifamos)

A propósito, diante dessas alusões controversas, somos também impelidos a levantar a seguinte questão: teria nascido Jesus no dia 25 de dezembro, conforme reza a tradição do Vaticano? Não encontramos nenhuma referência histórica que venha corroborar essa versão. Atualmente, os estudiosos têm como certo que o festejado NATAL substituiu uma celebração pagã – a “Saturnais”, uma homenagem a Saturno (deus da agricultura pela tradição latina), (9) realizada, sempre, no “solstício de inverno”, isto é: o dia mais curto do ano na região de Roma, pelo fato de o sol nascer mais tarde e se pôr mais cedo no horizonte.

Por isso, não é preciso fazermos um esforço descomunal de raciocínio para entendermos a lógica de a maior festa da cristandade representar, atualmente, uma celebração, demasiadamente, comprometida com as incompatíveis ambições do mundo comercial. É o Natal comercial, com a sua mentalidade utilista, que já contaminou toda a nossa sociedade. Nada se esquece: presentes, “suaves” bebidas alcoólicas, mesas fartas, abraços festivos (nem sempre sinceros e demasiadamente convencionais), cartões de “boas festas”, pagodes, esfuziantes sambinhas (pelo menos aqui nas terras do Cruzeiro do Sul), marchinhas carnavalescas, enfim, será que realmente se lembra do suposto “aniversariante”?

Como se não bastassem as contradições históricas, há, ainda, o problema da localidade do Seu nascedouro. Mateus, seguido por Lucas, afirma que Jesus nasceu em Belém – hoje, em território palestino. Essa afirmação chegou a ser contestada por alguns estudiosos contemporâneos, pois Belém era a cidade de Davi e, segundo a tradição, o Messias esperado deveria surgir entre a descendência desse antigo rei de Israel. Situar o nascimento em Belém - dizem os muitos estudiosos - era uma forma de legitimar Jesus na condição de Messias. Embora interessante esse raciocínio crítico, não se apóia em nenhuma prova convincente. Lucas, ao contrário, oferece um bom argumento a favor de Belém: José, o esposo de Maria, futura mãe de Jesus, pertencia a uma família originária daquela cidade e a regra do recenseamento exigia que cada indivíduo se alistasse em sua localidade de origem. Por isso, a maioria dos especialistas aceita Belém sem reservas.

Obviamente, na condição de espíritas, sabemos que pouco importa os teimosos desencontros e controvérsias a respeito da data e local correto do nascimento do Cristo, até porque, o essencial, para os que se esforçam por segui-Lo, é sentir e praticar os Seus ensinamentos, e, em face disso mesmo, fazemos uma adaptação às idéias de Vinícius (pseudônimo de Pedro de Camargo), no seu artigo publicado em o Reformador, da FEB, em 1929. Ei-la:

Onde e quando nasceu Jesus?

Perguntemos para Maria de Magdala e ela nos responderá:

- Jesus nasceu em Betânia. Foi certa vez, que a sua voz, tão cheia de pureza e santidade, despertou em mim a sensação de uma vida nova com a qual, até então, jamais sonhara.

Perguntemos a Pedro e ele nos responderá:

- Jesus nasceu no pátio do palácio de Caifás, na noite em que o galo cantou pela 3ª vez, no momento em que eu o havia negado. Foi neste instante que acordou minha consciência para a verdadeira vida.

Perguntemos a João, o evangelista, e ele nos responderá:

- Jesus nasceu no dia em que meu entendimento, iluminado pela sua divina graça, me fez saber que Deus é amor. Perguntemos a Thomé, o discípulo incrédulo, e ele nos responderá:

- Jesus nasceu em Jerusalém, naquele dia memorável e inesquecível em que Ele nos pediu para tocar as suas chagas e me foi dado testemunhar que a morte não tinha poder sobre o filho de Deus. Só então compreendi o sentido de suas palavras: EU SOU O CAMINHO A VERDADE E A VIDA.

Perguntemos a Dimas, o bom ladrão, e ele nos responderá:

- Jesus nasceu no topo do calvário, precisamente, quando a cegueira e a maldade humanas pensavam aniquilá-Lo para sempre. Naquele instante Ele me dirigiu um olhar cheio de ternura e piedade, que me fez esquecer todas as misérias deste mundo e perceber as maravilhas do céu...

Perguntemos a Paulo de Tarso e ele nos responderá:

- Jesus nasceu na Estrada de Damasco, quando, envolvido por intensa luz que me deixou cego, pude ver a sua figura nobre e serena que me perguntava: - Saulo, Saulo, por que me persegues? E, na cegueira, passei a enxergar um mundo novo quando eu lhe disse: - Senhor, o que queres que eu faça?

Perguntemos a Joana de Cusa e ela nos responderá:

- Jesus nasceu no dia em que, amarrada ao poste, no circo de Roma, eu ouvia o povo gritar: - Negue! Negue! E o soldado, com a tocha acesa dizendo: - Este teu Cristo ensinou-lhe apenas a morrer? Foi neste instante que, sentindo o fogo subir pelo meu corpo, pude, com toda clareza e sinceridade, dizer: - Não me ensinou apenas isto, Jesus me ensinou, também, a amá-Lo.

Perguntemos à mulher de Samaria e ela nos responderá:

- Jesus nasceu junto à fonte de Jacob, na tarde em que pediu-me de beber e me disse: - Mulher, eu posso te dar da água que sacia toda a sede, pois vem do amor de Deus e santifica as criaturas. Naquela tarde, soube que Jesus era, realmente, um profeta de Deus e lhe pedi: - Senhor, dá-me desta água!

Perguntemos a João Batista e ele nos responderá:

- Jesus nasceu no instante em que, chegando ao rio Jordão, pediu-me que o batizasse. E, ante a meiguice do Seu olhar e a majestade da Sua figura pude ouvir a mensagem do alto: “- Este é o meu filho amado, no qual pus a minha complacência!” E compreendi que chagara o momento Dele crescer e eu diminuir, para a glória de Deus.

Perguntemos à mulher pecadora e ela nos responderá:

- Jesus nasceu na praça pública de Cafarnaum, quando, colocada na Sua frente, Ele olhava para a multidão que reclamava o meu apedrejamento, serenamente falou "Aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra. Passado algum tempo, tomou as minhas mãos, levantou-me do chão e perguntou: - Mulher, onde estão os teus juízes? Ninguém te condenou? Também Eu não te condeno. Vai e não peques mais. Saí dali, experimentando uma sensação nova no meu espírito que transformou a minha vida.

Perguntemos a Lázaro e ele nos responderá:

- Jesus nasceu em Betânia, na tarde em que visitou o meu túmulo e disse: - Lázaro, levante e venha para fora. Naquele momento compreendi, finalmente, que Ele era a Ressurreição e a vida.

Perguntemos a Judas Iscariotes e ele nos responderá:

- Jesus nasceu no instante em que eu assistia a Seu julgamento e condenação, e as 30 moedas que recebera em pagamento, por tê-lo entregue aos juízes, queimavam em minhas mãos. Ao devolvê-las para os sacerdotes, compreendi que Jesus estava acima de todos os tesouros terrenos e era, verdadeiramente, o Messias.

Perguntemos, finalmente, a Maria de Nazaré, onde e quando nasceu Jesus, e ela nos responderá:

- Jesus nasceu em Belém, sob as estrelas, que eram focos de luzes guiando os pastores e suas ovelhas ao berço de palha. Foi quando o segurei em meus braços pela primeira vez, que senti cumprir-se a promessa de um novo tempo, através daquele Menino que Deus enviara ao mundo, para ensinar aos homens a lei maior do amor. Agora pensemos um pouquinho: E para nós, quando e onde nasceu Jesus?

Uma vez demonstradas as evidentes contradições cronológicas acerca do nascimento de Jesus, com informações e materiais de pesquisa para os estudiosos, estamos convictos de que a nossa maior tarefa, nos naturais anseios de aprender, será, invariavelmente, aperfeiçoar nosso ser aos moldes das magnas lições do Eterno Amigo da Humanidade.
Jorge Hessen- (11.12.08)
E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net

FONTES:
(1) Revista Veja de janeiro de 1987
(2) Enciclopédia O Mundo do Saber, Editora Delta-Volume 1
(3) 2761 anos já se passaram da fundação de Roma
(4) (Luc. 3: 1 a 6)
(5) O calendário gregoriano, aceito nos nossos dias em praticamente todo o mundo, só passou a vigorar a partir de 1582, quando foi promulgado pelo Papa Gregório XIII, tendo posteriormente sido gradualmente aceite por todos os países.
(6) Tibério César sucedeu Augusto que morreu no dia 19 de agosto do 767 da fundação de Roma, 14 da nossa era, quando assumiu de fato o título de César e começou a governar. Portanto, João começou a pregar no ano 28. O batismo de Jesus, antes da Páscoa de 29, estava com 35 anos. E na crucificação ocorrido no ano 31 da nossa era, 784 da fundação de Roma, Jesus tinha 38 anos de idade.
(7) O historiador judeu Josefo, afirma que Herodes morreu nos primeiros meses do ano 4 a. C. após um eclipse da lua, que ocorreu entre 13 e 14 de março do ano 4 a. C. Portanto, pelo calendário vigente o Rei Herodes, o infanticida, teria morrido quatro anos antes de Jesus nascer! Há muitos estudos históricos e astronômicos sobre isso.
(8)disponívelnosite http://www.espirito.org.br/portal/cursos/amilcar/cap02.html >acesso 12-12-08
(9) Xavier, Francisco Cândido. Crônicas de Além Túmulo ,ditado pelo Espírito Humberto de Campos, RJ: Ed. FEB, 2001, cap. A Ordem do Mestre
(9) O 25 de dezembro é obviamente uma data simbólica. Nesse dia, como vimos (Saturnais) ocorria em Roma o festival pagão do Solis Invictus (Sol Invencível). Realizado logo depois do solstício de inverno - quando o percurso aparente do Sol ocupa sua posição mais baixa no céu - o evento celebrava o triunfo do astro, que voltava a ascender no firmamento. Muito cedo, os cristãos associaram as virtudes solares a Jesus, atribuindo-lhe várias qualidades do deus Apolo. Isso aconteceu por volta do ano 330 D.C.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O BRILHO DO NATAL


O Brilho do Natal
Brilha, de novo, o Natal de Jesus no mundo!
A manjedoura, a estrela, os pastores felizes.
Chega o Mestre trazendo novas diretrizes,
Enaltecendo o bem, o trabalho e o amor,
Ensina, cura e canta o subido valor
Do sal que à Terra empresta sabor profundo.

Brilha um novo Natal com seus novos matizes,
E a busca de Jesus pelo agasalho humano
Incansável prossegue, ainda que seja um pano
Como a mais sincera oferta dos corações.
Busca alcançar as almas, famílias, nações,
Onde a ventura possa, então, deitar raízes.

Brilha agora o Natal com pujante vigor,
Esparzindo esperanças na vida da gente,
Quando claudica a fé e a dor é renitente.
Convoca-nos, Jesus, à coragem sem jaça,
A mostrar que na Terra toda angústia passa
Para quem forja a fé nos empenhos do amor.

É que, esplêndido, o Natal brilha ano após ano,
Como sempre inspirando-nos benevolência,
Ao mesmo tempo a lhaneza e a doce paciência,
Para que junto ao lar ou no trabalho diário,
Nossa alma seja qual precioso relicário
Das blandícias do Céu em prol do ser humano.

Brilha o Natal, cada vez mais aconchegante,
A nos propor novos caminhos de prudência
Ante as mais graves decisões e, sem violência,
Tudo possamos resolver na luz do bem,
Seguindo assim, sem guardar mágoa de ninguém,
Bem junto à vibração de Jesus abençoante.

Brilha o Natal no imo da mais tosca choupana,
Como brilha no paço mais rico do mundo,
Para ensinar-nos, em verdade, que, no fundo,
Tem pouca importância a riqueza exterior,
Quando seguimos vinculados ao Senhor,
Cuja aura sublime todo o planeta irmana.

Ave, Senhor, ante o Teu berço recordado!
Ante Tua saga proclamada como um marco,
Diante do poderio humano, ingênuo e parco,
Que não resiste do tempo à força e à voragem.
Que o Teu augusto coração dê-nos coragem
De viver Teu Natal de íntimo renovado.

Brilha, de novo, o Natal de Jesus no mundo!
A manjedoura, a estrela e novas esperanças
De que aqui se implemente as sonhadas mudanças.
A Terra roga a Deus equilíbrio, eqüidade,
Para viver sob a luz do amor e da verdade,
Cada dia, com Cristo, o Natal mais fecundo.

Raul Teixeira. Ditado pelo Espírito Ivan de Albuquerque. Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, em 22.9.2004, na Sociedade Espírita Fraternidade, Niterói-RJ.

COMPREENSÃO


A compreensão é faculdade que melhor contribui para o êxito do relacionamento humano, por facultar à outra pessoa a vigência dos seus valores positivos e perturbadores. Ela reflete o grande desenvolvimento espiritual pelo que concede a quem lhe busca apoio, orientação, quando em conjunturas difíceis.

A compreensão abre o leque da fraternidade ensejando recursos terapêuticos necessários, conforme o caso que lhe chegue ao conhecimento. Sem anuir a todas as propostas, ou sem rejeição adrede estabelecida, favorece a percepção do que se apresenta, na forma como se manifesta.

Levado pelo instinto gregário, e porque sociável, o ser humano necessita de convívio, intercâmbio saudável, a fim de receber e propiciar estímulos que levam ao desenvolvimento.

Por inúmeros fatores, a compreensão humana em torno das limitações e problemas dos outros diminui, escasseia, tornando-se necessária e sendo rara.

Na imperiosa ânsia de estabelecer comunicação, os indivíduos buscam-se para o relacionamento e anseiam por desvelaremse uns aos outros. No entanto, grassa nos corações um grande medo de se deixarem identificar. O que são, constitui-lhes tesouro afligente e temem vê-lo atirado fora. A forma de ser difere da imagem que exteriorizam e receiam perdê-la, naturalmente porque não se esperam receber compreensão.

O mundo está repleto de pessoas surdas que conversam; de convivências mudas, que se expressam.

Fala-se muito sobre nada e dialoga-se em demasia sobre coisa nenhuma, resolvendo-se uma larga fatia de problemas, que permanece...

Quando alguém se te acerque e fale, procura ouvi-lo e registrar- lhe a palavra. Talvez não tenhas a forma ideal para dar-lhe, nem disponhas do que ele espera de ti. Muitas vezes, ele não aguarda muito e somente fala por falar.

Concede-lhe atenção e o estimularás, facultando-lhe sentir-se alguém que desperta interesse.

Se ele resolve confiar em ti e se desvela, respeita-lhe a problemática e ajuda-o, caso tenhas como fazê-lo.

Por tua vez, vence o medo de te revelares. Certamente, não abdicarás da prudência nem do equilíbrio; no entanto é saudável dialogar, ser leal, honesto, sincero, descerrar painéis escondidos pelo ego ou mascarados para refletirem imagens irreais.

Na tua condição de criatura humana frágil, a convivência honesta com outras pessoas contribuirá eficazmente para a tua harmonização íntima.

Assim, torna-te compreensivo, paciente, leal, honesto, transparente, sincero,um terapeuta fraternal, naturalmente resguardando os devidos limites para o amparo a que te propões.

Não cries estereótipos, nem fixes pessoas a imagens que resultam de momentos.

Todos estamos em contínuas transformações e nem sempre se é hoje o que ontem se aparentava. Novas experiências e lições vieram juntar-se à pessoa de antes, qual ocorre contigo. É o inexorável imperativo do progresso em ação.

Compreendendo o teu próximo e relacionando-te com ele com honestidade, serás mais bondoso para contigo; percebendo-lhe a fragilidade, serás mais atencioso para com os teus limites e buscarás crescer, amando e amando-te mais.

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Saúde. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 19.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

BEZERRA CONVIDA-NOS À REFLEXÃO


Coragem na Luta

Deveremos viajar na direção da nossa consciência para encontrarmos Jesus.

O mundo chamar-nos-á a atenção mil vezes.

As falácias, os engodos, as fantasias, os instintos primários arrastar-nos-ão ao passado de delitos onde estamos e desejamos sair.

Se, por descuido da nossa vigilância, penetramos outra vez no labirinto das paixões, olvidando o planalto libertador da Terra, a Consciência Crística convida-nos à ascensão.

Nem sempre é fácil ascender nos rumos do infinito.

As algemas da retaguarda detêm-nos o passo.

Jesus, no entanto, como Libertador, rompe-nos a cadeia férrea da paixão dominante, e podemos experimentar a emoção de alegria, o júbilo da liberdade.

Filhos da alma: o Mestre continua esperando por nós nas praias da Eternidade.

Toda vez quando O buscamos, surge uma identificação plena com o seu amor e, revitalizados pela Sua energia, conseguimos avançar vários largos passos na direção do planalto de sublimação.

Não nos detenhamos! Chuvas de sarcasmos, solo juncado de cardos, pedrouços e obstáculos, mas a voz do Amor continua chamando-nos.

Não nos esqueçamos que é necessário caminhar pela vereda estreita e difícil, que nós próprios abrimos no ontem, até estarmos perfeitamente integrados na consciência do Amor não amado.

Se colocarmos sobre os ombros o fardo da Sua afetividade poderemos planar acima das vicissitudes.

Se aceitarmos o Seu, e não o jugo do mundo, observaremos que é tão suave a Sua misericórdia, que uma alegria inefável tomará conta de nós e, naturalmente, não olharemos mais para trás.

O Amigo convida-nos através do Consolador para rompermos, por definitivo, com a retaguarda dolorosa.

Avancemos, filhos da alma!

Olvidemos todo e qualquer mal, para recordarmos somente do bem.

Transformemos a queixa em gratidão a Deus pela ocorrência, façamos da dificuldade o desafio a vencer.

Ninguém atinge o topo da subida sem passar pelas baixadas difíceis e perturbadoras do caminho evolutivo.

Não estais a sós! Vossos anjos tutelares velam por vós e, nos momentos que os buscais, mediante a oração, nas pausas de reflexão, acercam-se- vos e transmitem-vos a coragem, o estímulo para a luta e um envolvimento terno e doce para superardes as aflições.

Recordai do Senhor: "No mundo somente tereis aflições, mas lembrai-vos de Mim. Eu venci o mundo”.

Muitos de vós tereis oportunidades de vencer no mundo dos negócios, nas contribuições políticas, sociais, científicas e artísticas, mas não vos olvideis de vencer o mundo das tentações, o mundo dos caprichos, o mundo das tenazes violentas do erro e da loucura.

Ide, o Senhor está convosco!

Não desanimeis nunca, avançando sem cessar!

Exorando ao Mestre a Sua bênção de paz para todos nós, sou o servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra

(Mensagem psicofônica obtida pelo médium Divaldo Pereira Franco, no encerramento da conferência, no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, na noite de 04 de agosto de 2005.)

REFLITA


OLHA no teu jardim as rosas entreabertas, e nunca as pétalas caídas;
OBSERVA em teu caminho a distância vencida e nunca o que falte ainda;
GUARDA do teu olhar os brilhos de alegria e nunca as névoas de tristezas;
RETÉM da tua voz risadas e canções e nunca os teus gemidos;
CONSERVA em teus ouvidos as palavras de amor e nunca as de ódio;
GRAVA em tua pupila o nascer das auroras e nunca os teus poentes;
CONSERVA no teu rosto as linhas do sorriso e nunca os sulcos do teu pranto;
CONTA aos homens o azul das tuas primaveras e nunca as tempestades do verão;
GUARDA da tua face apenas as carícias, esquece as bofetadas;
CONSERVA de teus pés os passos retos e puros, esquece os transviados;
GUARDA de tuas mãos as flores que ofertaram, esquece os espinhos que ficaram;
De teus lábios CONSERVA as mensagens bondosas, esquece as maldições;
RELEMBRA com prazer as tuas escaladas, esquece o prazer fútil das descidas;
RELEMBRA os dias em que foste água limpa, esquece as horas em que foste brejo;
CONTA e mostra as medalhas das tuas vitórias, esquece as cicatrizes das derrotas;
OLHA de frente o sol que existe em tua vida, esquece a sombra que fica atrás;
A flor que desabrocha é bem mais importante do que mil pétalas caídas;
E só um olhar de amor pode levar consigo calor para aquecer muitos invernos;
A bondade é mais forte em nós e dura muito mais do que o mal que nós mesmos praticamos;
SÊ OTIMISTA, e não te esqueças de que...
É no fundo da noite sem luar que brilham muito mais as estrelas!

(DA)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

SONHEMOS


Com o riacho encantador que murmura,
Com os perfumes suaves dos bosques,
Com os alegres ruídos sob a ramagem,
Sonhemos, pois, ainda uma vez!

Sonhemos!... Sonhemos que o espinheiro
Perfuma os prados ao redor
Conforme a rosa silvestre,
Sonhemos que maio está de volta!

Sonhemos com a brisa que pende,
A haste das flores pela manhã,
Com o musgo em que a pervinca humilde
Evita a borboleta liberta.

Sonhemos com a pérola que treme
No cálice da flor,
Com o inseto dourado que parece
Ali procurar o suave frescor

Sonhemos com o canto melancólico
Do rouxinol na sarça,
Sigamos a música alegre
Do pardal e do tentilhão,

É a andorinha matinal
Que nos envia um alegre bom-dia,
A pomba sentimental
Que já sonha com seu amor!

Eis o raio puro que doura
Cada um desperta; é a aurora.
De um radioso dia de primavera.

E tudo na Natureza inteira,
Os pássaros, a brisa, a flor,
Repete a prece eloquente
De amor, que sobe ao Criador!

Ah! Para nós também acaba de entreabrir
Um suave raio de verdade
Saudemos a tímida aurora
Do grande dia de fraternidade!

Pois bem, eis que nosso sonho
Nos transporta e nos torna felizes,
Peçamos a Deus que ele termine
Perto dele nos céus!

J. Mery.
Novembre 1869

W.Krell - Rayonnements de La Vie Spirituelle Reflexos da Vida Espiritual - Léon Denis.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

ANIVERSARIANTES DO MÊS DE DEZEMBRO


DEZEMBRO

Balchy 02
Leonora 05
Biladeny 08
Anilda 19
Caminheiro Da Paz 26

FLORES QUE VIVEM EM TI
Já sentiste o perfume de uma flor?
Silencia por segundos teu coração e sente o perfume de uma flor... será suficiente para trazer à tona
que és tu a razão para a flor existir;
que és tu a razão para que nela esteja o perfume doce e sereno.
Na realidade, o que pareces tomar da flor
é o que existe em teu ser.....a sublimidade da alma aprendiz, da alma irmã solidária, da alma muito alma irmã de todos os seres!
Descobrir as flores que vivem em ti não é difícil, é até bem fácil porque gente muito gente como você a bondade, a beleza e o perfume das flores emanam do ser imortal, especial.
FELIZ ANIVERSÁRIO!. JESUS abençõe a cada um dos aniversariantes, envolvendo-os em seu perene manto de amor e luz.
Abraços carinhosos.
Niedima
(EssenciaDeAmor)
madrugada que escreve, 01/12/2008 às 5:30 hs.

sábado, 29 de novembro de 2008

OS CÉLEBRES DESCULPISMOS DO "SÓ UM POUQUINHO!" "HOJE SÓ!"


"O vinho é escarnecedor e a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio.(1)"




A questão da ingestão de alcoólicos é uma preocupação antiga . No Evangelho de Lucas lemos que "Ele [João Batista] será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte."(2)

O alcoolismo é um dos mais sérios problemas médico-sociais do mundo contemporâneo. Os especialistas se esforçam em buscar as matrizes cáusicas da questão , e dentre muitos outros fatores, destacam a gigantesca influência da propaganda bem produzida, veiculadas pela mídia, especialmente na televisão. As mensagens são fortíssimos apelos para a ingestão da bebida, que ficam impregnadas no subconsciente de telespectador desatento aos preceitos do equilíbrio.

Lembra Victor Hugo "no estado de alcoolismo faz-se muito difícil a recomposição do paciente, dele exigindo um esforço muito grande para a recuperação da sanidade. A obsessão, através do alcoolismo, é mais generalizada do que parece. Num contexto social permissivo, o vício da ingestão de alcoólicos torna-se expressão de "status", atestando a decadência de um período histórico que passa lento e doído."(3)

Conforme registra "Mundo Espírita" a propósito da alcoolomania no meio espírita há certos "líderes" espíritas que costumam justificar suas tragadinhas na vil taça com "infundados argumentos, como: todo mundo bebe; uns pouco goles não fazem mal; só bebo em ocasiões sociais; (...) beber moderadamente é até bom para a saúde..."(4)

Apesar dos danos que o Álcool provoca da estrutura fisiopsicossomática, existem aqueles especialistas" que alegam que o corpo físico necessita de pequenas quantidades dele. Ledo engano! isso é veementemente contestado pelos Drs. Edgar Berger e Oldmar Beskow, no livro intitulado: ESCRAVOS DO SÉCULO XX.

O alcoolista não é somente um destruidor de si mesmo, é também um veículo das trevas, ponte viva para as pontes arrasadoras do mal. Joanna de Ângelis nos ensina que a "pretexto de comemorações, festas e decisões, não nos comprometamos com o hábito da bebida. O oceano é constituído de gotículas, e as praias, de inumeráveis grãos. Libertemo-nos do chavão "HOJE SÓ", e quando impelidos a comprometimentos nocivos, não encampemos o célebre desculpismo "SÓ UM POUQUINHO", porquanto uma picada que injeta veneno letal, não obstante em pequena dose, produz morte imediata."(5) (grifos nossos)

A retórica permissiva do "inofensivo" drinque deve ser enterrada e jamais, sob nenhuma alegação, deveria ser exumada. Posto que tudo começa com o primeiro gole, depois vem a necessidade do segundo, do terceiro e assim por diante. Ainda sobre o editorial de "Mundo Espírita" se o espírita "conhece e faz-se de desentendido, é irresponsável que sofrerá as consequências da omissão em sua consciência profunda."(6)

Para o psicanalista Luis Alberto Pinheiro de Freitas, autor de "Adolescência, família e drogas" (Editora Mauad), a liberalidade de muitas famílias com o álcool é um dos maiores problemas para a prevenção:- Há o mito de que a maconha leva os jovens a outras drogas. Mas é o álcool que faz esse papel. E a própria família incentiva o consumo. Tenho pacientes que começaram a beber quando o pai, orgulhoso do filho que virava homem, os chamava para drinques. (7)

Os índices cresceram de 25% a 30% nos últimos cinco anos, segundo o psiquiatra Frederico Vasconcelos(8) "pesquisa sobre consumo de álcool entre jovens, pelo Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas Psicotrópicas (Cebride), da Unifesp. Para ele os jovens de hoje têm muitas dificuldades com limites e a faixa etária do abuso de álcool diminuiu. Há dez anos, o alcoólatra de 40 anos começava a beber aos 17 ou 18 anos. Hoje, aos 12 ou 13. Isso significa que, daqui a dez anos, teremos alcoólatras graves de apenas 35 anos, no auge da vida produtiva.

Vasconcelos atesta que o "álcool gera uma doença de longa evolução (dez anos em média) e o abuso entre jovens os leva a drogas maiores: - Uma delas é o ecstasy, encontrado em dois tipos de pastilha: a MAP( meta-anfetamina) e a MDMA (metil-dietil- MA), esta com propriedades alucinógenas e ambas vendidas a R$ 50 cada, nas boates da Zona Sul e da Barra da Tijuca. O adolescente se expõe hoje muito mais ao álcool. Está se formando uma geração de dependência de álcool. Além dos riscos à saúde, há os perigos de dirigir embriagado, da violência e de traumatismos decorrentes do abuso de álcool."(9)

Lamentavelmente, em nosso País se consome cerca de dois bilhões de litros de pinga e mais de cinco bilhões de litros de cerveja por ano. Segundo o Dr. Josimar França, membro da Faculdade da Ciência e Saúde da UnB (Universidade de Brasília), no Distrito Federal existem mais de cem mil alcoolistas e boa porcentagem desse universo é constituído de jovens com menos de 17 anos de idade. Josimar atesta que o alcoolismo é o mais importante problema de saúde pública no Brasil.

Retornando ao "Mundo Espírita" é muito bem ressaltado que "o espírita equivocado [esquece] de que nem tudo o que é comum na sociedade é normal, aconselhável. Para esse, há uma Doutrina dos Espíritos para o discurso de conveniência e outra doutrina para sua prática pessoal [espiritismo particular]. É adepto da aberração: Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço."(10)

Ante o desculpismo que procura arrazoar o hábito de beber ouçamos uma lenda que um dia vi num calendário com frases e pensamentos orientais:

Um homem chega ao líder de sua religião, que proíbe a bebida e indaga:
- Grande mestre, as uvas são proibidas?
- Não.
- E o suco de uva é contra a nossa religião?
- Absolutamente.
- E se as uvas fermentarem na água seremos culpados?
- De jeito nenhum.
- Pois ao fermentar, elas produzem o vinho. Por que é pecado então bebê-lo?
- Bem, respondeu o Grande mestre, - se eu lhe atirar um punhado de terra à cabeça, não lhe farei mal algum!.
- Claro!
- Se lhe jogar água misturada com terra, também não o ferirei!..
- Certo!
- Mas se eu pegar nesse punhado de terra misturado com água e o meter no forno para cozimento, transformando-o num tijolo e o atirar na sua cabeça que será que pode acontecer ?....
Todos os círculos da existência, para se adaptarem aos processos da educação, necessitam do esforço continuado (disciplina), porque todas as conquistas do espírito se efetuam na base de lições recapituladas. Hahnemann ensina que "homem não se conserva vicioso senão porque quer permanecer vicioso; aquele que queira corrigir-se sempre o pode. De outro modo, não existiria para o homem a lei do progresso."(11)

Jorge Hessen. (14.05.05)
E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net

FONTES:
1- Provérbio de Salomão cap 20:1
2- Lucas 1:15 e 7:33
3- Franco, Divaldo Pereira. Calvário de Libertação - ditado pelo Espírito VICTOR HUGO , 1a. Ed. ALVORADA, 1979
4- Jornal Mundo Espírita da Federação Espírita do Paraná, julho/2002, pg.03- Editorial.
5- Franco, Divaldo Pereira. Estudos Espíritas, ditado pelo Espírito Joanna de Angelis 1a. Ed. Ed FEB, RJ: 1983
6- Cf. Jornal Mundo Espírita da Federação Espírita do Paraná, julho/2002, pg.03- Editorial
7- Revista "Época" de 29 de julho de 2002, (Marcia Cezimbra, jornal O Globo)
8- Frederico Vasconcelos, psiquiatra, coordenador da Aldeia Clínica e homenageado pelo presidente Fernando Henrique no mês passado, juntamente com a autora Glória Perez, por seus trabalhos de prevenção às drogas.
9- Revista "Época" de 29 de julho de 2002, (Marcia Cezimbra, jornal O Globo)
10- Cf. Jornal Mundo Espírita da Federação Espírita do Paraná, julho/2002, pg.03- Editorial
11- Kardec, Allan, Evangelho Segundo o o Espiritismo, mensagem de Sammuel Hahnemann, Cap 9 Ed. FEB, RJ 2000.

DOIS TIPOS DE PESSOAS


Existem na vida dois tipos de pessoas. As que esperam tudo acontecer e as que fazem acontecer.

Para aquelas que fazem acontecer, existe uma estratégia interessante para se conquistar a serenidade, a paz consciêncial: o uso racional da versatilidade, acompanhada do comprometimento.

O uso em larga escala da versatilidade é, na verdade, a maneira mais fácil e tranqüila que temos para ultrapassar as barreiras e os limites impostos pela vida.

Já o comprometimento é um instrumento poderoso na construção do nosso destino, dando a ele um sentido lógico e uma definição bem clara dos nossos objetivos.

A partir de hoje, mentalizemos estas duas palavras mágicas e veremos que o mundo a nossa frente é uma maravilha, mesmo diante de tantas dificuldades a serem ultrapassadas. Ao invez de emitirmos reclamações, procuremos, apresentemos soluções. Assim agindo, canalizaremos nossas energias em positividades porque não mais perderemos tempo com mesquinharias, alegações infrutíferas preocupações, na maioria, infundadas. Façamos isso e sejamos leves e felizes.
EssenciaDeAmor.
29/11/2008 às 4:35 hs madrugada que escreve.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

ÁRVORES GENEROSAS


A gratidão é uma rara virtude. É comum as pessoas guardarem mágoas por muitos anos de coisas desagradáveis que vivenciaram.
Mas se esquecem, com rapidez, das dádivas que lhes foram ofertadas, ao longo da vida.
Isso nos recorda de uma história simples e fantasiosa, que chegou a ser tema de um filme de curta-metragem, chamado A árvore generosa.
É a história de uma árvore que se apaixona por um garoto.
Moleque, ele se balançava nos seus galhos. Colocou um balanço e imaginava voar, balançando-se sempre mais alto, mais alto.
Subia nela, até o topo, para ver à distância, imaginando que a árvore era um navio e ele estava em alto mar, à busca de terras a serem descobertas.
Na temporada das frutas, ele se servia das maçãs, deliciando-se com elas.
Cansado, dormia à sua sombra. Eram dias felizes e sem preocupações. A árvore gostava muito dessa época.
O menino cresceu e se tornou um rapaz. Agora, por mais que a árvore o convidasse para brincar, ele não ouvia.
Seu interesse era angariar dinheiro, muito dinheiro. A árvore generosa lhe disse, um dia:
Apanhe minhas maçãs e as venda.
O jovem aceitou a sugestão e a árvore ficou feliz.
Por um largo tempo, ela não o viu. Ele se transferiu para outros lugares, viajou, angariou fama e fortuna.
Quando ela o viu, outra vez, sorriu, feliz e o convidou para brincar.
Contudo, ele agora era um homem maduro. Estava cansado do mundo. Preocupações lhe enrugavam a testa.
Tantos eram os problemas que nem ouviu o coração da árvore bater mais forte quando ele se encostou, de corpo inteiro, à sua sombra, para pensar.
Queria sumir, desaparecer, desejando em verdade fugir dos problemas.
A árvore generosa lhe sussurrou aos ouvidos e agora ele ouviu:
Derrube-me ao chão, pegue meu tronco e faça um barco para você. Faça uma viagem, navegando nele.
Ele aceitou a sugestão e a árvore tornou a se sentir feliz.
Muitos anos se passaram. Verões de intenso calor, primaveras de flores, invernos de ventos e noites solitárias.
Finalmente, o homem retornou. Estava velho e cansado demais para brincar, para sair em busca de riqueza ou para navegar pelos mares.
A árvore lhe sugeriu:
Amigo, fui cortada, já não tenho sombra. Sou somente um toco. Que tal sentar e descansar?
O velho aceitou a sugestão e a árvore ficou feliz.
* * *
Fazendo uma retrospectiva de nossas vidas, comparando-as com a da árvore e do menino, é possível que nos identifiquemos em alguns pontos.
Quantas árvores generosas tivemos na vida? Quantas nos deram parte delas para que crescêssemos e pudéssemos alcançar nossos objetivos?
Quantas árvores generosas nos sustentaram nas horas difíceis, alimentando-nos com seus recursos?
Foram muitas, muitas mesmo.
Se as fôssemos enumerar todas, talvez não coubessem seus nomes em uma só folha de papel: pais, amigos, irmãos, vizinhos, colegas.
Por isso, essa é uma homenagem de gratidão a todas as árvores generosas dos nossos caminhos. A todos os que foram sustento, abrigo, aconchego, fortaleza.
Obrigado, amigos. Obrigado, Senhor da Vida.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Reflexões de Charles R. Swindoll, do livro Histórias para o coração, de Alice Gray, ed. United Press. Em 27.11.2008.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

TEMAS PARA ESTUDO DEZEMBRO 2008


HORÁRIO DE BRASÍLIA: SEGUNDAS e TERÇAS FEIRA: PRECES E ESTUDOS, de 21:00 horas às 23:00 horas. QUARTAS, QUINTAS e SEXTAS, PRECES E MENSAGENS PARA REFLEXÕES de 21:00 horas às 21:30 horas.


HORÁRIO MATUTINO: de SEGUNDAS AS SEXTAS-FEIRA: PRECES E MENSAGENS PARA REFLEXÕES de 9:00 horas às 9:30 horas.

EQUIPE CULTIVADORES DA PAZ E SEPA

"Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo"

CaminheiroDaPaz, Dualba, EssenciaDeAmor, Esperanto, Lenir, Márcia, Oberdhan e Samuel.

TEMAS SEPA - EXPOSITORES MÊS DE DEZEMBRO 2008

01 SEGUNDA - ESE, capítulo IX – Bem-Aventurados os Brandos e Pacíficos. A afabilidade e a doçura. (Instruções Dos Espíritos).Ítem 6. Expositora: EssenciaDeAmor

02 TERÇA – SISTEMAS DE INTERPRETAÇÃO DOS FENÔMENOS ESPÍRITAS. Fontes: L.E. Introdução – VII,L.E. Conclusão – IX, L.M. Dos Sistemas – 1ª parte, Cap. IV, 36 a 51. Expositor: Oberdhan.

08 SEGUNDA – ESE, capítulo IX – Bem-Aventurados os Brandos e Pacifícos
Item 7: A paciência. Expositora: EssenciaDeAmor.

09 TERÇA – A Automotivação e a Vontade para Desenvolver a Saúde. Fonte bibliográfica: "Saúde Espiritual", de Alírio de Cerqueira Filho. Expositor: Esperanto.

15 SEGUNDA - ESE, capítulo IX – Bem-Aventurados os Brandos e Pacíficos. Item 8: Obdiência e Resignação. Expositora: EssenciaDeAmor

16 TERÇA - CARACTERÍSTICAS DO ESTUDO DO ESPIRITISMO. Fontes:L.E. Introdução VIII,L.M. Do Método – 1ª parte, cap. III, 18 a 35,L.M. Dissertações Espíritas - 2,1 parte, cap. XXXI, itens XVI, XX, XXI ,XXII, XXIV, XXVI e XXVII
L.M. Das Reuniões em Geral - 21 parte, cap. XXIX, 324 a 333
L.M. Das Sociedades Propriamente Ditas – 2ª parte, cap. XXIX, 334 a 347, E.S.E. Reuniões Espíritas - Cap. XXVIII, 4 e 5. Expositor: Oberdhan.

22 SEGUNDA – ESE, capítulo IX – Bem-Aventurados os Brandos e Pacíficos. Item 9: A Cólera I. Expositor: OBERDHAN.

23 TERÇA - Relizando Ações Para Desenvolver a Saúde. Fonte bibliográfica: "Saúde Espiritual", de Alírio de Cerqueira Filho. Expositor: Esperanto.

29 SENGUNDA - ESE, capítulo IX – Bem-Aventurados os Brandos e pacíficos.Item 10: A Cólera II. Expositor: Oberdhan.

30 TERÇA- CONTRIBUIÇÃO DO ESPIRITISMO AO PROGRESSO DA HUMANIDADE. Fontes: L.E. Influência do Espiritismo no Progresso - Q. 798 a 802,L.E. Conclusão IV, L.M. Dissertações Espíritas – 2ª parte, Cap. XXXI, itens 1 a V,E.S.E. Os Bons Espíritas - Cap. XVII, 4, E.S.E. Parábola do Semeador - Cap. XVII, 5 e 6,O.P. Sobre as artes em geral - A Regeneração delas por meio do Espiritismo – 1ª parte, O.P. Música Espírita – 1ª parte,O.P. As Aristocracias – 1ª' parte. Expositor: Oberdhan.

Pela prece obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a lhe inspirar idéias sãs”. (Joanna de Angelis – Florações Evangélicas – pág. 191)

Somos semeadores conscientes, espalhamos diariamente milhões de sementes ao nosso redor. Que possamos escolher sempre as melhores, para que, ao recebermos a dádiva da colheita farta, tenhamos apenas motivos para agradecer.

O Trabalhador Espírita “O bom trabalhador é o que ajuda, sem fugir ao equilíbrio necessário, construindo todo o trabalho benéfico que esteja ao seu alcance, consciente de que o seu esforço traduz a Vontade Divina.” André Luiz

Equipe Cultivadores Da Paz e Sala Espírita Palavra Amiga
25 de Novembro de 2008

sábado, 22 de novembro de 2008

KARDEC E A BÍBLIA


A Bíblia é um dos livros mais conhecidos de todos os povos. É sem dúvida um dos maiores sucessos editoriais de todos os tempos, pois trata-se de um dos livros mais vendidos em toda historia da humanidade e um dos mais traduzidos para vários idiomas.1

Em todos os tempos estudiosos se debruçaram sobre seus textos para analisá-los. Textos estes que foram sempre motivos de muitas contradições e já geraram, e ainda hoje são, responsáveis por guerras de grandes conseqüências.

Sempre existiram aqueles que a interpretaram em seu sentido literal, outros ao contrário, viram em suas narrativas alegorias, e buscaram extrair destas alegorias um ensinamento moral mais profundo e de grande alcance. Há ainda os que sempre a tiveram por uma revelação divina escrita pelo próprio Criador de todas as coisas que assumira em vários momentos nomes distintos.

Hoje, historiadores e cientistas conseguem fazer um apanhado mais próximo da realidade e com o avanço da crítica textual definem autores, datas, e a origem de textos, com maior precisão e com menores chances de erro, porém, as polêmicas continuam porque o sentido velado destes mesmos textos, afirmam alguns, só podem ser percebidos com os olhos da alma, com a profunda integração dos estudiosos com as forças transcendentais da vida e com um estudo minucioso de cada palavra ali contida com um objetivo, mesmo que este, por origem divina, tenha passado despercebido até mesmo de seus autores físicos.

Este livro influenciou muitos povos, fez história, ergueu e destruiu impérios, marcou constituições e determinou atitudes políticas em todos os tempos.

Em nosso movimento espírita não têm sido menos polêmicos os estudos de seu conteúdo, e até com certa descrença alguns espíritas têm perguntado: "deve o espírita estudar a Bíblia?" Outros têm ido mais além respondendo que não, e há ainda aqueles, apesar de minoria, que não concordam nem mesmo com o estudo do Novo Testamento, dizendo que bastam as anotações do Codificador do espiritismo em "O Evangelho Segundo o Espiritismo".

A estes dirigimos estas linhas dizendo que estão eles em grande contradição com os próprios textos básicos de nossa literatura espírita, pois estes informam-nos claramente ser o espiritismo uma filosofia cristã, e que Jesus é o Guia e Modelo para todos nós que trilhamos o caminho evolutivo traçado por Deus desde a criação de todas as coisas.

O Evangelho Segundo o Espiritismo é uma obra ímpar, de grande importância, e de qualidade incontestável, porém não foi escrito com o objetivo de elucidar todo o conteúdo do Novo Testamento, seu propósito maior foi ampliar, explicando, o conteúdo moral do Evangelho de Jesus e fazer uma conexão deste com a revelação dos Espíritos Superiores.

Além de O Evangelho Segundo o Espiritismo, que é o livro mais conhecido da literatura espírita, Kardec responde a esta nossa questão de que se deve a Bíblia ser estudada pelos espíritas em vários outros textos contidos na codificação.

É preciso antes de tudo lembrar que Kardec foi um cientista, um educador e um sábio de seu tempo, e deste modo, e por fazer tudo isso com uma competência tal que o projetou para muito além de seus dias, não se viu impedido de aceitar desafios; desta feita estudou minuciosamente não só a Bíblia como textos sagrados de várias outras filosofias religiosas ponderando com saber e lógica sobre as contradições de cada um e de seu sentido espiritual mais profundo.

Já na questão 59 de O Livro dos Espíritos disserta sobre colocações bíblicas a respeito da Criação com considerações que devem ser ponderadas por todos nós.

Como introdução a estas questões, na pergunta de nº 50, questiona sobre o início da humanidade no orbe induzindo os Espíritos a falarem sobre o figura mítica de Adão, figura esta bem colocada para todos nós nos primeiros movimentos do livro Gênesis atribuído até então, a Moisés.

Os Espíritos informam a Kardec que Adão não foi o primeiro nem o único homem a povoar a Terra àquele tempo, e dizem mais:

O homem, cuja tradição se conservou sob o nome de Adão, foi dos que sobreviveram, em certa região, a alguns dos grandes cataclismos que revolveram em diversas épocas a superfície do globo, e se constituiu tronco de uma das raças que atualmente o povoam. As leis da Natureza se opõem a que os progressos da Humanidade, comprovados muito tempo antes do Cristo, se tenham realizado em alguns séculos, como houvera sucedido se o homem não existisse na Terra senão a partir da época indicada para a existência de Adão.2

Como dissemos, na questão 59 Kardec amplia, fruto de seus estudos, os comentários sobre colocações bíblicas concernentes à Criação, dizendo que a Bíblia, se interpretada literalmente, erra não só quanto a Adão não ser o primeiro e único homem que originou a humanidade, como também comenta sobre a impossibilidade de ter sido criado o mundo em seis dias de vinte quatro horas apenas; e também sobre a questão do movimento da Terra, que, em determinada época, pareceu se opor aos textos bíblicos que a viam imóvel, além de outras questões importantes sobre quando se deu o início da criação, que o Gênesis situa há quatro mil anos antes de Cristo, e que a ciência mostra ser inverossímil esta data, pela anterioridade de fósseis encontrados que datavam de tempo muito anterior a este.

Depois de pormenorizados comentários a respeito deste tema e de outros, Kardec conclui perguntando:

Dever-se-á daí concluir que a Bíblia é um erro?

Ao que ele mesmo com a sabedoria e o bom senso que lhe eram peculiares responde:

Não; a conclusão a tirar-se é que os homens se equivocaram ao interpretá-la.3

Mostrando para todos nós que deveríamos estudar a Bíblia, como ele fez, e que caberia aos espíritas reinterpretá-la às luzes da ciência espírita.

Mais adiante, no livro A Gênese, Kardec volta ao tema dizendo:

De todas as Gêneses antigas, a que mais se aproxima dos modernos dados científicos, sem embargo dos erros que contém, postos hoje em evidência, é incontestavelmente a de Moisés. Alguns desses erros são mesmo mais aparentes do que reais e provêm, ou de falsa interpretação atribuída a certos termos, cuja primitiva significação se perdeu, ao passarem de língua em língua pela tradução, ou cuja acepção mudou com os costumes dos povos, ou, também, decorrem da forma alegórica peculiar ao estilo oriental e que foi tomada ao pé da letra, em vez de se lhe procurar o espírito.4

Sobre alguns pontos, há, sem dúvida, notável concordância entre a Gênese moisaica e a doutrina científica; mas, fora erro acreditar que basta se substituam os seis dias de 24 horas da criação por seis períodos indeterminados, para se tornar completa a analogia. Não menor erro seria o acreditarse que, afora o sentido alegórico de algumas palavras, a Gênese e a Ciência caminham lado a lado, sendo uma, como se vê, simples paráfrase da outra.5

Na continuidade deste capítulo XII do mesmo livro A Gênese, Kardec faz uma detalhada comparação entre o que diz a ciência sobre os períodos geológicos de formação planetária e os seis dias da criação conforme as anotações mosaicas, vindo a dizer:

Desse quadro comparativo, o primeiro fato que ressalta é que a obra de cada um dos seis dias não corresponde de maneira rigorosa, como o supõem muitos, a cada um dos seis períodos geológicos. A concordância mais notável se verifica na sucessão dos seres orgânicos, que é quase a mesma, com pequena diferença, e no aparecimento do homem, por último. É esse um fato importante.

Há também coincidência, não quanto à ordem numérica dos períodos, mas quanto ao fato em si, na passagem em que se lê que, ao terceiro dia, «as águas que estão debaixo do céu se reuniram num só lugar e apareceu o elemento árido». É a expressão do que ocorreu no período terciário, quando as elevações da crosta sólida puseram a descoberto os continentes e repeliram as águas, que foram formar os mares. Foi somente então que apareceram os animais terrestres, segundo a Geologia e segundo Moisés.6

Não é nosso objetivo neste texto singelo fazer comentários mais profundos sobre as considerações de Kardec, nem muito menos acrescentar algo como interpretação dos textos mosaicos, apenas mostrar que o Codificador estudava a Bíblia e nos ensinava como fazer. Deste modo, ele recorre aos termos originais do hebraico várias vezes para melhor compreender a essência do que queriam dizer os autores bíblicos, comenta outros textos como os do dilúvio, da perda do paraíso, nos mostrando ser possível fazer uma exegese fundamentada nos ensinamentos espíritas e assim muito aprender com esta literatura, que diga-se de passagem é de ótima qualidade.

E ainda neste mesmo capítulo de A Gênese reitera o que havia dito em O Livro dos Espíritos:

Não rejeitemos, pois, a Gênese bíblica; ao contrário, estudemo-la, como se estuda a história da infância dos povos.

Trata-se de uma época rica de alegorias, cujo sentido oculto se deve pesquisar; que se devem comentar e explicar com o auxílio das luzes da razão e da Ciência. Fazendo, porém, ressaltar as suas belezas poéticas e os seus ensinamentos velados pela forma imaginosa, cumpre se lhe apontem expressamente os erros, no próprio interesse da religião. Esta será muito mais respeitada, quando esses erros deixarem de ser impostos à fé, como verdade, e Deus parecerá maior e mais poderoso, quando não lhe envolverem o nome em fatos de pura invenção.7

É sobre o Novo Testamento que Kardec mais se ocupa com interpretações de grande inteligência.

Na introdução de o Evangelho Segundo o Espiritismo mostra que esta obra priorizaria o conteúdo moral dos ensinamentos de Jesus, deixando para outros momentos temas mais polêmicos que podiam dividir as opiniões. Mesmo assim mostra-nos a importância de fazermos uma análise histórica, cultural e sociológica daquele período em que Jesus viveu, e vai mais além, tanto analisando algumas expressões idiomáticas do hebraico, como fazendo uma conexão entre as filosofias de Sócrates e Platão, com os ensinamentos de Jesus e com a Doutrina Espírita que surgia.

Nos livros A Gênese e em Obras Póstumas, obra publicada após o seu desenlace, volta ao tema desta vez analisando à luz do Espiritismo temas, como dissemos anteriormente, mais polêmicos.

No primeiro Kardec analisa os ditos "milagres" feitos por Jesus, como curas, ressurreições, profecias, entre outros. Mostrando-nos que o que foi chamado de milagre nada mais era do que um desconhecimento do homem sobre algumas leis da natureza. Jesus, por ser um Espírito de grande evolução, de alta hierarquia espiritual, tinha conhecimento destas leis e agia consoante a vontade do Pai atuando nas causas dos problemas, atingindo assim resultados incompreendidos pelo ser humano comum

Kardec teve a coragem de dizer sem perder entendimento em matéria de religiosidade, que a Lei Divina não pode ser derrogada nem por Jesus e nem mesmo por Deus, portanto não havia milagres, mas tudo se dava como fruto de ação consciente num nível mais profundo de espiritualidade.

Já no livro Obras Póstumas o Codificador faz um estudo minucioso sobre a natureza de Jesus, mostrando-nos, com maestria, baseado nas próprias palavras do Mestre e na opinião de suas testemunhas vivas, os apóstolos, que Jesus não era Deus, e esta crença que surgiu nos séculos posteriores do cristianismo não tinha fundamentação bíblica e era pura deturpação dos textos originais das escrituras.

Estes textos devem ser meditados e estudados por todos os espíritas como resposta àquela questão que comentamos no início, de que se deve ou não o espírita estudar a Bíblia. Servindo para outros irmãos ligados a outras crenças religiosas para mostrá-los que o Espiritismo além de ser uma filosofia cristã também se preocupa em estudar a Bíblia tendo por exemplo, o seu Codificador.

E mesmo outros estudiosos dos textos sagrados que realizam importantes comentários sobre as escrituras citando historiadores e profitentes de várias crenças, deviam conhecer um pouco mais de Kardec e a sua opinião sobre esta, que como dissemos no início, é uma das obras mais importantes da literatura mundial.

1 Alguns autores dão como mais seis bilhões de exemplares vendidos e mais de dois mil idiomas em que foram traduzidos os originais.
2 O Livro dos Espíritos, questão 51
3 Ibidem, questão 59
4 A Gênese, cap. IV item 5
5 Gênese, cap. XII item 3
6 Ibidem, item 6
7 Ibidem, item 12

Cláudio Fajardo
05/11/2008 10:35
Visite: http://espiritismoeevangelho.blogspot.com/
"Na sua condição de Cristianismo Redivivo, a divulgação do Espiritismo Evangélico, quanto mais ampla, mais benefícios trará para a coletividade." Chico Xavier

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

PRECEITOS DA MORAL CRISTÃ


A moral de Jesus, conselheira, está viva em seu EVANGELHO, código universal de comportamento para o Homem, roteiro infalível para a perfeição do Espírito e, consequentemente, para sua felicidade futura e completa. Jesus legou à Humanidade padrões, modelos e normas, cuja observância pelo Homem o levará, segundo o Mestre, a "buscar primeiro o reino de Deus, porque, então, todas as coisas lhe serão acrescentadas", o que significa que o aperfeiçoamento espiritual deve ser a meta primeira da criatura humana, embora ela não esteja desobrigada de trabalhar para atender necessidades próprias do mundo corporal em que vive, "dando a César o que é de César". A Moral de Jesus, que o Espiritismo adota, preconiza, para a salvação do Homem, o conhecimento da verdade, que o libertará de toda ignorância e de toda escravidão ao mal. Isso todos conseguiremos, praticando sua doutrina, porque Ele é "o Caminho da Verdade e da Vida", único a levar ao Pai (Jo, XIV: 6)

• Amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos (Mt, XXII: 37 a 40; Mc, XII: 30 e 31; Jo, XIII: 34);
• Não servindo a Deus e às riquezas (Mamon) ao mesmo tempo (Mt, VI: 24; XXII: 21; VI: 33; Mc, XII: 11; Lc. XII: 31; XVI: 13; XX: 25);
• Dando de comer aos que têm fome, de beber aos que têm sede, vestindo o nu, visitando doentes e presos (Mt, XXV: 35, 36, 40);
• Perdoando sempre, sem reservas (Mt, XVIII: 21, 22).
• Não julgando para não ser julgado (Mt, VII: 1; Mc, IV: 24; Lc, VI: 27, 38; Jo. VIII: 7);
• Fazendo o bem pelo próprio bem (Mc, XII: 41 a 44; Lc, XXI: 1 a 4);
• Tendo fé, perseverando (Mt, XIV: 31; XXIV: 13; Lc, XXI: 19);
• Não cometendo adultério (Mt, V: 27 e 28; Mc, X: 11 e 12; Lc, XVI: 18);
• Orando e vigiando (Mt, 24-36; Mc, XII: 33; XIV: 38; Lc, XII: 40, XXI: 36; XXII: 45 e 46);
• Sendo humildes (Mt, XIX: 30; XXIII: 12; Lc, XIV: 11);
• Sendo prudentes (Mt, XXV: 1 a 13);
• Amando para receber (Lc, VI: 38);
• Dando para receber (Lc, VI: 38);
• Curando os enfermos (Mt, X: 8; Mc, XVI: 18; Lc, IX: 6; X: 9);
• Honrando pai e mãe (Mt, XV: 4, XIX: 19; Mc, XVIII:19; Lc, XVIII: 20);
• Evitando o escândalo, a maledicência (Mt, XVIII: 7; Lc, XVII: 1);
• Repudiando a hipocrisia (Mt, VII: 5; XVI: 6; XXIII:13; Lc, XI: 37 a 44);
• Combatendo o egoísmo, a avareza (Lc, XII: 15 e 34);
• Doutrinando espíritos atrasados (Mt, XVII: 15 a 21; X: 8); Lc, X: 17);
• Trabalhando na Seara (Mt, IX: 27, Lc, X: 2);
• Dando de graça o que de graça recebermos (Mt, X: 8);
• Pregando o Evangelho (Mc, XIII: 10; XVI: 15; Mt, XXIV: 14)
• Semeando em boa terra os seus ensinos (Mt, XIII: 23, Mc, IV: 8; Lc, VIII: 15);
• Progredindo sempre, intelectual e moralmente (Mt, V: 48);
• Sendo piedosos; não errando mais (Jo, VIII: 3-11);
• Não procurando ser o primeiro (por orgulho) – (Mt, XX: 26, 27; Mc, IX: 34 e 35; X: 31; Lc, XIII: 30, XXII: 24 e 26);
• Servindo e não sendo servido (Mt, XX: 28; Mc, X: 45);
• Praticando a justiça (Mt, V: 20; Lc, XII: 57 a 59);
• Fazendo aos outros o que queremos que nos façam (Mt, VII: 12; Lc, VI: 31);
• Não O negando perante os homens, mas O honrando com o coração (Mt, X: 33; Lc, XII: 8, 9);
• Conhecendo a Verdade para libertar-se (Jo, VIII: 32).
• NÃO PECANDO MAIS (Jo, VIII: 11).

Trecho extraído do livro "Fundamentos do Espiritismo", de Pedro Franco Barbosa, Léon Denis – Gráfica e Editora.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

INDULGÊNCIA


A luz da alegria deve ser o facho continuamente aceso na atmosfera das nossas experiências. Circunstâncias diversas e principalmente as de indisciplina podem alterar o clima de paz, em redor de nós, e dentre elas se destaca a palavra impensada como forja de incompreensão, deslealdade, maledicência a instalar entrechoques. Daí o nosso dever básico de vigiar a nós mesmo na conversação, ampliando os recursos de entendimento nos ouvidos alheios.

Sejamos indulgentes, Se erramos, roguemos perdão. Se outros erraram, perdoemos. O mal que desejarmos para alguém, suscitará o mal para nós amanhã. A mágoa não tem razão justa e o perdão anula os problemas, diminuindo complicações e perdas de tempo. É assim que a espontaneidade no bem estabelece a caridade real.

Quem não conhece as próprias imperfeições demonstra incoerência. Quem perdoa desconhece o remorso. Ódio é fogo invisível na consciência. O erro, por isso, não pede aversão, mas entendimento. O erro, nosso, requer a bondade alheia; erro de outrem, reclama a clemência nossa.

A Humanidade dispensa quem a censure, mas necessita de quem a estime. E ante o erro, debalde se multiplicam justificações e razões. Antes de tudo, é preciso refazer, porque o retorno à tarefa é a conseqüência inevitável de toda fuga ao dever. Quanto mais conhecemos a nós mesmos, mais amplo em nós o imperativo de perdoar. Aprendamos com o Evangelho, a fonte inexaurível da verdade.

Você, amostra da Grande Prole de Deus, carece do amparo de todos e todos solicitam-lhe amparo. Saiba, pois, refletir o mundo em torno, recordando que se o espelho, inerte e frio, retrata todos os aspectos dignos e indignos à sua volta, o pintor, consciente, buscando criar atividade superior, somente exterioriza na pureza da tela os ângulos nobres e construtivos da vida.

Livro: Ideal Espírita, Psic: Francisco C. Xavier - Espírito: André Luiz.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

APELO DE IRMÃ


Minhas irmãs, reine conosco a luz do Divino Mestre.

A prece é um caminho de luz, garantindo o intercâmbio do Céu com a Terra.

Através de seus fios resplandecentes é possível alimentar a obra de amor que iniciamos no mundo, razão por que aqui me vedes, contente por fazer-me sentir no círculo de tão devotadas companheiras do Espiritismo Evangélico no Brasil.

Estimaria guardar os melhores valores literários para expressar a importância que hoje atribuo, mais que nunca, ao apostolado da mulher espírita-cristã na vida moderna.

Indubitavelmente, a luta humana assume ciclópicas proporções. É imprescindível contemplá-la, de mais alto, na posição em que presentemente me vejo, para aquilatar a magnitude dos problemas gigantescos, a reclamarem equações com o Cristo de Deus.

A ambição destrutiva, a indeferença religiosa, o egoísmo desvairado e a vaidade infeliz conspiram com tamanha intensidade, na face da Terra que, infelizmente, novos conflitos de sangue se anunciam próximos, quais pesados aguaceiros de lágrimas, que só o poder da prece, com serviço e amor poderá remover. É indispensável que a mulher cristianizada se disponha a maiores sacrifícios a fim de que o reerguimento terrestre se não faça tardar. Os homens poderão decidir a batalha, inspirados por destruidores gênios do mal que lhes insinuam o sinistro propósito de hegemonia, através da dominação contra os mais fracos, entretanto, no campo dos vencidos e dos vencedores, que sempre realizam permutas de lugar nos quadros transitórios da experiência, é invariavelmente a mulher a sacerdotisa devotada que reedifica o jardim da vida, com heróico silêncio. Por que não desdobrar a nossa capacidade de construir e de amar, improvisando a medicina preventiva do bem e da luz, em todas as direções? Para isso, contudo, é imperioso ceder de nós mesmas quotas mais elevadas de entendimento e perdão. Faz-se necessário nos levantemos, não na bandeira revolucionária, que em todos os climas reclama a violência e a discórdia, com os mesmos característicos de incompreensão e ruína, mas sim na intimidade do santuário doméstico, dentro do qual o espírito de sacrifício com Jesus constituir-nos-á a bênção de cada dia.

Não cremos em milagres que não se façam precedidos de intensa preparação no trabalho justo. Não há frutos sem sementeiras adequadas. E se hoje sabemos que a vida não se extingue no sepulcro, prosseguindo, sem surpresas, além da morte, porque não converter as possibilidades evolutivas, que o mundo nos oferece, em recursos de sublimação? Permanecemos agora informadas de que o melhor para Deus é aquele que mais infinitamente concede de si mesmo a benefício do todo e que sem sacrifício não existe libertação, tanto quanto não há celeiro farto sem que a semente se confie à renúncia na cova escura e úmida.

Assim, pois, minhas irmãs, aproveitemos o Dia da Oportunidade. Vós outras, as que vos demorais no instrumento físico de que fomos alijadas, podereis edificar muito. Há crianças desamparadas, velhinhos ao abandono, mentes ignorantes e espíritos afastados da compreensão em toda parte.

Os homens, de quando a quando, combatem-se mutuamente com espadas, estabelecendo rios de sangue fratricida, no solo abençoado do Planeta, mas a mulher guerreira em silêncio, a vida inteira, exterminando a si mesma para que a vida prospere triunfante. Santifiquemo-nos nesse apostolado de renunciação e que o Senhor nos abençõe.

pelo Espírito Aura Celeste - Médium: Francisco Cândido Xavier por Espíritos Diversos. do Livro: Nosso Livro.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

AFINIDADE


Afinidade é um dos poucos sentimentos que resistem ao tempo e ao depois. A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. É o mais independente.

Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi interrompido.

Afinidade é não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo para o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial.

Ter afinidade é muito raro, mas quando existe, não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas.

O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.

Afinidade é ficar longe, pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras. É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.

Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo. Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado? Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios?

Sentir com, é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar, ou, quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar.

Afinidade é jamais sentir por. Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo. Mas quem sente com, avalia sem se contaminar. Compreende sem ocupar o lugar do outro. Aceita para poder questionar. Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.

Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças. É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas, quanto das impossibilidades vividas.

Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação, porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar. E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais a expressão do outro sob a forma ampliada do eu individual aprimorado.
Artur da Távola

sábado, 8 de novembro de 2008

APONTAMENTOS E REFLEXÕES DE EMMANUEL SOBRE COMPORTAMENTO SEXUAL


O Espírito Emmanuel elucida, com sabedoria, que, em torno do tema sexo, "será justo sintetizarmos todas as digressões nas normas seguintes: Não proibição, mas educação. Não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e a si mesmo. Não indisciplina, mas controle. Não impulso livre, mas responsabilidade. Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender ou reaprender com a experiência. Sem isso, será enganar-nos, lutar sem proveito, sofrer e recomeçar a obra da sublimação pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cada um."

Todos nós trazemos os temas particulares com referência ao sexo. Atendendo à soma das qualidades adquiridas, na fieira das próprias reencarnações, nos revelamos, no Plano Físico, pelas tendências que registramos nos recessos do ser. Cada pessoa se distingue por determinadas peculiaridades no mundo emotivo. O sexo se define desse modo, por atributo não apenas respeitável, mas profundamente santo da Natureza, exigindo educação e controle. Não tem lógica subtrair as manifestações sexuais dos seres humanos, a pretexto de elevação compulsória, ou deslocá-las de sua posição venerável a garantir-lhes a libertação. Sexo é espírito e vida, a serviço da felicidade e da harmonia do Universo. Consequentemente, reclama responsabilidade e discernimento, onde e quando se expresse. Por isso mesmo, homens e mulheres precisam e devem saber o que fazem com suas energias genésicas, observando como, com quem e com qual finalidade se utilizam de semelhantes recursos, entendendo que todos os compromissos na vida sexual estão, igualmente, subordinados à Lei de Causa e Efeito; e, segundo esse exato princípio, tudo que dermos a outrem, no mundo afetivo, outrem também nos dará.

A energia sexual, como recurso da lei de atração, na perpetuação das espécies, é inerente à própria vida, gerando cargas magnéticas em todos os seres, em face das potencialidades criativas de que se reveste. Nos seres primitivos, situados nos primeiros degraus da emoção e do raciocínio, e, ainda, em todas as criaturas que se demoram, voluntariamente, no nível dos brutos, a descarga de semelhante energia se opera por automatismo orgânico inconsciente. Isso, porém, custam-lhes efeitos angustiantes a lhes lastrearem longos e penosos períodos de expiação, presos a existências menos felizes, nas quais, pouco a pouco, a vida lhes ensina que ninguém abusa de alguém sem carrear prejuízo a si mesmo. Na medida em que a individualidade evolui, passa a compreender que o sexo requer o impositivo do discernimento e responsabilidade em sua aplicação, e que, por isso mesmo, deve ser controlado por valores morais que lhe garantam o emprego digno, seja na criação de formas físicas, seja artística, cultural, comportamental, propiciando a elevação espiritual do ser humano e, conseqüentemente, a evolução do Planeta.

O sexo, no ser humano, conforme se expresse, terá conseqüências felizes ou infelizes, construtivas ou destrutivas, pois não depende da sua função em si mesma, mas, fundamentalmente, do seu usuário. Atualmente, comenta-se a possibilidade da legalização das relações sexuais livres, como se fora justo escolher companhias, apenas, para a satisfação do impulso genésico, qual instrumento de troca ou indivíduo descartável. Relações sexuais, no entanto, envolvem consciência e responsabilidade. Homem ou mulher, adquirindo parceira ou parceiro para a conjunção afetiva, deve canalizar suas energias sexuais a um propósito elevado, pois, pensando tão-somente em si mesmo, a frustração é imediata.

No matrimônio, legalmente constituído, se os parceiros da união sexual possuem deveres a observar entre si, em face de preceitos humanos, voluntariamente aceitos, no plano das chamadas ligações extralegais, acham-se, igualmente, submetidos aos princípios das Leis Divinas que regem a Natureza. Cada Espírito detém consigo o seu íntimo santuário, erguido ao amor, e nenhum Espírito menoscabará o "lugar sagrado" de outro Espírito, sem lesar a si mesmo. Conferir pretensa legitimidade às relações sexuais irresponsáveis seria tratar "consciências" como se fossem "coisas", e se as próprias coisas, na condição de objetos, reclamam respeito, que dirá o respeito devido ao ser humano?

Existe o mundo sexual dos Espíritos de evolução primária, inçado de ligações irresponsáveis, e existe o mundo sexual dos Espíritos conscientes, que já adquiriram conhecimento das obrigações próprias diante da vida; o primeiro se constitui de homens e mulheres, psiquicamente, não muito distantes da selva, remanescentes próximos da convivência com os brutos, enquanto que o segundo é integrado pelas consciências que a verdade já iluminou, mediante estudo das leis do destino à luz da imortalidade. O primeiro grupo se mantém ligado à poligamia, às vezes desenfreada, e só, pouco a pouco, despertará para as noções de responsabilidade no plano do sexo, através de experiências múltiplas na fieira das reencarnações. O segundo já se levantou para a visão panorâmica dos deveres que nos competem, diante de nós mesmos, e procura elevar os próprios impulsos sexuais, educando-os pelos mecanismos da contenção equilibrada.

Falar de governo e administração, no campo sexual, aos que ainda se desvairam em manifestações poligâmicas, seria exigir encargos de um silvícola, tão-somente atribuídos a um professor universitário, razão por que será justo deter-se, apenas, nesse ou naquele estudo alusivo à educação sexual, com quem se mostre suscetível de entender as reflexões provenientes do mais profundo e básico: o amor.

O instinto sexual, exprimindo amor em expansão incessante, nasce nas profundezas da vida, orientando os processos da evolução. Toda criatura consciente traz consigo, devidamente estratificada, a herança incomensurável das experiências sexuais vividas nos reinos inferiores da Natureza. De existência a existência, de lição em lição e de passo a passo, por séculos e séculos na esfera animal, a individualidade, erguida à razão, surpreende-se com todo um mundo de impulsos genésicos por educar e por ajustar à lei superior que governa a vida - a Lei de Evolução.

A princípio, exposto aos lances adversos das aventuras poligâmicas, o homem avança, de ensinamento a ensinamento, para a sua própria inserção na vida monogâmica, reconhecendo a necessidade de segurança e equilíbrio em matéria de amor. No entanto, ainda aí, é impelido, naturalmente, a carregar o fardo dos estímulos sexuais, muitas vezes desregrados, que lhe enxameiam o sentimento, reclamando educação e sublimação. Depreende-se disso que toda criatura transporta, em si mesma, determinada taxa de carga erótica, da qual, em verdade, não se libertará, unicamente, ao preço de palavras e votos brilhantes, mas à custa de experiência e trabalho, de vez que instintos e paixões são energias e estados inerentes à alma de cada um, que as leis da Criação não destroem, e sim, auxiliam cada criatura a se transformar e a se elevar rumo à perfeição.

É fácil entender, portanto, que, do erotismo, como fator de magnetismo sexual humano, na romagem terrestre, em se tratando de Espíritos encarnados ou desencarnados, não partilham, tão-somente, as inteligências que já se angelizaram, em minoria absoluta no Plano Físico, mas, igualmente, aqueles irmãos da Humanidade, provisoriamente internados nas celas da idiotia, por força de lides expiatórias abraçadas ou requisitadas por eles próprios, antes do berço terreno. Os Espíritos sublimados se atraem, uns aos outros, pela força do amor, considerado infinito, divino. Por enquanto, nós outros, seres em laboriosa escalada evolutiva, somente compartilhamos as nossas tendências e aptidões, dificuldades e provas do gênero humano. Os companheiros, temporariamente, bloqueados por cérebros deficientes e obtusos, atravessam emocionados, períodos mais ou menos longos de silêncio, destinados às reparações e reajustes, quase sempre solicitados por eles mesmos. Sentenciam-se aos entraves e inibições, no campo de exteriorização da mente, através dos quais refazem atitudes e recondicionam impulsos afetivos em preciosas tomadas e retomadas de consciência.

Em vista do exposto, faz-se necessário reconhecer que toda criatura humana, nascida ou renascida sob o patrocínio do sexo, obviamente, carreia consigo determinada carga de impulsos eróticos, que a própria criatura aprende, gradativamente, a usá-los com dignidade. Diante do sexo, não nos achamos, de modo algum, à frente de um despenhadeiro para as trevas, mas diante da fonte da vida, que a Sabedoria do Universo situou como laboratório das formas físicas e a usina dos estímulos espirituais mais intensos, para a execução das tarefas que esposamos, em regime de colaboração mútua, com vistas ao progresso da humanidade.

Cada homem e cada mulher que ainda não se angelizou ou que não se encontre em processo de bloqueio das possibilidades criativas, no corpo ou na alma, traz, evidentemente, maior ou menor percentagem de anseios sexuais, a se expressarem por sede de apoio afetivo, e é, claramente, nas lavras da experiência, errando e acertando, e tornando a errar para acertar com mais segurança, que cada um de nós - os filhos de Deus em evolução na Terra - conseguirá sublimar os sentimentos que nos são próprios, de modo a nos erguer, em definitivo, para a conquista da felicidade celeste e do Amor Universal.

Diante dessas reflexões emmanuelinas, compadeçamo-nos uns dos outros, porque, por enquanto, nenhum de nós consegue conhecer a si próprio, tão profundamente, a ponto de saber, hoje, qual o tamanho da experiência afetiva que nos aguarda amanhã. Calemos os nossos possíveis libelos, ante as supostas culpas alheias, porquanto, nenhum de nós, por agora, é capaz de medir a cota de responsabilidade que nos cabe diante das irreflexões e desequilíbrios dos outros. Somos, todos, integrantes de uma só família, operando em dois mundos, alternadamente - ora, no das inteligências corporificadas no plano físico, ora, no das inteligências desencarnadas, que se expressam em regiões compatíveis com o grau de evolução a que fazem jus. Não dispomos de recursos para examinar as consciências alheias, e cada um de nós, ante a Sabedoria Divina, é um caso particular em matéria de amor, reclamando compreensão. Em vista disso, muitos de nossos erros imaginários no mundo são caminhos certos para o bem, ao passo que muitos de nossos acertos hipotéticos são trilhas para o mal, dos quais nos desvencilharemos, um dia!...

Emmanuel explica finalmente: Abençoai e amai sempre. Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo afetivo, seja com quem for e como for, colocai-vos, em pensamento, no lugar dos acusados, analisando as vossas tendências mais íntimas e, após verificardes se estais em condições de censurar alguém, escutai, no âmago da consciência, o apelo inolvidável do Cristo: "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei".

Jorge Hessen - (03.11.08)
E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net

FONTES:
(*)Xavier, Francisco Cândido. Vida e Sexo, Ditado pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001