domingo, 29 de março de 2009

O PODER DA DOÇURA


O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que nascia tímido por entre as pedras. Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos, o rio foi tomando volume e, bem mais adiante, dividiu-se em dezenas de cachoeiras, num espetáculo de águas cantantes.

A música das águas atraiu o viajante, que foi descendo pelas pedras ao lado de uma das cachoeiras. Ali, finalmente descobriu uma gruta. Ali, com paciência, a natureza criara caprichosas formas. O viajante foi entrando e admirando as rochas gastas pelo tempo.

De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos que nela estavam escritos. Eram versos do grande escritor Tagore, prêmio Nobel de literatura em 1913.

"Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança e sua canção. Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir."

Assim também acontece na vida. Existem pessoas que reclamam de tudo, explodem por coisa nenhuma, eternos insatisfeitos com tudo e todos e que costumam ou tentam subestimar, desejam tudo arrumar, resolver aos gritos e pancadas. E existem as pessoas suaves, que sabem dosar a energia e tudo conseguem. São as criaturas que na maioria das vezes não falam muito, mas agem bastante. Enquanto muitos ainda se encontram à mesa de discussões para a tomada de decisões, elas já se encontram a postos, agindo...
Autor Anônimo

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