sábado, 8 de novembro de 2008

O GRANDE CAMINHO


O GRANDE CAMINHO
Um homem de muita fé morava num vale extenso e triste e por que assinalasse amarga e solidão, elevou-se em espírito ao Senhor e pediu-lhe, atormentado:- Benfeitor Eterno, vejo-me vencido pelo desânimo... Que fazer para melhorar o ambiente em que respiro?- Educa a terra em que foste localizado – aconselhou o Divino Orientador – Usa o alvião e o arado, a enxada e a semente e, em breve, o solo dar-te-á pão e alegria. O servo regressou e seguiu-lhe o conselho. Com o aperfeiçoamento da gleba, porém, surgiram colonos variados e as rixas explodiram, na disputa dos terrenos em torno. Alarmado, o devoto retornou ao Senhor e clamou:- Inefável Amigo, melhorada a região a que dei minha ajuda, vieram os companheiros da Humanidade e com eles chegaram inquietantes enigmas. Não mais vivo só, entretanto, as feras da posse, os dragões do ciúme, as serpentes do despeito e os monstros da inveja bramem e se arrastam junto de mim... Que fazer para o sustento da paz?- Educa os irmãos que te cercam a experiência – determinou o magnânimo interpelado, - e explica-lhes que o sol brilha para justos e injustos, que o trabalho sinceramente respeitado e bem dividido faz a riqueza de todos e que sem a cooperação fraternal o dever é um cárcere insuportável... Usa a escola e o livro, a palavra e a própria virtude! O tempo assegura-te-á harmonia e vitória. O crente agiu em consonância com o ensinamento recebido e, por que prosperasse o encanto social na colônia, desposou uma jovem que lhe parecia responder ao ideal de ventura, no entanto, com o casamento vieram os filhos e os problemas. A alma da companheira sofria incompreensível divisão entre ele e os rebentos do lar que o crivaram de pezares e preocupações. Aflito, voltou à Amorosa Presença e solicitou:- Todo Compassivo, tenho minh’alma sangrando de sofrimento... Como proceder para encontrar o equilíbrio, junto da mulher e dos filhos que me deste?- Educa-os e alcançaras a bênção merecida, - disse-lhe o Abnegado Condutor. – Através de teus próprios exemplos, usa a boa vontade e a renúncia e atingirás, um dia, o fruto de preciosa compreensão. O trabalhador desceu à Terra e atendeu à advertência. Contudo, com o crescimento da família, multiplicada agora em lares diversos, notou que os parentes padeciam, desarvorados, a visitação da enfermidade e da morte. Agoniado, compareceu diante do Senhor e implorou:- Protetor Infatigável, estou conturbado, em pavoroso desalento... Os corações que me confiaste tremem de angústia e medo, ante a ventania gelado do túmulo... Que fazer para consolá-los e obter-lhes conformação?- Educa-os para a vida, cujas provas são lições de subido valor – respondeu-lhe o Mentor Celeste. – Ensina-lhes que a doença é um gênio benfazejo e que o sepulcro é passagem para a imortalidade triunfante. Revela-lhes, porém, semelhantes verdades com a tua própria demonstração de coragem e submissão incessante à Infinita Sabedoria. O homem tornou ao seu campo de luta e devotou-se à tarefa que lhe cabia com humildade e bom ânimo. Quando o tempo lhe enrugou a face, alvejando-lhe os cabelos, fatigado ao peso das responsabilidades que trazia no coração, procurou o Senhor e implorou em lágrimas:- Fiador de meus dias, compadece-te de mim!... Meu corpo agora é um instrumento cansado, sinto frio em meus ossos!... Tenho saudades de ti, Senhor!... Que fazer para transferir-me, em definitivo, para o Céu?- Educa-te e raiará para teu espírito a luminosa libertação, educa-te e o próprio mundo te elevará à glória suprema da vida espiritual!- Senhor, - ponderou o fiel devoto – ensinaram-me na Terra que fora da caridade não há salvação e sempre respeitei a caridade, executando-te as ordens divinas... Ter-se-iam enganado os teus mensageiros no mundo?O Mestre sorriu e obtemperou:- Os emissários celestiais não se equivocaram na afirmativa. Realmente, fora da caridade não há salvação, mas fora da educação não há caridade bem conduzida...E por que o crente meditasse em lacrimoso silêncio, o Senhor concluiu:- A caridade é a chave que abre as portas do Céu, mas a educação é o grande caminho que conduz até ele...Foi então que o aprendiz leal voltou às obrigações que lhe competiam no mundo e consagrou o resto da existência ao serviço de educar-se, com o que passou a educar os outros com mais segurança.

do Livro: Relatos da Vida - Psicografia Francisco C. Xavier - Espírito Irmão X.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A PEÇONHA DA LÍNGUA, ANTE OS TRÊS FILTROS SOCRÁTICOS


Jesus advertiu sobre a contaminação oriunda das substâncias que saem da boca humana. Quem promove a disseminação da maledicência, invoca o distúrbio para si mesmo. Por isso, urge vigiar e domar o vício do falatório, do comentário maldoso – por que não dizer: “fofoca”? Quem se afirme espírita, não pode esquecer que os censores do comportamento alheio acabam, quase sempre, praticando as mesmas ações censuradas.

Lamentamos o clima de comprovada invigilância deixada pelas peripécias do ânimo impiedoso dos caluniadores, com suas mentes doentias, sempre às voltas com a emissão impetuosa do fuxico generalizado. Confrades, esses, que engendram entusiasmos íntimos, ante as dificuldades e eventuais deslizes do próximo. Assestam a volúpia da detração, com acusações infames, de realidades que desconhecem em profundidade, sempre em direção das angústias e lutas íntimas dos que tentam se erguer de um erro cometido.

Comprazem-se no mexerico e na satisfação de verem um irmão sofrendo uma experiência mais difícil. Dissimulam, no velho chavão "vamos orar por eles!!", o aguçamento dos quesitos de suas perfídias.

Esquecem-se que o falatório induz à fascinação, secundando o desequilíbrio emocional, impelindo-os aos processos obsessórios. Muitos irmãos lhes são alvo de açodadas e contundentes críticas, onde os princípios evangélicos são arremessados para as calendas. Se praticassem o bem, escutariam, no recesso da consciência, a advertência inserta no cap. 1, versículo 26, de Tiago: “Se alguém cuida ser religioso e não refreia sua língua, sua religião é vã". (grifamos)

O Apóstolo dos gentios registra, aos romanos, a seguinte admoestação: “Sua garganta é um sepulcro aberto; com a sua língua trata enganosamente, peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios.” (grifamos)

Certo orador, médium psicofônico, gostava de trabalhar em um determinado Centro. Realizava todas as suas tarefas doutrinárias com tal cuidado, com tal senso de responsabilidade, que não tardou ser eleito Dirigente de um Departamento da instituição. Novos desafios a vencer, algumas coisas para aprender, outras tantas para reformular... Ao final de uma etapa de trabalho, foi visitar o Presidente do Centro. Após breve diálogo, apresentou seu Relatório das atividades. O Presidente agradeceu e já ia abrindo, quando o novo Dirigente do Departamento começou a falar:

- Sr. Presidente, tenho que fazer algumas modificações na minha equipe de colaboradores, porque o Assistente que me indicaram, imagine o Sr, contaram-me...

Antes que terminasse a frase, o Presidente, lembrando o filósofo Sócrates, interrompeu:

- Espere um pouco, meu irmão. O que pretende me contar, já passou pelos três filtros?

- Filtros! Que filtros, Presidente?

- Primeiro, o filtro da VERDADE. Você tem certeza de que esse fato é, absolutamente, verdadeiro?

- Não, não tenho. Como posso saber? O que eu sei é o que me contaram. Mas eu acho muito grave que...

O Presidente interrompe novamente:

- Então, a sua história já perdeu substância, ou seja, não passou no primeiro filtro.

- É... mas...

- Vamos para o segundo filtro, que é o da BONDADE. O que você deseja me informar, traz algum benefício a alguém? Você gostaria que dissessem o mesmo a seu respeito?

- Claro que não, Presidente, Deus me livre! Nem poderiam falar uma coisa dessas de mim, que sou...

- Então, meu filho, sua história fica um pouco mais fraca, porque não passou no segundo filtro, por suas próprias palavras.

- Porém, ainda resta o terceiro filtro, que é o da NECESSIDADE. Você acha, mesmo, que há necessidade de me contar o que pretende? Esta história – que ignoro - sobre o seu Assistente, que é seu confrade de fé, seu companheiro de trabalho, merece ser comentada, ou você pretende conquistar público que o aplauda, ao comentá-la? Pense bem, meu caro. Uma vez tenha, eu, tomado ciência de algum fato que me obrigue a agir, visando o bem da Instituição e de todos, tenha certeza de que não hesitarei em tomar as providências cabíveis.

- Não!... Sr. Presidente, passando pelo crivo destes três filtros, concluo que nada sobra do que eu iria lhe falar, diz o Dirigente, surpreso consigo mesmo.

As pessoas seriam mais felizes se todas utilizassem esses três filtros, antes de divulgarem suas suspeitas a respeito de alguém. Antes de obedecerem ao impulso da difamação, reflitam, porque serão, inexoravelmente, reconhecidos desta forma, ou seja, como cruéis difamadores.

Quando não filtramos nosso parecer a respeito do próximo, é evidente que os elementos psíquicos que verbalizamos são potencialidades que atuam contra nós mesmos. Do campo mental aos lábios, podemos manter absoluto controle. Um pensamento negativo pode ser substituído, de imediato, ao passo que a palavra solta é sempre um instrumento ativo em circulação. Não se pode, nesse contexto, compreender uma atitude espírita conivente com um comportamento que é atentatório ao conteúdo moral do Espiritismo.

Aos devotos da fuxicaria contumaz, os impertinentes ajuizadores de valores morais alheios, atentemos para uma lição de Chico Xavier: “Numa viagem de mil quilômetros, não nos podemos considerar vitoriosos senão depois de chegarmos à meta almejada, porque nos dez últimos metros, a ponte que nos liga ao ponto de segurança pode estar caída e não atingiremos o local para onde nos dirigimos.”

Finalmente, não esqueçamos que a palavra constrói ou destrói facilmente e, em segundos, estabelece, por vezes, resultados gravíssimos para séculos.

Jorge Hessen (20.06.06)
E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net

domingo, 2 de novembro de 2008

O ESPIRITISMO VEIO PARA O POVO COM ELE DIALOGAR


Quando pensamos nos milhares de espíritas de pouca cultura, humildes e materialmente pobres, porém verdadeiros vanguardeiros da Terceira Revelação; quando imaginamos que o edifício doutrinário se mantém firme em face do amor desses lídimos baluartes do Evangelho, impossível não nos entristecermos quando se trombeteia em nossas hostes os excesso de consagração das elites culturais.

“A presença do elitismo nas atividades doutrinárias (...) vai expondo-nos a dogmatização dos conceitos espíritas na forma do Espiritismo para pobres, para ricos, para intelectuais, para incultos(...)”(1)

Chico Xavier já advertia em 1977, “É preciso fugir da tendência à ‘elitização’ no seio do movimento espírita(...)o Espiritismo veio para o povo. É indispensável que estudemo-lo junto com as massas mais humildes social e intelectualmente falando e deles nos aproximarmos(...)Se não nos precavermos, daqui a pouco estaremos em nossas casas espíritas apenas falando e explicando o Evangelho de Cristo, às pessoas laureadas por títulos acadêmicos ou intelectuais(...)” (2)

Acompanhamos com muita reserva o surgimento de várias associações de: jornalistas, psicólogos, pedagogos, escritores, magistrados, médicos. Esse espírito corporativista é inaceitável sob a ótica cristã. Aliás, corporações essas que promovem elegantes eventos (quase sempre cobrando-se taxas de inscrição) para aguçar a vaidade de alguns confrades que não perdem a oportunidade de atrair para si os holofotes da “fama”.

Os eventos gratuitos devem ser realizados, obviamente, porém urge considerar que esses simpósios sejam estruturados sobre programação aberta a todos e de interesse da doutrina, não para ser uma ribalta de competição para intelectuais com titulação acadêmica, como um “passaporte” para traduzirem “melhor” os conceitos kardecianos.

Caso contrário, consigna o editorialista da Revista O Espírita, “Chico Xavier, Divaldo Franco, tanto quanto no passado Lèon Denis, que era caixeiro-viajante, não poderiam participar desses conclaves, sob pena de se sentirem desambientados e constrangidos, por não terem titulação conferida pelas universidades do mundo. Para não falarmos do próprio Cristo, que não passou da condição de modesto carpinteiro”.(3)

Sinceramente, não conseguimos compreender o Espiritismo, sem Jesus e sem Kardec para todos, com todos e ao alcance de todos, a fim de que o projeto da Terceira Revelação alcance os fins a que se propõe.

É ainda Chico Xavier que ensina: “Por mais respeitáveis os títulos acadêmicos que detenhamos, não hesitemos em nos confundir na multidão para aprender a viver, com ela, a grande mensagem. (...)”. (4)

Reenfatizamos as admoestações de Chico Xavier, “Precisamos conversar desapaixonadamente sobre o nosso movimento. É preciso que nós, os espíritas, compreendamos que não podemos nos distanciar do povo. É preciso fugir da tendência à "elitização" no seio do movimento espírita. É necessário que os dirigentes espíritas, principalmente os ligados aos órgãos unificadores, (5) compreendam e sintam que o Espiritismo veio para o povo e com ele dialogar. É indispensável que estudemos a Doutrina Espírita junto com as massas, que amemos a todos os companheiros, mas sobretudo, aos espíritas mais humildes social e intelectualmente falando e deles nos aproximarmos com real espírito de compreensão e fraternidade. Se não nos precavermos, daqui a pouco estaremos em nossas casas espíritas apenas falando e explicando o Evangelho de Cristo às pessoas laureadas por títulos acadêmicos ou intelectuais e confrades de posição social mais elevada. Mais do que justo evitarmos isso, a "elitização" no Espiritismo, isto é, a formação do "espírito de cúpula", com evocação de infalibilidade, em nossas organizações”.(6)

Portanto, devemos buscar pela simplicidade doutrinária evitar tudo aquilo que lembre castas, discriminações, evidências individuais, privilégios injustificáveis, imunidades, prioridades. Que repensemos as associações de profissionais A,B,C...

Aliás, amigo leitor, você conhece alguma associação espírita de carpinteiros, marceneiros, lavadeiras, passadeiras, garis, pedreiros, serventes?

Jorge Hessen - (24.02.06)
E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net

FONTES:
1- Editorial da Revista O Espírita, ano 11 numero 57-jan/mar/90.
2- Entrevista concedida ao Dr. Jarbas Leone Varanda e publicada no jornal uberabense O Triângulo Espírita, de 20 de março de 1977, e publicada no Livro intitulado Encontro no Tempo, org. Hércio M.C. Arantes, Editora IDE/SP/1979.
3- Editorial da Revista O Espírita, ano 11 numero 57-jan/mar/90.
4- Cf. Entrevista concedida ao Dr. Jarbas Leone Varanda e publicada no jornal uberabense O Triângulo Espírita, de 20 de março de 1977, e publicada no Livro intitulado Encontro no Tempo, org. Hércio M.C. Arantes, Editora IDE/SP/1979.
5- Fazemos uma justa ressalva para preservar a Federação Espírita Brasileira, que tem orientado de forma grandiosa como as federativas estaduais devem proceder. Lamentavelmente essas que se perdem muitas vezes nos labirintos das promoções de shows de elitismo. Patrocinam eventos para espíritas endinheirados, e cobram taxas e se perdem na sua tarefa unificacionista. Conhecemos federativa que chega a gastar R$. 100.000,00 (cem mil reais) para promover evento para 5.000(cinco mil) pessoas como se o Espiritismo necessitasse desses eventos “grandiosos”. Precisamos retornar à simplicidade doutrinaria, conforme nos advertiu Bezerra de Menezes através de Ivone Pereira.
6- Idem

FINADOS


" O dia de Finados não tem origem em ensinamentos dos Espíritos. Derivou da festa católico – romana de 1º de novembro – "Dia de todos os santos". Quando da destruição dos templos pagãos, em Roma, um entre todos foi poupado, porque constituía obra –prima de arquitetura e riqueza. Construído por Marco Agripa, denominava-se – Panteão e nele, a 1º de novembro, era celebrada, pelos pagãos, com excessos, a "festa de todos os deuses". O Papa Bonifácio IV obteve-o, por doação do Imperador Focas e fê-lo purificar, recolhendo a ele os tesouros e despojos mortais das catacumbas dos cristãos e consagrou-o a Santa Maria dos Mártires. Nesse templo (que estivera fechado durante dois séculos) Gregório IV, em 835, instituiu em antítese, a "festa de todos os santos", em homenagem aos santos que não tinham culto em dia destacado no calendário, universalizada depois para todo o orbe católico. Mas, para que não ficassem esquecidos ante Deus os fiéis da Igreja e os pecadores, foi estabelecido que no dia seguinte, 2 de novembro, se fizessem no templo orações em intenção desses mortos.

Só em 998, dez séculos depois do Cristo, o Abade da Ordem dos Beneditinos, em Cluny, instituiu, em todos os mosteiros da Ordem, na França, a "comemoração dos mortos", o "dia de finados", nesse 2 de novembro, culto que a Santa Sé aplaudiu e oficializou para todo o Ocidente. Assim foi o mundo profano levado a cultuar os seus mortos (outrora enterrados nas igrejas e em "campo santo") num dia determinado, quiçá na ingênua, ilusória esperança de que os Espíritos desencarnados fruiriam venturas celestiais, recebendo, nas covas das necrópoles, as flores e as luzes das velas, que, não raro, exalam hipocrisia e iluminam as trevas das maldades e rancores de quem as acende. O tempo decerto conseguirá esculpir nos corações o ensinamento dos mestres da espiritualidade, fazendo com que as criaturas regressem à sincera e modesta maneira de encarar e reverenciar o nascimento e o decesso dos seres na face da Terra, práticas desvirtuadas pelas deturpações dos interessados e dos ignorantes. Os antigos tinham intuição ou ensinamentos bem mais aproximados do verdadeiro modo de interpretar o sentido da vida e da morte dos seres humanos.

Heródoto (o denominado – Pai da História) diz que, na Trácia remota (território cujas fronteiras estão hodiernamente diluídas numa das províncias da Turquia), o nascimento de uma criança reunia a família em torno do berço para, por entre lágrimas e tristeza, lamentar as provações a que viera o recém-nascido; enquanto que o falecimento de um ente querido era saudado jubilosamente, na antevisão de que o Espírito liberto iria fruir as venturas e galardões do Além.
O Espiritismo contemporâneo veio encontrar o automatismo dos costumes e estipulações seitistas, consuetudinárias, que obscurecem de algum modo o lídimo sentido espiritual da vida e da morte; mas, suavemente, sem contundir a sinceridade dos que ainda não evoluíram para a integral espiritualidade, irá encaminhando as Almas para a verdadeira comunhão com os chamados mortos.

Não está nos cemitérios o mundo dos Espíritos. Ali apenas podem permanecer transitoriamente os cegos desesperados, cujo passamento não os pôde desligar da matéria em decomposição. Fora dali, no indefinível templo do nosso coração é onde devemos orar pela paz e pelo esclarecimento dos Espíritos liberados do corpo. Mas, principalmente, pelos sofredores. Os Espíritos de Luz, aqueles que misericordiosamente, ajudam os grilhetas da Terra, descem pela escada espiritual das nossas preces, dos nossos pensamentos de abnegada solidariedade com os chagados da alma, que gemem nos ergástulos da dor e do remorso, com os surdos e cegos, que ainda não ouviram, nem lobrigaram as harmonias iluminadas da Verdade que as "vozes do silêncio" entoam para glória de Deus e bênção dos arrependimentos. Em cada dia da existência, nas horas de recolhimento, oremos pelos tristes, pelos abandonados que, na desolada noite de sua provação, não conheceram amor, carinho, consolo, bálsamo para as suas dores de alma.

Deixemos os cemitérios onde se dissociam as moléculas da carcaça humana, e pensemos no Mundo do Alto, de onde tudo vem para a Terra e aonde sobem, de regresso, as refrações de todos os diferentes mundos dispersos no Infinito.
Espiritualizemos os estágios da existência terrena, mantendo o recôndito do nosso ser em ressonância com o mundo espiritual de amanhã, vivendo em harmonia com os imperativos naturais da matéria, conservando, porém, o Espírito alertado para a devida obediência às leis que regem, nas trajetórias das vidas sucessivas.

Ante a morte do corpo, não nos impressionemos com o fogo-fátuo, que é luz da matéria e que não pode ficar dentro da cova; busquemos o santelmo, Luz do Alto, que se acende no cimo dos mastaréus, na vastidão dos mares, com as fosforescências que têm contato nas rutilâncias das claridades celestiais.
Não façamos treva onde a vida se ilumina; não choremos ante o corpo inerte, porque o Espírito se está movendo no júbilo da libertação. Os espíritas não podem esquecer o simbólico ensinamento do Mestre: "...deixai que os mortos enterrem seus mortos" (Mateus, 8:22).

A comemoração que, rotineiramente, se celebra, a dois de novembro, deve ser substituída pela permanente comemoração dos - vivos verdadeiros- porque a noite da morte do corpo é a alvorada esplêndida do Espírito, despido da negra libré do cárcere, imergindo nas suaves, eternas claridades da aurora redentora.

sábado, 1 de novembro de 2008

ANIVERSARIANTES DO MÊS DE NOVEMBRO

Albino A.C. Novaes 02
Leda Lima 03
Andy Sans 04
Dandinha 14
Ruy N. Barbosa 19
Lucia Virginia Barbosa (Amigona) 25
Hermes 25
FELIZ ANIVERSÁRIO
Mais um ano transcorre
ao longo desta maravilhosa estrada,
a estrada da vida
alguns espinhos, pedras ao longo da caminho,
também flores e carinho

Mais um ano de experiências
Mais uma etapa do aprendizado
a cada dia um ensinamento.
A cada passo, crescimento
modificações internas, externas
Evolução da alma

Parabéns companheiros
uma etapa a mais no livro da
atual encarnação
sempre de cabeça erguida
fiel aos princípios. desígnios
do NOSSO PAI MAIOR.

Que JESUS os abençõe sempre
e muitos mais anos ainda
se acrescentem.
Feliz Aniversário!

EssenciaDeAmor
Madruagada que escreve, 01/11 2008 às 4:50 hs

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

LIMITES DA TOLERÂNCIA


Tudo tem limites, também a tolerância, pois nem tudo vale neste mundo. Os profetas de ontem e de hoje sacrificaram suas vidas porque ergueram sua voz e tiveram a coragem de dizer: "Não te é permitido fazer o que fazes...". Há situações em que a tolerância significa cumplicidade com o crime, omissão culposa, insensibildade ética ou comodismo.

Não devemos ter tolerância com aqueles que têm poder de erradicar a vida humana do Planeta e de destruir grande parte da biosfera. Há que submetê-los a controles severos.

Não devemos ser tolerantes com aqueles que assassinam inocentes, abusam sexualmente de crianças, traficam órgãos humanos. Cabe aplicar-lhes duramente às leis.

Não devemos ser tolerantes com aqueles que escravizam menores para produzir mais barato e lucrar no mercado mundial. Aplicar contra eles a legislação mundial.

Não devemos ser tolerantes com terroristas que em nome de sua religião ou projeto político cometem crimes e matanças. Prendê-los e levá-los às barras dos tribunais.

Não devemos ser tolerantes com aqueles que falsificam remédios que levam pessoas à morte ou instauram políticas de corrupção que delapidam os bens públicos. Contra estes devemos ser especialmente duros, pois ferem o bem comum.

Não devemos ser tolerantes com as máfias das armas, das drogas e da prostituição que incluem seqüestros, torturas e eliminação física de pessoas. Há punições claras.

Não devemos ser tolerantes com práticas que, em nome da cultura, cortam as mãos dos ladrões e submetem mulheres a mutilações genitais. Contra isso valem os direitos humanos.

Nestes níveis não há que ser tolerante, mas decididamente firme, rigoroso e severo. Isso é virtude da justiça e não vício da intolerância. Se não formos assim, não teremos princípios e seremos cúmplices com o mal.

A tolerância sem limites liquida com a tolerância, assim como a liberdade sem limites conduz à tirania do mais forte. Tanto a liberdade quanto a tolerância precisam, portanto, da proteção da lei. Senão, assistiremos a ditadura de uma única visão de mundo que nega todas as outras. O resultado é raiva e vontade de vingança, fermento do terrorismo.

Onde estão então os limites da tolerância? No sofrimento, nos direitos humanos e nos direitos da natureza. Lá onde pessoas são desumanizadas, aí termina a tolerância. Ninguém tem o direito de impor sofrimento injusto ao outro.

Os direitos ganharam sua expressão na Carta dos Direitos Humanos da ONU, assinada por todos os países. Todas as tradições devem se confrontar com aqueles preceitos. Se práticas implicarem violação daqueles enunciados, não podem se justificar. A Carta da Terra zela pelos direitos da natureza. Quem os violar perde legitimidade.

Por fim, é possível ser tolerante com os intolerantes? A história comprovou que combater a intolerância com outra intolerância leva à aspiral da intolerância. A atitude pragmática busca estabelecer limites. Se a intolerância implicar crime e prejuízo manifesto a outros, vale o rigor da lei e a intolerância deve ser enquadrada. Fora deste constrangimento legal, vale a liberdade.

Deve-se confrontar o intolerante com a realidade que todos compartilham como espaço vital. Deve-se levá-lo ao diálogo incansável e fazê-lo perceber as contradições de sua posição.

O melhor caminho é a democracia sem fim, que se propõe incluir a todos e a respeitar um pacto social comum.
Leonardo Boff

CADA AVE NO SEU NINHO


O mal reside na furna da ignorância.
O ódio respira nas trincheiras da discórdia.
A inveja mora no deserto da insatisfação.
A tristeza improdutiva desabrocha no abismo do desânimo.
A perturbação cresce no precipício do dever não cumprido.
O desequilíbrio desenvolve-se no despenhadeiro da intemperança.
A crueldade nasce no pedregulho da dureza espiritual.
A maledicência brota no espinheiral da irreflexão.
A alegria reside no coração que ama e serve.
A tranqüilidade não se aparta da boa consciência.
A fé reconforta-se no templo da cofiança.
A solidariedade viceja no santuário da simpatia.
A saúde vive na submissão à Lei Divina,
O aprimoramento não se separa do serviço constante.
O dom de auxiliar mora na casa simples e acolhedora da humildade.
Cada ave no seu ninho, cada coisa no seu lugar.
Há muitas moradas para nossa alma sobre a própria Terra.
Cada criatura vive onde lhe apraz e com quem lhe agrada.

Procuremos a estrada do verdadeiro bem que nos conduzirá à felicidade perfeita, de vez que, segundo o ensinamento do Evangelho, cada espírito tem o seu tesouro de luz ou o fardo de sombra, onde houver colocado o próprio coração.

(livro: Construção do Amor - Francisco C.Xavier/Emmanuel)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

TEMAS ESTUDO MÊS DE NOVEMBRO 2008


HORÁRIO DE BRASÍLIA: SEGUNDAS e TERÇAS FEIRA: PRECES E ESTUDOS, de 21:00 horas às 23:00 horas. QUARTAS, QUINTAS e SEXTAS, PRECES E MENSAGENS PARA REFLEXÕES de 21:00 horas às 21:30 horas.


HORÁRIO MATUTINO: de SEGUNDAS AS SEXTAS-FEIRA: PRECES E MENSAGENS PARA REFLEXÕES de 9:00 horas às 9:30 horas.


EQUIPE CULTIVADORES DA PAZ E SEPA

"Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo"


CaminheiroDaPaz, Dualba, EssenciaDeAmor, Esperanto, Leila, Lenir, Oberdhan e Samuel.


TEMAS SEPA - EXPOSITORES MÊS DE NOVEMBRO 2008

03 SEGUNDA - ESE, capítulo VIII – Bem-Aventurados os puros de coração. Itens 8 a 10: Verdadeira Pureza. Mãos não lavadas.
Expositora: EssenciaDeAmor

04 TERÇA - Objeções Feitas Ao Espiritismo – Refutações.
Fontes: LE.Introdução X, XI a XVII,LE. Materialismo - Q. 147 e 148,LE.Conclusão II, III e VI,LM. Das Mistificações – 2ª parte, cap. XXVII, 303,LM. Médiuns Interesseiros – 2ª parte, cap. XXVIII, 304 a 313,LM. Fraudes Espíritas – 2ª parte, cap. XXVIII, 314 a 323,LM. Dissertações Espíritas – 2ª parte, Cap. XXXI, item XIX,ESE.Pelos Inimigos do Espiritismo –
Cap.XXVIII, 50 e 51 e OP. Ligeira Resposta aos Detratores.
Expositor: Oberdhan


10 SEGUNDA - ESE, capítulo VIII – Bem-Aventurados os puros de coração. Itens 11 a 17: Escândalos – Cortar a mão.
Expositora: Leila Tondato

11 TERÇA - O Funcionamento da Mente na Geração da Doença. Bibliografia: Saúde Espiritual. Alírio de Cerqueira Filho.
Expositor: Esperanto

17 SEGUNDA - ESE, capítulo VIII – Bem-Aventurados os puros de coração. Item 20 e nota 21. Bem – Aventurados os que têm os olhos fechados.
Expositora: EssenciaDeAmor

18 TERÇA - A Unidade Da Doutrina Espírita, Apesar Das Divergências.
Fontes: LE. Introdução XIII,L.E. Conclusão IX,LM. Das Contradições –
2ª parte, Cap. XXVII, 297 a 302,LM. Rivalidades entre as Sociedades –
2ª parte, Cap. XXIX, 348 a 350,LM. Dos Sistemas – 1ª parte, Cap. 1 V, 36.
Expositor: Oberdhan

24 SEGUNDA - ESE, capítulo IX – Bem-Aventurados os Mansos e Pacíficos. Ítens 1 a 5: Injúrias e Violências.
Expositora: Leila Tondato

25 TERÇA - O Processo de Identificação com o Ego na Gênese da Doença. Bibliografia: Saúde Espiritual. Alírio de Cerqueira Filho.
Expositor: Esperanto

Somos semeadores conscientes, espalhamos diariamente milhões de sementes ao nosso redor. Que possamos escolher sempre as melhores, para que, ao recebermos a dádiva da colheita farta, tenhamos apenas motivos para agradecer.

Equipe Cultivadores Da Paz e Sala Espírita Palavra Amiga
24 de Outubro de 2008

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

CRIANDO UM MONSTRO - CASO ELOÁ



O que pode criar um monstro? O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por… Nada? Será que é índole? Talvez, a mídia? A influência da televisão? A situação social da violência? Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental? Permissividade da sociedade? O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes? O rapaz deu a resposta: "ela não quis falar comigo". A garota disse não, não quero mais falar com você. E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um não. Seu desejo era mais importante.

Não quero ser mais um desses psicólogos de araque que infestam os programas vespertinos de televisão, que explicam tudo de maneira muito simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros sem serem chamados. Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único. Faltaram muitos outros nãos nessa história toda.

Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19. Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha. Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida. Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá.

Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal sequestrador conversasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram. Simples assim. NÃO. Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na cabeça.

O mundo está carente de NÃOS. Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças. Mulheres ainda têm medo de dizer não aos maridos (e alguns maridos, temem dizer não às esposas). Pessoas têm medo de dizer não aos amigos. Noras que não conseguem dizer não às sogras, chefes que não dizem não aos subordinados, gente que não consegue dizer não aos próprios desejos. E assim são criados alguns monstros. Talvez alguns não cheguem a sequestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal.

Os pais dizem, "não posso traumatizar meu filho". E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos. Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas crias. Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer não, você não pode bater no seu amiguinho. Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos. Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua. Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação. Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos. Não, essas pessoas não são companhias pra você. Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate. Não, aqui não é lugar para você ficar. Não, você não vai faltar na escola sem estar doente. Não, essa conversa não é pra você se meter. Não, com isto você não vai brincar. Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque. Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a vida dá (e a vida dá muitos) surtam. Usam drogas. Compram armas. Transam sem camisinha. Batem em professores. Furam o pneu do carro do chefe. Chutam mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante.

Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranquilo e livre, conseguem perfeitamente entender uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não. Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer – é também responsabilidade. E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem. O NÃO protege, ensina e prepara.

Por mais que seja difícil, eu tento dizer NÃO aos seres humanos que cruzam o meu caminho quando acredito que é hora - e tento respeitar também os NÃOS que recebo. Nem sempre consigo, mas tento. Acredito que é aí que está a verdadeira prova de amor. E é também aí que está a solução para a violência cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.
UM ALERTA AOS SENHORES PAIS! PENSEM NISSO!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O REPÓRTER


Chegando ao céu um repórter não se conteve e quis uma entrevista exclusiva com Deus. Depois de conseguir espaço na agenda lá estava ele, nervoso, diante do todo-poderoso. Primeiramente, o repórter agradece o tempo dedicado a ele, ao que Deus responde sorrindo:

- O meu tempo chama-se eternidade e chega para tudo. O que é que queres saber?
- Nada que seja muito difícil para Deus. Quero saber qual o maior pecado dos seres humanos?"

Ele respondeu:

- Eles fartam-se de ser criança, e tem pressa por crescer, depois suspiram por voltar a ser criança... Primeiro perdem a saúde para ter dinheiro e logo em seguida perdem o dinheiro para ter saúde... Pensam tão ansiosamente no futuro que descuidam o presente e assim não vivem nem o presente e nem o futuro...Vivem como se fossem morrer e morrem como se não tivessem vivido.

Ao ouvir, o repórter nada falou, e se retirou da sala.

Tudo tem seu tempo, aproveite bem.
A hora de brincar.
A hora de trabalhar.
A hora de rezar.
A hora de criar.
Crie em sua volta o "equilíbrio".
Ontem é passado, hoje é presente, o amanhã é de Deus.

(DA)

O GRANDE HOMEM



É tranquilo, calmo, paciente, não grita, nem desespera. Pensa com clareza, fala com inteligência, vive com simplicidade. É do futuro, não do passado. Sempre tem tempo. Não despreza nenhum ser humano. Não é vaidoso. Como não anda à cata de aplausos, jamais se ofende. Possui sempre mais do que julga merecer. Está sempre disposto a aprender, mesmo das crianças. Vive dentro de seu próprio isolamento espiritual, onde não chega nem o louvor nem a censura. No entanto, seu isolamento não é frio: ama, sofre, pensa, compreende. O que você possui, dinheiro e posição social, nada significam para ele. Só lhe importa o que você é. Não despreza a opinião própria, no entanto, valoriza a de outrem e quando preciso, tão depressa verifica o seu erro. Respeita somente a verdade. Tem mente de homem e coração de menino. Conhece-se a si mesmo, tal qual é. O PAI e NOSSO IRMÃO MAIOR o abençõe.
EssenciaDeAmor
22102008

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

POEMAR


POEMAR É AMAR O CRIADOR.
POEMAR É AMAR O IRMÃO EM DOR.
POEMAR É SER HUMANO SEM DESAMOR.

POEMAR É ESCREVER COM O LÁPIS DO CORAÇÃO
POEMAR É EXTRAVASAR AS CHUVAS D"ALMA
POEMAR É DESCORTINAR O EU DO EU SEM MÁSCARAS.....

POEMAR É TRANSCEDER A ALVA ALMA.
POEMAR É AMAR , AMAR E AMAR A VIDA
DESDE SEMPRE....POEMAR É O MAR DO EU DESNUDO, CRIANÇA, FRÁGIL, FORTE, BELO
ELO, DESAPEGO, SOLIDARIEDADE, PIEDADE,
COMPAIXÃO, HUMILDADE......POEMAR É JESUS
NA ALMA, É JESUS NO CORAÇÃO!
EssenciaDeAmor.
Madrugada que escreve,01:56 hs - 20102008

sábado, 18 de outubro de 2008

VIVER

Viver...
Não é doar um pouco
É doar sempre!
Não é superar uma ofensa
É esquecê-la!
Não é se compadecer
É ajudar, mesmo que seja um grande incômodo!
Não é apenas sorrir
É fazer sorrir as pessoas que estiverem ao seu lado.

Viver não é medir a sua ajuda
É ajudar sempre sem medidas!
Não é ajudar apenas os que estão por perto
Mas estar sempre perto de todos aqueles que precisam de ajuda.
Quem realmente vive e ama
Não faz apenas o que pode
Mas ama as pessoas de verdade
Como se houvesse um amanhã por vir!

Sim, a certeza de uma nova aurora...
Um novo amanhecer dourado
Esperanças renovadas.
Porvir azul-celeste!
Anjos a nos guiar desde sempre.
EssenciaDeAmor
Madrugada que escreve, 18102008 às 3:50 hs

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

CONSELHEIROS E CRÍTICOS DE OCASIÃO (*)


Entre o falar e o agir é inquestionável que há uma longa distância. Quando somos mais jovens e temos anseios espirituais, as palestras, as conversas cristãs sempre calam com mais profundidade nos corações imbuídos da sinceridade espírita.

Buscamos diretrizes seguras para caminharmos, muitas tertúlias ficaram indeléveis em nossas memórias, a fim de servirem de nortes e bases seguras para decisões ulteriores.

Ouvíamos muitos conselhos enérgicos quanto à educação dos filhos. Nada de condescendência, porque aí residia o perigo para uma formação distorcida a se manifestar no porvir. Filhos mimados e sem limites beiravam a marginalização. Claro, não podíamos contestar, à época, tão oportunas advertências, até porque os filhos são investimentos espirituais da maior envergadura.

O tempo - esse sábio orientador-, que nos ensina hoje e sempre que não devemos brincar de viver, nos ratificou que a teoria é bela, mas a prática é por demais grandiosa.

O tempo tem se incumbido de expressar com fidedignidade o resultado das incisivas admoestações de antanho. Entre o falar e o agir, entre o propor aos outros, descuidados dos seus, alguma coisa faltou na formação dos filhos de muitos conselheiros impulsivos, até porque muitas vezes a prole acaba por espelhar os valores eivados pelo modismo contemporâneo.

Desde a tatuagem fincada no corpo, passando pelo cabelo à moda punk, tangendo pelas cervejinhas "inofensivas", dos esportes radicais às roupas extravagantes, até mesmo aos casamentos apressados ante gravidezes "acidentais" são evidências claras de que o projeto Cristão de ontem caiu na vala rasa da retórica vazia.

Não são poucos líderes do passado que censuravam sistematicamente as festinhas sociais e os bem-aquinhoados que tiravam férias todo ano e possuíam mais de um carro zero, etc. Em verdade, esses críticos de ocasião estavam escamoteando suas frustrações, projetando nesses comentários amargos o suporte para suas "verdades" particulares. Por ironia, hoje não só estão mergulhados nas festinhas sociais como também vivem o luxo e abominam a simplicidade cristã. Esqueceram velhas amizades, na suposição de que status social vai trazer conforto na hora da dor, da doença e da desencarnação!!!

Nesse contexto, longe de nos posicionarmos como senhores da verdade. Incorreríamos no mesmo refrão do passado. Muito menos vaticinarmos o infortúnio desses companheiros de atitudes sensatas. Até porque estamos convictos de que somente as leis de Deus são indefectíveis e como tais - a cada um é dado conforme as obras.

Por fim, queremos enfatizar que interpretar os ensinamentos de Cristo se exige muito mais que palavras brilhantes. Muitas circunstâncias pedem que levantemos os joelhos sangrando e que suportemos os corações dilacerados, para compreender os pérfidos deslizes humanos. Diante disso, é imperioso que continuemos a acreditar no bem, fortalecendo o ideal superior, certos de que ao "julgarmos seremos julgados e na dimensão com que medirmos, seremos medidos nas proporções equivalentes" - advertiu Jesus há dois mil anos.

Maria Eleusa de Castro Hessen
E-Mail: eleusa_hessen@yahoo.com.br
Site: http://jorgehessen.net

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

PSICOGRAFIA - SINAIS/OLHEM E VEJAM


São lampejos a riscar os céus do presente, anunciando a tormenta que se abate. As nuvens carregadas de pesadas energias por largo tempo retidas necessitam se descarregar, purificando o ar viciado, fazendo-o límpido e respirável. Não podemos aguardar um amanhecer luminoso sem que se dissipem as pesadas cadeias dos males. Irmãos! O amanhã vem para todos, inapelavelmente. Mas para tanto, é preciso depurar sentimentos e resgatar débitos. A tormenta furiosa precede o recomeço auspicioso. É preciso saber enxergar através da densa cortina da chuva para vislumbrar a restauração do equilíbrio e da paz. Recebam com paciência e sem esmorecimento as dificuldades da hora. Confiemos em Deus como nunca, depositando nele toda esperança, pois que conhecemos o destino de bem reservado a todos. A oração não pode ser esquecida, fervorosa e sentida, pois que ela repele o mal e atrai o bem, votemos ao irmão atormentado nosso carinho, envolvendo-o em vibrações suaves e refazedoras. O amor pode muito e foi por ele que o Cristo veio ao mundo oferecer o sacrifício do seu exemplo. Não temam, não tremam, não existe o mal, apenas a ignorância e a dor. Aceitemos o preço do resgate por justiça devida. A casa deve estar empenhada no amparo aos irmãos, continuem, amados, a trilhar a senda que Jesus traçou. Abracemo-nos como irmãos que muito se amam. Que o vulto de Jesus esteja sobre nós, peregrinos na escola da fé e do amor.
Carlos. Psicografia recebida em Reunião Mediúnica no CETJ em 12/10/2007

Olhem e Vejam. “Os olhos caminham como o pensamento e precisamos fazer com que eles possam, de fato, mirar no horizonte próspero da perfeição”. Não é mais tempo de arrancar os vossos olhos mas glorificar a oportunidade de olhar e ver. É tempo de ver. Abram os olhos e vejam! Fiquem em paz! Otacílio. Psicografia recebida em Reunião Mediúnica no CETJ em 07/01/08

Psicografia - Sinais / Olhem e Vejam-Enviado por:Hildeberto_Azevedo 02/10/2008

sábado, 11 de outubro de 2008

ORIGEM DA PALAVRA SINCERA




SINCERA é uma palavra doce e confiável.

SINCERA é uma palavra que acolhe... e essa é uma palavra que deveria estar no vocabulário de toda alma.

SINCERA foi uma palavra inventada pelos romanos.

Sincero vem do velho, do velhíssimo latim... Eis a poética viagem que fez sincero de Roma até aqui:

Os romanos fabricavam certos vasos de uma cera especial. Essa cera era, às vezes tão pura e perfeita que os vasos se tornavam transparentes. Em alguns casos, chegava-se a se distinguir um objeto um colar, uma pulseira ou um dado, que estivesse colocado no interior do vaso. Para o vaso, assim fino e límpido, dizia o romano vaidoso:

- Como é lindo... Parece até que não tem cera!!!

"Sine-cera " queria dizer "sem cera", uma qualidade de vaso perfeito, finíssimo, delicado, que deixava ver através de suas paredes. E da antiga cerâmica romana, o vocábulo passou a ter um significado muito mais elevado.

Sincero, é aquele que é franco, leal, verdadeiro, que não oculta, que não usa disfarces, malícias ou dissimulações.

O sincero, à semelhança do vaso, deixa ver através de suas palavras, os nobres sentimentos de seu coração.

Malba Taham.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

O ESPÍRITA CRISTÃO NO MUNDO ATUAL


Mensagem de Bezerra de Menezes

Filhos e filhas do coração!

As nobres conquistas da Ciência ergueram a criatura humana ao elevado patamar da inteligência.
A tecnologia de ponta alargou-lhe os horizontes no macro e no microcosmo.

É necessário, no entanto, que o ser humano, deslumbrado pelas conquistas de fora, não esqueça das conquistas sublimes do seu mundo interior.
A sociedade voluptuosa avança esmagando as outras culturas através das denominações nacionais.

Armado para a beligerância o mundo confirma fronteiras e, a cada momento estouram rebeliões.
Aqueles que conhecemos Jesus, no entanto, deveremos respeitar as fronteiras geográficas, sim, mas, considerar as fronteiras espirituais e nos integrarmos no trabalho do amanho da terra do sentimento, através da abnegação e do amor.

Não mais interrogações injustificáveis a respeito da volúpia e do prazer transitórios.
Chega o momento do amadurecimento interno, enriquecedor, para que realmente a felicidade permaneça em nosso mundo íntimo ajudando-nos a entesourar os dons que prosseguem eternamente.

Vossos guias espirituais ouvem os vossos apelos. Recebem as vossas súplicas e vêm, pressurosos, atender-vos.
Nada obstante, muitas vezes, enclausurados na revolta, no ressentimento não lhes permitis a comunicação ideal para as soluções de que tendes necessidade.

Dulcificai-vos, abrandai esses impulsos estimulados pelas propostas da mídia desvairada, compadecendo-vos das vítimas, sem vos esquecerdes dos algozes.
Quando alguém delinqüe cometendo um crime, às vezes, hediondo, e a fúria se vos instala, desejando linchamento, morte, justiça, considerai que o perverso é profundamente infeliz, que o sicário de vidas é um doente interno, no qual predomina a herança primitiva da barbárie.

Como podiam os carrascos nazistas matar no campo de concentração e, chegar em casa sorridentes, afetuosos, bons esposos e bons pais?
Essa fragmentação da psique fazia que uma área do cérebro lhes desse a visão de estarem agindo corretamente, tanto nas câmaras de extermínio, nas experiências científicas perversas, como no doce aconchego da família.

Foi para fortalecer o anjo que existe em nós que Jesus veio.
Não permitamos que esse anjo se debilite ante os impactos das circunstâncias perturbadoras do momento.
A Sua proposta é de que tenhamos vida e vida em abundância.Vida em abundância é Amor!

Nunca será demasiado repetirmos a necessidade do Amor na construção do ser novo que se dirige para Deus.
Médiuns, que todos somos – do Bem ou das aflições; da Verdade ou da ignomínia - busquemos a sintonia perfeita com Jesus e nos entreguemos às Suas mãos, porque, na condição de Pastor de Misericórdia, guiar-nos-á no Seu rebanho ao aprisco da paz.

Que Deus vos abençoe, meus filhos.
É o que vos deseja, o servidor humílimo e paternal de sempre, Bezerra.


[1] - Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, ao término da conferência pública realizada no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, na noite de 14 de agosto de 2008.

Francisco Rebouças.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

CONVERSA DA MÉDIUM IRENE MACHADO COM O DR. SCHUBERT(Espírito)-01/09/2008


Hoje se discute sobre as células-tronco e, no momento, o assunto palpitante é se a mãe tem o direito de abortar seu filho com anencefalia. Como sabemos, a ocorrência de anencefalia — ausência total ou parcial do encéfalo nos fetos — é mais comum no Brasil do que se imagina. O que o irmão, como médico e cientista, pode falar-nos sobre o assunto?

O Espiritismo deve seguir as metas propostas pelos codificadores. Ninguém tem o direito de alterar o que está grafado em O Livro dos Espíritos e nele encontramos, no Capítulo I, item 59, o real pensamento da filosofia espírita. No final deste capítulo lemos: "As idéias religiosas, longe de perderem alguma coisa, se engrandecem, caminhando de par com a Ciência. Esse o meio único de não apresentarem lado vulnerável ao ceticismo." Hoje, vemos ditos religiosos ostentando bandeiras, comparecendo a audiências públicas, dizendo-se defensores da vida. Não seria mais prudente esses irmãos, que se dizem seguidores do Cristo, procurarem unir-se em prol do crescimento moral da Humanidade, deixando para as autoridades competentes o dever dessa tarefa e os religiosos se unirem para o crescimento da ética, do amor e da moralidade?

Que busquem trabalho nas suas casas religiosas, levantando paredes, primando pela limpeza física e espiritual, tornando suas paróquias, templos e casas espíritas tabernáculos de Deus, lutando por um mundo sem miséria, sem drogas, sem violência. Olhem os tabernáculos, que deveriam ser de Deus, e que hoje muitos deles mais parecem bolsa de valores. Transformem suas casas religiosas em pontos de luz para os que vivem em trevas. Que se unam as religiões em prol da vida, dando à família a orientação de como devam educar a criança desde o berço. Esta deve ser a missão de uma casa religiosa: iniciar o fortalecimento do exército do Cristo, porém sem armá-lo com pedras pontiagudas atiradas em direção a crenças diferentes da sua. Não, isso não. A união deve ser em prol da fé, contra os inimigos do Cristo, que, com facilidade, estão aprisionando crianças, jovens e adolescentes.

Antigamente, as religiões ajudavam as famílias a educar seus filhos. Hoje, muitos delas estão preocupadas em tornar lotadas as suas igrejas e não é esse o propósito de Jesus. Ele não veio para atacar, mas para ensinar, e hoje deve olhar seus ditos seguidores e perceber que estão com sérios problemas auditivos, pois vivem gritando o Seu nome — parece que para eles próprios escutarem — mas nada estão fazendo pela vida, por uma vida melhor no planeta, hoje estão agredido pela falta de moralidade e de respeito à paz.

Por que não se unem as religiões por um mundo de amor? Se educarmos a criança, ela será um jovem cristão, e se encontrar o Cristo, não vai se drogar, matar, prostituir. Por que os "donos" das religiões não acordam desse torpor em que estão vivendo, querendo ornamentar suas casas, lotá-las de adeptos, mas sem colocar o amor no coração do homem, juntamente com a fraternidade? Quem se diz seguidor do Cristo não despreza os que freqüentam sua igreja. Um verdadeiro cristão vê irmãos em todos os seres criados por Deus.

Preocupa muito a nós, espíritos, a falta de fraternidade não só de uma crença para com outra, porém ainda mais entre os espíritas, que deveria formar um grande exército do Cristo, pois a Doutrina Espírita é orientada pelo Alto. Os espíritos é que deveriam elucidar os encarnados e hoje muitas casas espíritas rejeitam as orientações dos espíritos, seguindo apenas suas próprias vaidades. Não compreendemos por que alguns espíritas atacam os próprios espíritas. São inquisidores cruéis, só não queimam alguns livros talvez por preguiça, pois preferem o ataque cruel das palavras. Com tantas dificuldades com as quais hoje vive a sociedade, algumas dessas casas espíritas ainda desejam apenas doutrinar espíritos, correndo atrás dos fantasmas, esquecendo de dar leite e mel para alguns de seus freqüentadores, que estão vivendo na miséria.

Dizem alguns ditos grandes espíritas: "lutamos pela pureza doutrinária" ou "o Espiritismo não tem dogma, altar, líder religioso, paramento". Como eles têm coragem de dizer isso, se mais parecem autoridades da fé, que sequer cumprimentam os que freqüentam suas casas ou visitam outras casas espíritas, julgando-as anti-doutrinárias? Não sabemos que doutrina professam; a nossa, a codificada por Allan Kardec, certamente não é. Nossa Doutrina Espírita é translúcida e nela não há lugar para falsos profetas, seres orgulhosos e pseudosábios que desejam ser os donos da verdade. Enquanto essas ditas casas espíritas brigam entre si, presenciamos uma sociedade doente e a humanidade cada vez mais materialista: lares ruindo, crianças pulando etapas, jovens se prostituindo e iniciando suas relações sexuais muito cedo. Enquanto alguns ditos espíritas só sabem criticar os próprios espíritas, eles não notam que seus próprios filhos nada conhecem de Doutrina; que seus filhos e netos consomem álcool e vivem nas baladas, vestindo-se não como futuros homens e mulheres de bem. Porém, infelizmente, eles, os falsos espíritas, não estão preocupados com a família humana, com os filhos de Deus, que têm de lutar para permanecer no planeta azul. Não. A preocupação deles é fazer belas palestras, elogiadas e aplaudidas; é comparecer a congressos nos quais seus nomes aparecem em letras garrafais: doutor em filosofia, médico, teólogo, engenheiro etc., enquanto o que deveríamos ver era somente uma ficha, na qual estivesse escrito: trabalhador de Jesus.

Desculpe, irmã, o rumo que tomou nossa conversa, mas para responder à sua pergunta tivemos de abordar este assunto: a falta de amor ao Cristo. Um seguidor do Cristo tem de servi-Lo com lealdade, nunca com vaidade. No Antigo Testamento encontramos, em Ezequiel, Cap. 2: "O profeta recebe a sua missão", v. 2: "Logo que ele me falou, entrou em mim um espírito e eu me pus em pé." No verdadeiro espírita, o espírito entra em seu coração e ele se põe em pé e sai a semear amor, jamais em busca de aplausos. Se ele deseja se tornar um espírita verdadeiro, estuda, e muito, O Livro dos Espíritos, e quem estuda e se alimenta das palavras dos espíritos não vai contra a Ciência, porque nosso querido e amado Allan Kardec com mestria afirmou: o Espiritismo deve caminhar lado a lado com a Ciência. Ele jamais deverá desejar ultrapassá-la ou ir ficando para trás, pregando o fanatismo doente e ignorante. Se a Ciência provar que as células-tronco irão melhorar a condição de vida do homem, quem é o Espiritismo para ir contra o progresso? O Alto tem o poder infinito de Deus, Ele é o nosso maior Comandante. A Terra está evoluindo na parte física, porém, como o homem está dificultando o avanço moral da Humanidade! Mas Deus está atento e não permitirá, como Autoridade que é, que o homem destrua Suas obras, e a mais importante delas é o ser, o espírito.

Na qualidade de estudioso, não sou contra nem a favor das células-tronco, contudo, oro pela felicidade e pela saúde de cada encarnado e confio na Ciência. Os cientistas são mensageiros de Deus que trabalham para o progresso do planeta e devemos respeitá-los. Para julgá-los devemos olhar o progresso da tecnologia. Alguns a usam para o mal, mas todos os avanços que o progresso trouxe à Humanidade são bênçãos com as quais Deus nos presenteia. Quanto ao nascimento ou não dos fetos anencéfalos, só podemos dizer: eduquemos o homem e ele não praticará a injustiça.

A Terra está girando em uma seqüência alucinante: é o planeta que se aproxima da fase de regeneração e junto a toda essa preparação estão chegando os avanços da tecnologia. É o progresso, mas junto a ele também está presente o materialismo do homem, sua ignorância sobre a própria vida e os seus compromissos reencarnatórios. Hoje, o homem só deseja crer naquilo que seus olhos divisam. Muitas famílias acordam e chegam à noite como se animais fossem, completamente sem Deus, sem amor, sem respeito aos semelhantes. O progresso aí está e, com ele, a Ciência vai ficando cada vez mais poderosa. Seria bom se o homem a acompanhasse, mas isso não ocorre, e aí nos deparamos com fatos que não sabemos ser certos ou errados, como o caso dos fetos anencéfalos, que hoje nascem no Brasil um a cada três horas.

Ontem, anos atrás, a genética tinha condição de nos fornecer esses dados? Claro que não. Daqui a alguns anos a mulher continuará a mesma, seu corpo não mudará, será tudo o mesmo método: fecundação, gestação e parto, o qual atualmente está bem mais confortável, apesar de ainda desencarnarem muitas mulheres nos partos. A Ciência receberá do Alto elucidações para saber as características genéticas do feto e a mãe poderá escolher não somente o sexo, mas a cor dos olhos, dos cabelos etc. E daí, se daqui a alguns anos começarem a nascer somente crianças de olhos azuis? As religiões, as autoridades, todos terão de levantar bandeiras em protesto. Não acham melhor educarmos a família, a garotinha voltar a brincar com boneca, em vez de estar nos salões fazendo unhas, cabelos e limpeza de pele? Será que essas meninas precoces terão forças suficientes, serão amanhã grandes mulheres para defender seus filhos, ou o farão apenas por suas capacidades ou pela beleza física? Será que os defenderão com toda a força que possuem, com coragem, com a maior arma que Deus nos deu: o amor? A verdadeira mulher, aquela que tem alma e coração, que desde tenra idade foi educada para louvar a Deus, será que essa mulher abusará do progresso e pedirá para ter somente filhos louros, cabelos lisos, pele rosada, olhos azuis? Ou, dada sua educação divina, ela, antes de tudo, será Mulher com M maiúsculo, e não apenas um corpo feminino com coragem suficiente para opinar corretamente? Essas garotinhas de salão de beleza, as jovens que têm agendas do "fiquei", as moças que colocam piercing e que ganham olimpíadas do sexo, esse tipo de mulher é que deve assustar os religiosos e os espíritos. Sim, essas mulheres estão brincando com o progresso.

A cada ser Deus presenteou com a individualidade e o livre-arbítrio, portanto, deve ficar nas mãos da mulher o direito da vida ou da morte. Que os religiosos voltem para suas paróquias, para seus templos e para suas casas espíritas, porque infeliz daquele que negligenciar as leis de Deus. Cada casa religiosa e cada lar tem por dever educar a criança, o jovem e o adolescente, alertando o homem de que o Espírito é eterno, mas que a veste física é frágil e teremos de devolvê-la um dia. Tenhamos cuidado com nossos atos. Que não só coloquemos a responsabilidade para as autoridades julgarem, mas que tenhamos igualmente o bom senso para arcar com as responsabilidades dos nossos atos. Assim é a lei.

Matéria gentilmente enviada pelo Dr. Professor Jorge Hessen.

domingo, 5 de outubro de 2008

A DOR DO MUNDO EM MIM


A dor do mundo me corrói
A violência do mundo me maltrata
O mundo pesa em minhas costas

Cada criança faminta é uma faca enfiada em meu peito
Cada idoso triste
Cada órfão da AIDS
Cada criança desnutrida
Cada analfabeto
Cada crueldade
Cada morto no Iraque
Cada jovem ou criança na guerra
Cada flagelado da África
Cada mutilado por minas terrestres
Cada criança trabalhando
Cada favelado do Brasil
Cada criança fora da escola
Cada desrespeito
Cada maldade
Cada indigente índio
Cada pessoa que sofre ou que morre sem assistência adequada nos hospitais brasileiros.
Cada quilombola sem terra
Cada sem-teto
Cada indiferença
Cada discriminação
Cada mulher espancada
Cada criança abusada sexualmente ou psicologicamente
Cada criança que apanha dos pais
Cada acidente no trânsito.

A dor do mundo devia ser de todos
Quando cada árvore é derrubada
Cada rio é poluído
Cada casa cai
Cada onda cobre
Cada furacão passa
Cada vulcão derrama
Cada animal é maltratado ou sacrificado
Cada homem ou bomba explode
Cada arma mata
Cada vida é sacrificada.
A dor do mundo me angustia, me estressa e me adoece e por vezes até me paralisa.

Viajando encontrei um pacifista mexicano, que já percorreu a pé dezenas de países e ao lhe perguntar o que fazer para melhorar o mundo e curar a dor do mundo que havia em mim, ele me disse: “Daniela, você precisa aceitar o mundo como ele é, esse é o primeiro passo pra ter força pra modificá-lo”.
Ouvir essa frase foi fundamental para eu entender que o estresse causado pela dor do mundo em mim mina minhas energias e que eu preciso aceitar o mundo como ele é e que preciso exercitar a resiliência e a paciência.

Para curar a dor do mundo em nós, é preciso aceitação.
Mas para mudar o mundo, com certeza é preciso muito amor.
O sociólogo e amigo Betinho me dizia: "Não podemos perder a indignação".
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Todo dia é dia de mudar o mundo, e é o que acredito a maioria das pessoas deseja, mas não sabe como conseguir. A paz é um sonho da maior parte da humanidade e somos parte do Todo, mas não adianta somente sentir a dor do mundo e se sensibilizar com ela ou com os problemas sociais, é preciso agir e fazer o que está ao nosso alcance.

Quando estava escrevendo esse texto ouvi essas frases, atribuídas a São Francisco de Assis:

Dai-me coragem para mudar o que é possível mudar
Dai-me paciência para aceitar o que eu não posso mudar
Dai-me discernimento para distinguir entre uma coisa e outra.
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Daniela Mercury

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

MENSAGEM DE MAHATMA GANDHI

CREIO

Creio em mim mesmo.

Creio nos que trabalham comigo.

Creio nos meus amigos.

Creio na minha família.

Creio que Deus me emprestará tudo que necessito para triunfar, contanto que eu me esforce para alcançar com meios lícitos e honestos.

Creio nas orações e nunca fecharei os meus olhos para dormir, sem pedir antes a devida orientação a fim de ser paciente com os outros e tolerante com os que não acreditam como eu acredito.

Creio que o triunfo é resultado de esforço inteligente, que não depende de sorte, de magia, de amigos, companheiros duvidosos ou de meu chefe.

Creio que tirarei da vida exatamente o que nela colocar.

E, assim sendo, serei cauteloso quando tratar os outros, como quero que eles sejam comigo.

Não caluniarei aqueles que não gosto, não diminuirei meu trabalho por ver que os outros o fazem, prestarei o melhor serviço de que sou capaz, porque jurei a mim mesmo triunfar na vida, e sei que o triunfo é sempre resultado do esforço consciente e eficaz. Finalmente, perdoarei os que me ofendem, porque compreendo que às vezes ofendo aos outros e necessito de perdão.

Mahatma Gandhi