segunda-feira, 23 de março de 2009

A VERDADEIRA CARIDADE


“Uma resposta branda aplaca a ira, uma palavra ferina atiça a cólera.” (Provérbios, 15: 1)

Muito se tem dito sobre a importância da caridade em todos os ambientes até mesmo nos não religiosos. Atender às necessidades mais agudas daqueles que passam por momentos de carência material passou a ser não só a ética dos que sempre preocuparam em atender ao próximo, mas de toda a sociedade de um modo geral. Grupos não governamentais com finalidade de atender aos menos favorecidos foram e são criados nos quatro cantos do planeta a toda hora, o voluntariado desinteressado é incentivado, e hoje, quem não participa de qualquer campanha de ajuda aos necessitados é que é um desajustado em relação à tendência mundial. É um grande bem toda essa movimentação, fruto do heroísmo anônimo de muitos que em outros tempos se dedicaram com afinco a semear a idéia da fraternidade. Deste modo, além de ser incentivada, essas iniciativas são dignas do nosso maior apreço. Todavia, um outro tipo de caridade existe, mais difícil de ser praticada, e também de grande alcance, mas nem por isso é identificada pela maioria dos humanos. É a caridade da reação pacífica e no bem quando somos injuriados ou até mesmo quando nos questionam sobre algo ou sobre alguém. Somos seres dóceis e amáveis até que ninguém fira o nosso interesse, a partir do momento que somos agredidos seja do ponto de vista moral ou material, já não nos responsabilizamos por nossas atitudes. Tem até mesmo uma infeliz expressão que costumamos repetir: “Dou um boi para não entrar em uma briga, porém dou uma boiada para não sair dela se porventura entrar.” Assim, esquecemos que alimentar o processo de desequilíbrio em qualquer fase ou circunstância que esse aconteça, é também falta de caridade e de amor para com o semelhante. Muitas vezes não precisa nem mesmo de sermos agredidos, basta alguém nos perguntar, “o que acha você do fulano?” E o falatório descomprometido com o bem inicia… Portanto, não esqueçamos a orientação do livro sagrado, uma resposta branda aplaca a ira…, ou, uma reação contrária à violência, não só a acalma, como na maioria da vezes até elimina-a. E se somos responsáveis pela semeadura, não é menos verdade que nos responsabilizaremos também pelo que cultivamos; e se a ira vem de lá para cá, uma palavra ferina atiça a cólera, ou seja, ela só renderá frutos outros se for por nós alimentada. Assim, estejamos vigilantes, sermos fraternos na ação, é mais fácil e até as pessoas de má vida têm sido; porém, reagir com brandura é atitude de poucos, e esses é que serão os dignos da felicidade prometida aos bons.

“Bem aventurados os que promovem a paz, porque deles é o Reino dos Céus.” (Mateus, 5: 9)
Prof. Dr.Claudio Fajardo
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