sexta-feira, 9 de setembro de 2011

JORGE HESSEN


Jorge Hessen
Jornalista, professor e historiador (licenciado pela Unb) articulista e palestrante. Gosto de escrever e ler utilizando os recusos da Rede Mundial de Computadores (Internet). Portanto meu nome é Jorge Hessen sou natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951.

Servidor Público Federal lotado no INMETRO de Brasília; Formação acadêmica: Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História, Escritor (dois livros publicados) Jornalista e articulista com vários artigos publicados na Revista O médium de Juiz de Fora, Reformador da FEB, O Espírita de Brasília , do Jornal da Federação de Mato Grosso e do Jornal da FEDERAÇÃO DO DF, site pessoal http://jorgehessen.net

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A LIÇÃO DO CARVALHO

A lição do carvalho
Era um velho carvalho no meio de uma grande floresta. Há alguns anos, uma enorme tempestade o deixara quebrado e feio. Jamais conseguira se reerguer, como as demais árvores. Quando a primavera chegava, o adornava de flores novas e verdes e o outono tomava o cuidado de pintá-las todas de cor avermelhada. Mas os ventos inclementes sopravam e levavam todas as folhas e nada mais podia disfarçar a sua feiura. A árvore foi se sentindo esquecida, abandonada, sem utilidade. E um enorme vazio tomou conta dela. Quando o vento do outono passou por ali, ela se lamentou: Ninguém mais me quer. Não sirvo para nada. Sou um velho inútil. Mais alguns dias se passaram e, na proximidade do inverno, um pica-pau sentou-se em seu tronco e começou a bicá-lo, de forma insistente. Tanto bicou que conseguiu fazer um pequeno furo, uma portinha de entrada para sua residência de inverno, no tronco oco do carvalho. Arrumou tudo com muito bom gosto. Aliás, estava praticamente tudo arrumado. As paredes eram quentinhas, aconchegantes e havia muitos bichinhos que poderiam alimentá-lo e aos seus filhotes. Como estou feliz em ter encontrado esta árvore oca! Ela será a salvação para mim e minha família no frio que se aproxima. Pouco tempo depois, um esquilo aproximou-se e ficou correndo pelo tronco envelhecido, até achar um buraco redondo, que seria a janelinha da sua casa. Forrou por dentro com musgo e arrumou pilhas e pilhas de nozes que o deveriam alimentar durante toda a estação de ventos gelados. Como estou agradecido, falou o esquilo, por ter encontrado esta árvore oca. O carvalho passou a sentir umas coisas estranhas. As asas dos passarinhos roçando em sua intimidade, o coração alegre do esquilo, suas patas miúdas apalpando o tronco diariamente fizeram com que se sentisse feliz. Seus ramos passaram a cantar felicidade. Quando chegou a época das chuvas, deixou-se molhar, permitindo que as gotas escorressem por seus galhos, lentamente. Aceitou a neve que o envolveu em seu manto por muitas semanas, agradeceu os raios do sol e a luz das estrelas. Tudo era motivo de felicidade. A velha árvore redescobrira a alegria de servir.
* * *
Ninguém há que nada possua para dar. Ninguém existe que não possa fazer algo a benefício do seu irmão. Um sorriso, uma prece, um gesto, um abraço, um agasalho, um pão. Há tanto que se fazer na Terra. Existem tantos aguardando a cota do nosso gesto de ternura. Ninguém inútil ou desprezível. Cabe-nos redescobrir a riqueza que em nós existe e distribuí-la a quem dela necessite ou espere.
Se nos sentirmos solitários, em meio às dificuldades que nos alcancem, aprendamos a estender sorrisos nos caminhos por onde passarmos. Antes de nos amargurarmos e cobrar gestos de carinho de amigos e parentes, antecipemo-nos e doemos a nossa cota de amor, ainda hoje, permitindo-nos usufruir da alegria de dar e dar-se.
Autor: Redação do Momento Espírita, com base no texto A árvore solitária, de O livro das virtudes, v. 2, de William J. Bennett, ed. Nova fronteira.   

TORRADAS QUEIMADAS


TORRADAS QUEIMADAS!
(e o grande valor de TOLERÂNCIA !)

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar.
E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho muito duro.
Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai.
Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato.
Tudo o que meu pai fez foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia na escola.
Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geleia e engolindo cada bocado.
Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada.
E eu nunca esquecerei o que ele disse:
" - Adorei a torrada queimada..."
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada.
Ele me envolveu em seus braços e me disse:
" - Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada...
Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém.
A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas.
E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro, talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias!
O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.
Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir as falhas do outro.
Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando.
Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo
ficar cheiroso, de tão limpo.
Eu não sei fazer uma lasanha como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu.
Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar.
A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apoia, eu e ela nos completamos.
Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes.
Não que mais tarde, o dia que um partir, este mundo vá desmoronar, não vai.
Novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor.
De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos.
Então filho, se esforce para ser sempre tolerante, principalmente com quem dedica o precioso tempo da vida, a você e ao próximo.

"As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse. Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir."

SABEDORIA MATERNA


Sabedoria materna
Todos temos mãe. Presente, ausente, bonita ou nem tanto, culta ou analfabeta sempre existe mãe, na vida de cada pessoa.
É com essa criatura especial que aprendemos lições que nos acompanham vida afora.
Quando crianças, de um modo geral, consideramos que mãe é aquela pessoa que sabe ser estraga-prazeres muito além da medida.
É aquela que nos chama para fazer o dever de casa justo na hora em que a brincadeira estava no auge. Ou quando estávamos prestes a passar para o próximo nível, no game.
É aquela que só sabe nos falar de obrigações: ir à escola, estudar para a prova, recolher a roupa espalhada pelo quarto, limpar a cozinha, varrer a calçada.
Parece que ela tem um computador que somente fica elaborando tarefas e mais tarefas.
Na adolescência, é a constante vigia das nossas saídas, dos telefonemas, do uso da Internet.
E sonhamos com o dia em que possamos nos liberar de tudo isso.
Nem nos apercebemos que para ela corremos, ao menor problema.
Quando pequenos, qualquer machucado nos faz gritar: Mãe!
Quando uma criança maior nos ameaça bater, corremos na busca de refúgio entre seus braços.
E quando as primeiras desilusões amorosas nos fazem acreditar que nunca seremos felizes é no regaço dela que encontramos um coração amoroso a nos dizer: Espera, amanhã é novo dia. Espera: o amor chegará e te fará feliz.
Quando chegamos à idade adulta, nos damos conta do extraordinário ser que é a mãe.
E, quando temos nossos próprios filhos, repetimos muitas das lições recebidas dela.
Finalmente, quando a maturidade vai salpicando de prata e neve os nossos cabelos, a memória nos recorda como era sábia nossa mãe.
O compositor brasileiro Tom Jobim, recordando sua mãe, dizia que ela era uma pessoa sempre de bem com a vida e, por vezes, engraçada.
Contava que, certa vez, transitava de bonde pelo Rio de Janeiro, com sua mãe. Sentado, começou a mexer com os pés até que, de repente um dos sapatos soltou-se e caiu.
Ele se levantou e ficou olhando o calçado parado, no meio da rua, enquanto o bonde continuava a se distanciar sempre mais.
Vendo seu desassossego, a mãe lhe perguntou: O que aconteceu?
Quando informou o que ocorrera, ela se abaixou, tirou o sapato que ainda estava no pé do filho e o lançou para fora.
Mãe, por que fez isso?
Ora, meu filho, quem encontrar um, encontrará o outro e poderá usar.
*   *   *
Sabedoria das mães. Que nós, filhos, a saibamos aproveitar.
Aprender com elas a amar, disciplinar e, em verdadeiro holocausto, renunciar aos filhos para os doar ao mundo.
Que as saibamos honrar com nossa presença e nossa gratidão, enquanto conosco.
E que não as esqueçamos, nos dias da saudade que virão, após sua partida. Que haja preces subindo aos céus pela joia preciosa que nos deu a vida física, nos amou, educou, ensinando-nos a andar com os próprios pés e desejar alcançar as estrelas.
Redação do Momento Espírita.
Em 05.09.2011

terça-feira, 6 de setembro de 2011

AS PESSOAS MAIS FELIZES

As pessoas mais felizes
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram, para aqueles que se machucam, para aqueles que buscam e tentam sempre e para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.
Ninguém jamais foi honrado pelo que recebeu. A honra é a recompensa pelo que se deu.
Mostre-me um homem que não se importa em realizar coisas pequenas e eu lhe , mostrarei um homem a que não se pode confiar grandes realizações;
Um homem não está acabado quando enfrenta uma derrota ou uma falência. Ele está acabado quando desiste, mas lembre-se que a personalidade tem o poder de abrir as portas, mas é o caráter que as mantém abertas.
(DA)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Uma linda e abençoada tarde amigos e amigas. Que a PAZ de JESUS permaneça sempre entre todos nós.
Em breve retornarei a postar as mensagens neste ponto de luz. Saudades.
Carinhoso abraço.

Niedma

domingo, 17 de maio de 2009

A VONTADE

As causas da felicidade não se acham em lugares determinados do espaço.

Elas estão em nós, nas profundezas da alma.

"O reino dos céus está dentro de vós", disse o Cristo.

Tal premissa é confirmada por várias outras doutrinas.

É na vida íntima, no desabrochar de nossas faculdades, de nossas virtudes, que está o manancial das felicidades futuras.

Olhemos atentamente para o fundo de nós mesmos.

Fechemos, por alguns instantes, nosso entendimento às coisas externas.

Depois de havermos habituado nossos sentidos ao silêncio, seremos capazes de ouvir vozes fortificantes e consoladoras.

As vozes de nossas próprias consciências.

Há poucos homens que sabem ouvir seus próprios pensamentos.

Raros são aqueles capazes de reconhecer e explorar os próprios potenciais.

Geralmente alguns de nós gastamos a vida em coisas banais, improdutivas.

Percorremos o caminho da existência sem nada saber a respeito de nós mesmos, de nossas riquezas íntimas.

E então nos perguntamos: como poderemos nos valer das nossas capacidades, orientado-as para um ideal elevado?

Pela vontade!

É através dela que dirigimos nossos pensamentos para um alvo determinado.

Na maior parte dos homens os pensamentos flutuam sem cessar.

Sua mobilidade constante e sua variedade infinita oferecem pequeno acesso às influências superiores.

É preciso saber concentrar-se, colocando o pensamento em sintonia com o pensamento divino.

Só assim a alma humana poderá ser envolvida pelo espírito divino, tornando-a, dessa forma, apta para realizar nobres tarefas.

A vontade é a maior de todas as potências e seu poder é ilimitado.

Sua ação é comparável a de um ímã.

O homem, consciente de si mesmo e de seus recursos latentes, sente crescerem suas forças na razão dos esforços que desenvolve em determinado sentido.

Sabe que, tudo o que de bem e bom desejar há de mais cedo ou mais tarde realizar-se, nesta ou em existência futuras, quando seu pensamento estiver de acordo com as leis divinas.
...............
Como é belo e consolador poder dizer: Conheço a grandeza e a força que habitam em mim.

Elas hão de ser meu amparo e minha certeza, em todos os instantes de minha vida.

Com o auxílio de Deus e dos benfeitores espirituais, hei de elevar-me acima de todas as dificuldades.

Vencerei o mal que ainda há em mim.

Abrirei mão de tudo o que me acorrenta às coisas grosseiras deste mundo, para levantar vôo em direção de estágios mais felizes.

Vejo claramente o longo caminho a ser percorrido.

Nada, porém, poderá me impedir de prosseguir nessa estrada.

Tenho um guia seguro que é a vontade de enobrecer-me e elevar-me.

Hei de conservar-me firme e inabalável, sempre em frente.

Com minha vontade conquistarei a plenitude da existência.

Farei de mim uma criatura melhor.

Para isso, basta que eu queira alcançar toda essa ventura com energia e com constância.

E diga, para mim mesmo, conclamando-me à elevação e à marcha, apressando-me, assim, para a conquista de meu próprio destino: a felicidade verdadeira.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base na terceira parte, item XX, do livro O Problema do Ser, do Destino e da Dor de Léon Denis.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

NO APOSTOLADO FEMININO

O apostolado das Mães é o serviço silencioso com o Céu, em que apenas a Sabedoria Divina pode ajuizar com exatidão.

Ser mãe é ser anjo na carne, heroína desconhecida, oculta à multidão, mas identificada pelas mãos de Deus.

Ele conhece o holocausto das mães sofredoras e desoladas e sustenta-lhes o ânimo através de processos maravilhosos de sua sabedora infinita, assim como alimenta a seiva recôndita das árvores benfeitoras.

Um instituto doméstico, em muitos casos, é cadinho purificador.

Aí dentro, as opiniões fervilham na contenda inútil das palavras, sem edificações úteis; velhos ódios surgem à tona das discussões e sentimentos, que deveriam permanecer esquecidos para sempre, aparecem à superfície das situações, embora muitas vezes imanifestos nos entendimentos verbais.

O que nos interessa, porém, é a nossa redenção.

O sacrifício é a nossa abençoada oportunidade de iluminação.

Sabemos, no entanto, que para o carinho maternal, o combate é intraduzível.

Na batalha sem sangue no coração.

No espinheiro ignorado.

Na dor que os olhos não visitam.

O devotamento feminino será sempre o manancial do conforto e da benção.

Quando se interrompe o curso dessa fonte divina, ainda mesmo temporariamente, a vida do lar sofre ameaças cruéis.

As experiências no sexo masculino conferem à alma um senso maior de liberdade ante os patrimônios da vida, e o homem sente maior dificuldade para apreciar as questões do sentimento como convém.

Para os que se confundem na enganosa claridade dos dias terrenos, a existência carnal é somente recurso a incentivar paixões e alegrias mentirosas, todavia, para quantos fixem o problema da eternidade, com a crença renovadora no altar do espírito, a romagem planetária é divino aprendizado para a redenção. O lar terreno é a antecâmara do Lar Divino, quando lhe aproveitamos as bênçãos do trabalho santificante, porque, na realidade, se o martelo e o buril são os elementos que aprimoram a pedra, a dor e o serviço são as forças que nos aperfeiçoam a alma.

Trabalhar e sofrer são talvez os maiores bens que nossa alma pode recolher nos pedregulhos da Terra.

Toda dor é renascimento, toda renúncia é elevação e toda morte é ressurreição na verdade.

O Tesouro Divino não se empobrece e, para Deus, os filhos mais ricos são aqueles que canalizaram os recursos do serviço a bem de todos, sem cristalizarem a fortuna amoedada nos cofres de ferro, que às vezes, cedo se convertem nos fantasmas de angústia além do sepulcro.

Aqui, entendemos, com clareza mais ampla, o caminho da eternidade.

Mais vale semear rosas entre espinhos para a colheita do futuro, que nos inebriarmos no presente, com as rosas efêmeras dos enganos terrestres, preparando a seara de espinhos na direção do porvir.

Não percamos o dia para que o tempo não nos desconheça.

A dificuldade é nossa benção.

Amemos, trabalhando nas sombras de hoje, a fim de que possamos penetrar em companhia do Amor , na divina luz do Amanhã.



pelo Espírito Agar, Do livro: Cartas do coração. Médium: Francisco Cândido Xavier.

sábado, 9 de maio de 2009

BREVE REFLEXÃO SOBRE O PAPEL DA MULHER NO MUNDO

A imprensa internacional noticiou recentemente que as mulheres reivindicam a possibilidade de dirigir veículos automotivos na Arábia Saudita. Destaca-se que ativistas iniciaram uma campanha para que elas consigam a permissão de dirigirem nas avenidas e ruas sauditas. Esse tipo de comportamento nos remete aos obscuros cenários medievos. Que absurdo! Em pleno Século XXI, ainda temos que conviver com essa situação discriminatória contra a mulher.

Há, atualmente, uma ingente luta da mulher (cada qual na sua atividade, no seu dia a dia) no sentido de obter um espaço digno na sociedade, visando o seu crescimento como pessoa. A busca de novos caminhos profissionais para a mulher, hoje, toma conta de quase todas as famílias, em função, também, das novas necessidades que, a cada dia, surgem na nossa civilização. Porém, nem sempre foi assim. Segundo as Escrituras, "a mulher é responsável pela proscrição do homem; ela perde Adão e, com ele, toda a Humanidade; atraiçoa Sansão". Uma passagem do Eclesiastes a declara "uma coisa mais amarga que a morte". O casamento mesmo parece um mal: "(...) os que têm esposas sejam como se não as tivessem" - exclama Paulo aos Colossenses, aos Efésios.

Realmente, houve um período mais obscuro em que o cristianismo "oficial" não compreendeu a mulher. Seus representantes (monges e padres), vivendo no celibato, longe da família, não poderiam apreciar o poder e o encanto desse delicado ser, em quem enxergavam, antes, um perigo. Em contrapartida a esse cruel tratamento da igreja, a mulher era considerada "sacerdotisa nos tempos védicos; ao altar doméstico, era intimamente associada; no Egito, na Grécia, na Gália, às cerimônias do culto; por toda parte, era a mulher objeto de uma iniciação, de um ensino especial, que dela faziam um ser quase divino, a fada protetora, o gênio do lar, a custódia das fontes da vida". (1)

A situação da mulher, na civilização contemporânea, ainda é difícil e bastante sofrida. Como vimos no noticiário acima, nem sempre a mulher tem, para si, os direitos e as leis; muitos perigos a cercam. Se ela titubeia, sucumbe; normalmente não se lhe estende mão amiga, e o que é pior, a corrupção dos valores morais faz, da mulher, a vítima do momento. Porém, a Doutrina Espírita restitui à mulher seu verdadeiro lugar na família e na obra social, indicando-lhe a sublime função que lhe cabe desempenhar na educação e no adiantamento da Humanidade.

O Espiritismo a atrai e lhe satisfaz as aspirações do coração, as necessidades de ternura, que estendem para além do seu círculo de vida física. Daí a necessidade de desenvolver na mulher, além dos poderes intuitivos, suas admiráveis qualidades morais, o esquecimento de si mesma, o júbilo do sacrifício, ou seja, o sentimento dos deveres e das responsabilidades inerentes à sua missão sublime. "A mulher tem que se fazer borboleta; ela tem que sair do seu casulo; e reconquistar seus direitos, que são divinos; como a falena, lançar-se na atmosfera e reencontrar o clima de seu justo valor. Até porque, se o agente educador por excelência for reduzido ao estado de nulidade, a sociedade vacilará. É o que deveis compreender no século dezenove". (2)

O Espiritismo defende a tese de que "são iguais perante Deus, o homem e a mulher, e têm os mesmos direitos, pois ambos possuem a faculdade de progredir" (3) e se, em alguns países, a mulher é considerada inferior, isso é resultante do predomínio injusto e cruel que sobre ela assumiu o homem. É resultado das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre homens moralmente pouco adiantados, a força faz o direito. (4) Mas, "as funções, para as quais a mulher é destinada pela Natureza, terão importância tão grande quanto às destinadas ao homem, e maior até. É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida". (5) Assim sendo, "uma legislação, para ser perfeitamente justa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher, embora com funções diversas. Pois é preciso é que cada um esteja no lugar que lhe compete. Ocupe-se do exterior, o homem e, do interior a mulher, cada um de acordo com a sua aptidão". (6)

Com muita razão, "a lei humana, para ser eqüitativa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher. Todo privilégio a um ou a outro concedido é contrário à justiça. A emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização. Sua escravização marcha de par com a barbaria. Os sexos, além disso, só existem na organização física. Visto que os Espíritos podem encarnar num e noutro, sob esse aspecto, nenhuma diferença há entre eles. Devem, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos". (7)

No passado recente, a mulher não tinha voz, não tinha vontades e acreditavam que sequer tinha alma. Este tema foi até discutido num concilio, no ano 585, quando não apenas discutiam se a mulher teria alma, mas também diziam que a natureza da mulher era má, era culpada de males, porque (como vimos mais acima), na Bíblia consta que ela é que aceitou a sugestão da serpente e desviou Adão da obediência a Deus. Como reação a essa milenar subjugação da mulher, atualmente ocorrem extremismos preocupantes em sua estrutura psicológica. A miséria, as lágrimas, a prostituição, o suicídio - tal é o destino de grande número de infelizes mulheres em nossas sociedades opulentas e materialistas. Muitas mulheres radicalizam. O seu corpo é considerado só dela, ela faz o que bem entende, não deve nada a ninguém. O desafio está posto. O desafio é encontrar o meio termo, o ponto certo, o equilíbrio momentâneo para a mulher moderna. Portanto, ser mulher e ser mãe são desafios cotidianos a serem enfrentados.

Há dois mil anos, Jesus propôs dar à mulher uma condição de "status" social igual a do homem. Em verdade, "dela provém a vida; e ela a própria fonte desta, a regeneradora da raça humana, que não subsiste e se renova, senão, por seu amor e seus ternos cuidados". (8) "Todo inócuo argumento machista de a mulher ser apenas a sombra do marido, procriadora por excelência, objeto de prazer ou apenas alguém que tome conta da casa, é evidente que precisa ser aclarado e desfeito, por ser fenômeno extemporâneo". (9) Concebemos, até, que a mulher deva reduzir, o quanto lhe for possível, o tempo gasto no trabalho profissional e se esforce mais na tarefa da educação de seus filhos, preferindo ganhar um pouco menos em valores materiais e potencializando seus tesouros espirituais. Sabemos que atualmente não está fácil essa tarefa, pois "a sociedade se curvou ante o consumismo materialista, seqüestrando a mulher do lar para enclausurá-la nas funções hodiernas, às vezes, subalternas a sua grandeza e, quase sempre, estranhas à sua natureza". (10)

A administração de uma família, atualmente, é tarefa extremamente importante. Dentro dessa pequena república, há o fator econômico, as regras, a disciplina, o zelo, as tradições e a responsabilidade da formação moral e intelectual dos filhos. "A mulher deve conciliar o papel de mãe e esposa, por vezes, deixado um pouco de lado. Por isso, é importante não permitir que a competição do casal, as pressões do status, do dinheiro e do destaque sociais roubem o equilíbrio que a felicidade da família requer". (11)

Nada mais justo que a luta pela causa de maior liberdade e direito para ela. Afinal, na Ordem Divina não há distinção entre os dois seres. Porém, urge muita cautela. Os movimentos feministas, embora tenham seu valor, costumam cair no radicalismo, querendo fazer da participação natural uma imposição. Muitas vezes, em seus intuitos, ao lado de compreensíveis pleitos, enuncia propósitos que fariam da mulher, não mais mulher, mas arremedo do homem.

Em sintonia com os pleitos femininos, atualmente, nas hostes espíritas, observa-se a mulher, não apenas trabalhando como médium no campo da mediunidade, mas, também, encontramo-la dialogando com os espíritos, dirigindo reuniões mediúnicas, instruindo e preparando novos trabalhadores no campo da mediunidade, escrevendo para esclarecer e orientar a prática mediúnica. É o Espiritismo, esta abençoada doutrina que nos permite isso. Ela, não apenas nos ilumina individualmente, nos consola e nos alenta, mas, também, enseja que estejamos encarnados como homens ou como mulheres, nos "somemos os nossos esforços" e, juntos, continuemos a realizar o sublime intercâmbio espiritual, respeitando, sobretudo, a "condição" do espírito que encarna, seja ela qual for.


Prof. Doutor Jorge Hessen - (31.07.08)
E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net

FONTES:
1 DENIS, Léon. Cristianismo e Espiritismo. RJ: Ed Feb, 2008. 2 Kardec, Allá. Revista Espírita ano III número 12, dezembro de 1860, Comunicação do Espírito de Alfred de Musset (1810-1857 poeta e romancista francês).
3 Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, RJ: Ed FEB, 2001, questão 817
4 idem, questão 818.
5 idem, questão 821.
6 idem, questão 822.
7 idem, questão 825.
8 Hessen, Jorge. DEUS ABENÇOE TODAS AS MULHERES DO MUNDO, artigo publicado em 21.01.07, disponível no site
9 idem
10 idem
11 idem

terça-feira, 5 de maio de 2009

A ORIGEM DO DIA DAS MÃES

São muitas as suposições sobre a origem do Dia das Mães. A mais antiga encontra-se na mitologia grega, onde o início da primavera era festejado em homenagem à deusa Rhea, esposa de Cronus e mãe de Zeus, conhecida como a mãe dos Deuses. Em Roma também havia uma festa para Cybele, outra mãe dos deuses, cuja festividade começou cerca de 250 a C e era conhecida como hilaria.

A comemoração durava três dias e acontecia entre os dias 15 e 18 de março. Há quem diga que Maria, mãe de Cristo, substituiu as celebrações à mãe dos deuses e, assim, iniciado o costume das pessoas visitarem a igreja no dia em que foi batizado. Assim, ao longo do tempo, as celebrações da mãe da igreja se confundiram com as da própria mãe.

Já na Inglaterra, no início do século XVII, se dedicava o quarto domingo da quaresma às mães das operárias inglesas, conhecido como o Mothering Sunday - Domingo das Mães. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães e levavam o mothering cake, um bolo, de presente para elas.

Nos Estados Unidos, em 1872, Júlia Ward Howe, autora da letra do hino do país, foi a primeira a sugerir a criação de uma data em homenagem às mães. Seria um dia das mães dedicado à paz. Ela manteve organizado em Boston durante muitos anos o encontro do Dia das Mães.

Mas foi outra americana, Ana M. Jarvis, da Filadélfia, que em 1907 iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães. Ela achava que muitas vezes as crianças não davam o devido valor às mães enquanto vivas e esperava que a iniciativa fortalecesse os laços familiares e o respeito aos pais.

Tudo começou quando ela comemorou o primeiro aniversário de morte da mãe, em maio. Nos anos seguintes deu continuidade à homenagem e a população da cidade começou a imitar o costume.

No primeiro Dia das Mães houve uma missa em Grafton, West Virgínia, Filadélfia e Pensilvânia em homenagem a mãe de Anna, no dia 10 de maio de 1908. A primeira celebração oficial do Dia das Mães foi instituído pelo governador da West Virgina em 1910. Um ano depois praticamente todos os estados norte-americanos celebravam a data e outros países como México, Canada, China, Japão, América do Sul e África também.

A Associação Internacional do Dia Internacional da Mãe foi fundada em 12 de dezembro de 1912, com o intuito de incentivar as homenagens às mães. Em 1914, o presidente Woodrow Wilson oficializou o Dia Nacional das Mães em todo segundo domingo de maio.

No Brasil, em maio de 1918, pela primeira vez, a Associação Cristã de Moços festejou em Porto Alegre o Dia das Mães. A data continuou a ser comemorada em vários lugares do Brasil, até que, em 1932, o presidente Getúlio Vargas baixou um decreto-lei determinando a comemoração oficial do Dia das Mães em nosso país no segundo domingo de maio.

Hoje, a data é comemorada em todo o mundo cristão. Em 1949, vários proprietários de lojas de São Paulo, lançaram uma grande campanha publicitária incentivando a compra de presentes para as mães e o hábito de presentear as mães ganhou impulso.

Saiba quando alguns países comemoram o Dia das Mães

2º domingo de Fevereiro ---------------------- Noruega
1º domingo de Maio ---------------------------- África do Sul e Portugal
2º domingo de Maio ---------------------------- EUA, Brasil, Dinamarca
2º domingo de Maio ---------------------------- Finlândia, Japão, Turquia
2º domingo de Maio ---------------------------- Itália, Austrália e Bélgica
10 de Maio ---------------------------------------- México
4º domingo de Quaresma ------------------- Inglaterra
Último domingo de Maio --------------------- Suécia
2º domingo de Outubro ----------------------- Argentina
8 de Dezembro ---------------------------------- Espanha
2 semanas antes do Natal ------------------- Iugoslávia
Fonte: Pesquisas sobre o mundo.

sábado, 2 de maio de 2009

PROGRAMA FORTALEZA EM PAZ

Visite nosso site, divulgue e reproduza a idéia em sua cidade: http://www.fortalezaempaz.org.br

O Programa Fortaleza em Paz é uma iniciativa do Professor Harbans Arora, baseada na vasta experiência do Dr. Hagelin de promoção da paz para uma grande população, por meio da meditação ou oração coletiva. Com a colaboração de pessoas especializadas e experientes em meditação transcendental (MT), o Dr. Hagelin desenvolveu uma prática de meditação com duração de 20 minutos, duas vezes ao dia, com o objetivo de promover a paz no local geográfico onde se encontravam. Por alguns motivos como, por exemplo, a falta do número suficiente de especialistas experientes em MT, o Professor Harbans adaptou a prática preconizada pelo Dr. Hagelin, adequando-a a nossa realidade. Desenvolveu uma técnica suficientemente simples, a qual pode ser aplicada por pessoas inexperientes inclusive crianças. A técnica do Dr. Hagelin consiste na repetição mental de um mantra (oração) individual, por meio de um intenso estado de concentração mental, durante 20 minutos. Nossa técnica também utiliza uma oração específica, repetida num tempo que varia de 5 a 20 minutos, e pode ser feita por pessoas que nunca praticaram algo semelhante. Uma condição fundamental para que a meditação obtenha o efeito desejado e alcance seus objetivos é que seja feita diariamente, sempre no mesmo horário pré-determinado por cada grupo, conforme suas possibilidades. A meditação ocorre por meio da repetição mental de cinco frases que se complementam, se integram e possuem o mesmo foco:
1. Individual: “eu estou em Paz”
2. Familiar: “nossas famílias em Paz”
3. Institucional: “nossa instituição em Paz”
4. Loco-regional: “nosso bairro em Paz”
5. Na cidade: “Nossa cidade em Paz”
Embora o trabalho seja ainda muito recente, tendo sido iniciado um projeto piloto em janeiro de 2009, a proposta já tem tido ampla aceitação aqui em Fortaleza. Notamos que um número grande de pessoas está entrando em contato com a idéia da pacificação mental e em idades cada vez menores. Mais de 1.500 crianças e adolescentes (em Fortaleza e região metropolitana) estão participando do Programa, numa preparação inédita para um futuro melhor. Essas crianças serão adultos bem mais felizes levando esse bem estar às suas próprias famílias como conseqüência. Assim, vimos que a nossa expectativa inicial de repetir, de alguma forma, os resultados de Hagelin, vem sendo ampliados por uma outra realidade. Embora também tenhamos em foco a redução dos índices de violência em nossa cidade, outros objetivos começaram a ser alcançados e foram incluídos em nosso Programa, como:
a. Melhora na paz individual: bem estar pessoal, comportamento das crianças, socialmente e nas escolas;
b.Melhora na paz familiar: relacionamento intrafamiliar;
c.Melhora na paz interpessoal: relacionamento no ambiente de trabalho, diminuição do absentismo laboral, aumento da produtividade e da criatividade nas empresas.
Outra área importante é a empresarial. Aqui, notamos uma mudança de postura por parte das empresas, as quais visam cada vez mais o bem-estar e o aperfeiçoamento de seus funcionários. A prática da meditação coletiva é uma ação sócio-cultural-ecológica que, além de promover a paz, é uma excelente ferramenta para o aumento da produtividade e da criatividade; para uma maior concentração e interação entre as pessoas; e para a diminuição das faltas no trabalho; e, conseqüentemente, contribui para o aumento dos lucros das empresas. Após quatro meses de aplicação desse projeto piloto inédito em nosso país, temos hoje mais de 1.600 pessoas, espalhadas no espaço-tempo de Fortaleza realizado diariamente a meditação coletiva. Além disso, uma tese de doutorado já está sendo realizada pela doutora Daniela Furlani, usando como objeto de pesquisa o Programa Fortaleza em Paz. A seguir uma relação resumida dos locais que estão fazendo parte do Programa:
1. Escola Vila (bairro de Fátima): 300 pessoas (alunos e funcionários) mentalizando às 7h00 de segunda a sexta;
2. Escola Vital Didonet (Cidade dos Funcionários): 80 pessoas (alunos e funcionários) mentalizando às 7h00 de segunda a sexta;
3. CECAL (Planalto Ayrton Senna): 110 pessoas (infratores de 18 a 21 anos) mentalizando às 8h00 e quase o mesmo número às 14h00 de segunda a sexta (219 no total);
4. Lar da Criança (Vila União): 70 pessoas (crianças e funcionários) mentalizando às 7h00 e o mesmo número às 13h00 de segunda a sexta-feira (140 no total);
5. Fundação Ana Amélia (Itaperi): 70 pessoas mentalizando às 7h15 e o mesmo número às 13h15 de segunda a sexta (140 no total);
6. Movimento de Saúde Mental Comunitária do Grande Bom Jardim (Parque Santo Amaro, Parque Santa Cecília, Parque São Vicente, Parque Jerusalém, Canindezinho, Granja Lisboa, Siqueira, Jardim jatobá e Parque Nazaré): 400 pessoas mentalizando às 8h00 e 200 às 14h00 de segunda a sexta (600 no total);
7. SESC Farias Brito: 80 pessoas mentalizando, distribuídos em diversos horários da manhã, tarde e noite, de segunda à sexta;
8. SESC Centro: 40 pessoas mentalizando, distribuídos em diversos horários da manhã, tarde e noite, de segunda à sexta;
9. Além das instituições acima relacionadas, temos também pessoas fazendo a prática, individualmente ou em grupo, em suas casas, ambientes de trabalho ou de estudos. Desses, temos 153 pessoas cadastradas no site e praticando a técnica.
E no espaço-tempo da Região Metropolitana de Fortaleza temos cerca de 950 pessoas, assim distribuídas:
1. Pacatuba
a. Confecções Marisol: 250 pessoas mentalizando às 4h30 e o mesmo número às 14h00, de segunda a sexta (500 no total).
2. Caucaia
a.Ondas Empreendimentos: 150 pessoas mentalizando às 7h00, segundas, quartas e sextas;
b. Lar Fabiano de Cristo: 300 pessoas mentalizando às 7h00, de segunda a sexta.

PERSPECTIVAS
Estamos em contato com a Secretaria de Educação do Estado do Ceará para a implantação do Programa junto às Escolas de Ensino Profissional (EEEP) de Fortaleza (expectativa de mais de 1000 pessoas);
Estamos em contato com a Advocacia Geral da União, através da Procuradoria da União no Ceará, para a implantação do Programa junto à mesma;
Estamos nos acertos finais com a Secretaria de Segurança Pública para implantação da prática junto aos profissionais do Ronda, a ser realizada no início de cada plantão (expectativa de mais de 500 pessoas);
Estamos em contato com a Prefeitura de Fortaleza para a implantação do Programa junto à Guarda Municipal;
Estamos em contato com a ESMALTEC do Grupo Edson Queiroz (Maracanaú) para implantação do Programa nesta empresa (Expectativa de mais de 1000 pessoas);

Estamos em contato com a Academia de Ciências, Letras e Artes de Columinjuba na cidade de Maranguape para implantação do Programa

OBSERVAÇÃO
O presente relatório é parcial uma vez que as ações se encontram em fase de desenvolvimento e algumas informações ainda não chegaram ao nosso conhecimento. Solicitamos a todos os colaboradores que cooperem com informações adicionais, sempre que possível.

Maiores informações pelo site http://www.fortalezaempaz.org/ e e-mail harbansarora@hotmail.com e croberto@secrel.com.br

A Equipe de Coordenação

Fortaleza, 24 de abril de 2009


Oh! JESUS AMADO, unge cada um dos nossos irmãos com o teu imensurável AMOR. Envolve nosso orbe na psicosfera da tua PAZ.. Volve o teu doce e meigo olhar para todos nós teus irmãos ainda tão carentes do amor incondicional. Somos aprendizes oh JESUS. Estamos ainda tateando os labirintos do ser. Faz-nos entrever tua luz perene. Concede-nos por acréscimo da tua misericórdia a serenidade, o bom senso, a compreensão, a solidariedade, a verdadeira humildade (a humildade de coração).....o AMOR por todos os seres. Agrega-nos em ELOS idestrutiveis do AMOR UNIVERSAL para que tenhamos condições amado MESTRE de auxiliar nosso próximo, enxergando com os olhos da alma cada ser que de nós se aproxime ou não.. Concede-nos forças para que desçamos aos pantanos para ajudar nossos irmãos que se encontram equivocados e ajuda-nos a sairmos incolumes como fizessestes há mais de dois mil anos.
A PAZ SE FAÇA PRESENTE AGORA E SEMPRE!
Graças a DEUS.
NIedima

sexta-feira, 1 de maio de 2009

ANIVERSARIANTES DO MÊS DE MAIO 2009


MAIO
Ana Ma. Brandão 01
Cristal 07
Noemilia 20
Adilson Duarte 26


Amiga(s), Amigo(s), são seres especiais com quem a gente divide uma porção de coisas;
os segredos,a tristeza causada por inúmeros motivos próprios desta jornada (a vida). As vezes uma frustração por ter ouvido um não.

Amiga(o) é isso: um ombro quando você precisa de consolo,
um colo quando você precisa desabafar e uma enorme paciência.

Amiga(o) é quem diz algumas coisas quando você esta precisando ouvir
ou quem fica ao seu lado em silêncio quando esta triste, mas não quer falar nada.

Amiga(o) também é quem dá uns toques
quando você começa a fazer bobagens
e ao mesmo tempo sabe ser confidente,
palpiteira(o) e quebra se não todos (alguns) galhos.

É aquela ou aquele que não dá ouvidos quando falam mal de você.

Uma amiga, um amigo, esses seres especiais tão preciosos e raros.

Que bom, que você(s) é (são) nossos amiga(o)(s), e tenha(m) todas essas características.

É poristo que todos nós da equipe Cultivadores Da PAZ e Sala Espírita Palavra Amiga, agradecemos de todo o coração por usufruir da amizade de cada um de vocês, rosas e (ou) lírios, aniversariantes deste mês de maio/2009. É com imensurável alegria lhes desejamos felicidades perene e que JESUS OS ABENÇÕE SEMPRE!







CULTIVADORES DA PAZ E SEPA -PROGRAMAÇÃO MÊS DE MAIO 2009

HORÁRIO DE BRASÍLIA: SEGUNDAS e TERÇAS FEIRA: PRECES E ESTUDOS, de 21:00 hs às 23:00 horas.

QUARTAS, QUINTAS e SEXTAS, PRECES E MENSAGENS PARA REFLEXÕES de 21:00 hs às 21:30 horas.

HORÁRIO MATUTINO: de SEGUNDAS AS SEXTAS-FEIRA: PRECES E MENSAGENS PARA REFLEXÕES de 9:00 hs às 9:30 horas.


EQUIPE CULTIVADORES DA PAZ E SEPA
Amigo Da Paz, Dualba, EdinaB, Esperanto, LenirB, Marcia e
Oberdhan.

"Deixe ao irmão a autoria das boas idéias e não se preocupe se for esquecido, convicto de que as iniciativas elevadas não pertencem efetivamente a você, de vez que todo bem procede originariamente de DEUS ”

TEMAS SEPA - EXPOSITORES MÊS DE MAIO 2009

DIA 04 – SEGUNDA-FEIRA. EXPOSITOR: OBERDHAN.
TEMA: ESE, CAP. XI AMAR O PRÓXIMO COM A SI MESMO, •Instruções dos Espíritos: Caridade Com os Criminosos, itens, 14 e 15.

DIA 05 –TERÇA-FEIRA. EXPOSITOR: OBERDHAN
TEMA: O Temor da morte – CI, cap II e LE, 165.

DIA 11 – SEGUNDA-FEIRA, EXPOSITOR: OBERDHAN
TEMA: ESE, CAP. XII. AMAI OS VOSSOS INIMIGOS. • Pagar o Mal Com o Bem. Itens 1, 2 3 e 4.

DIA 12 – TERÇA-FEIRA. EXPOSITOR: ESPERANTO
TEMA: NA HORA DO DESÂNIMO; Fonte: "Encontro Marcado", Emmanuel.

DIA 18 – SEGUNDA-FEIRA. EXPOSITORA: EDINÁ
TEMA: ESE, CAP. XII. AMAI OS VOSSOS INIMIGOS • Os Inimigos Desencarnados. Itens 5 e 6.

DIA 19 – TERÇA-FEIRA. EXPOSITOR: OBERDHAN
TEMA: O CÓDIGO DA VIDA FUTURA – Fonte: CI, cap VII e ESSE, cap XXVII.

DIA 25 – SEGUNDA-FEIRA. EXPOSITOR: OBERDHAN
TEMA: ESE, CAP. XII. AMAI OS VOSSOS INIMIGOS • Se alguém te Ferir na Face Direita. Itens 7 e 8.

DIA 26 – TERÇA-FEIRA. EXPOSITOR: ESPERANTO
TEMA: NECESSIDADE DA COMPAIXÃO; Fonte: "Encontro Marcado", Emmanuel.


Somos semeadores conscientes, espalhamos diariamente milhões de sementes ao nosso redor. Que possamos escolher sempre as melhores, para que, ao recebermos a dádiva da colheita farta, tenhamos apenas motivos para agradecer.

O Trabalhador Espírita “O bom trabalhador é o que ajuda, sem fugir ao equilíbrio necessário, construindo todo o trabalho benéfico que esteja ao seu alcance, consciente de que o seu esforço traduz a Vontade Divina.” André Luiz.

Equipe Cultivadores Da Paz e Sala Espírita Palavra Amiga
01 de Maio de 2009

segunda-feira, 27 de abril de 2009

MAMÃE POR QUE TE AMO TANTO?

Todas as crianças, inevitavelmente, chegam naquela fase das famosas perguntas. Perguntam sobre tudo. Querem saber sobre tudo, num afã natural e belo de se ver, na busca pelo conhecimento, por descobrir o mundo.

Do que são formadas as nuvens? Por que aquele homem mora na rua? Como o Papai do Céu pode vigiar todos ao mesmo tempo? Como nasceu a primeira mãe de todas?

Porquês e mais porquês… Que acabam deixando os pais de cabelo em pé, em muitas ocasiões.

Uma dessas perguntas em especial, chamou-nos a atenção, quando em contato com uma reportagem de certa revista especializada em educação infantil.

Mamãe, por que te amo tanto?

Há perguntas que nasceram para serem perguntas, e há respostas que não são palavras. – Afirma o autor da matéria.

Diz ele ainda que nesses casos a melhor resposta pode ser um beijo, um abraço forte, o toque, o silêncio… Realmente, poderíamos pensar: Como explicar o amor? Como encontrar a razão na Terra onde reinam os sentimentos?

Sem a pretensão de explicá-lo, mas com a vontade de torná-lo mais admirável ainda, quem sabe poderíamos dizer a essa criança:

Você ama sua mãe, pois antes de lhe dar o abrigo desta casa feita de paredes, ela guardou você em um lar de beleza sem igual, aconchegante e cheio de paz.

Você ama sua mãe, pois possivelmente esta não é a primeira vez que você a vê. Seus corações amigos podem ter se encontrado muito tempo antes…

Você ama sua mãe, certamente porque junto do alimento do corpo, ela lhe concedeu sempre a nutrição da alma, com seu sorriso e um ‘Seja bem-vindo ao mundo, meu filho!’

Seu amor por sua mãe vem dos cuidados que ela tem pelas coisas mais simples da vida, como: arrumar os bichinhos de pelúcia no quarto para lhe darem ‘bom dia’ pela manhã; colocar o macaquinho ao seu lado, para que você o abrace à noite, e não se sinta só.

Conversar com você durante o banho, ensinando o nome de cada pedacinho de seu novo corpo, e enchendo-o de beijos amorosos.

Dançar com você pela sala, rodando, rodando, para ouvir suas gargalhadas deliciosas. Ficar com você no colo, assistindo seu desenho preferido, até você pegar no sono, tranqüilo, seguro, aquecido.

Levar você para a cama dela, quando você se sente sozinho em seu quarto à noite, aconchegando-o bem perto de seu coração - lembrando dos tempos em que você estava ali, crescendo forte dentro dela.

Finalmente, poderíamos dizer que você ama sua mãe, porque ela ama você sem pedir nada em troca. O que um dia você entenderá como sendo o amor incondicional. E ela será seu maior exemplo dele.

Um filho bem amado nunca esquecerá sua mãe. Mesmo que ele enverede por caminhos tortuosos, que faça escolhas perigosas na vida, aquela candeia do carinho materno sempre estará lá. Será aquela luzinha distante, no meio da escuridão dominante da ignorância - como um convite terno para trazê-lo para a senda iluminada novamente. O amor materno será sempre seu laço seguro e certo com o amor de Deus.

Que o Criador Supremo do Universo abençoe todas as mães…

Ramon Silva




sexta-feira, 24 de abril de 2009

MORTE CHEGA PARA TODOS

Você já percebeu que, sempre que o noticiário nos mostra as tragédias do mundo, acreditamos que nada semelhante jamais nos atingirá?

Já se deu conta de que, normalmente, partilhamos a idéia de que o mal somente chegará à casa do vizinho?

Com esses conceitos, vivemos despreocupados. Nem sempre utilizamos a prudência que nos seria devida para nos furtarmos de certos acontecimentos inconvenientes.

Quando a morte ronda os lares, continuamos a acreditar que o nosso está protegido dessa megera terrível.

Por isso, quando ela chega, é sempre uma surpresa para nós.

Mas, ninguém foge à morte. E seria importante que, a respeito dela, meditássemos um pouco a cada dia.

Recordamos que, depois do término da Segunda Guerra Mundial, morreu a amada irmã de Albert Einstein.

Ele havia estado com ela, dias antes de sua morte.

Ambos estavam abatidos e doentes. Albert tinha recebido o diagnóstico de um aneurisma abdominal da aorta. Tivera uma crise e, com fortes dores abdominais, ficara internado no hospital para longo tratamento.

Brincando, ele havia dito à irmã:

Creio que enfrentarei a grande jornada para o espaço, antes de você, querida Maja. Por isso, estou aqui para as despedidas.

E Maja respondeu:

Não, meu querido irmão, partirei antes. Em sonho recente, vi nossos pais. Entendi, por sinais feitos pelas mãos de nossa mãe, que a partida seria logo.

Albert a abraçara, falando ao seu ouvido:

Seja como for, sinto que em breve nos encontraremos.

Recebendo, agora, a notícia da morte da irmã, olha o Infinito e fala baixinho:

Que Deus a abençoe! Como disse a você, em breve nos encontraremos.

Nem raiva, nem desespero. Atitude de quem tinha a certeza da imortalidade.

Continuou a trabalhar. Mesmo com suas dores, ele não se deixava vencer.

Recebia amigos, viajava, proferindo palestras sobre suas teorias e respondia a todas as perguntas que os jornalistas lhe faziam.

Com o rompimento do aneurisma abdominal, agrava-se seu quadro anêmico. Em 18 de abril de 1955, a 1 hora e 15 minutos da madrugada, Albert Einstein morre, em Princeton, Nova Jersey.

Ele providenciara seu testamento, legando seus inventos e documentos científicos, já provados ou não, à Universidade de Jerusalém.

Sabia que a morte o rondava. Preparou-se para recebê-la, mantendo-se ativo e sereno.

Ele tinha a certeza da Imortalidade.

* * *

Conforme seu pedido, o corpo de Albert Einstein foi cremado e suas cinzas espalhadas em local ignorado.

Ele doou seu cérebro a Thomas Harvey, patologista do Hospital Princeton.

Esse fato causou profundo abalo no meio dos físicos e intelectuais filosóficos.

Mas era preciso respeitar o desejo do maior conhecedor em cálculos matemáticos e das teorias sobre Física.

Redação do Momento Espírita, com base em
dados biográficos de Albert Einstein.
Em 23.04.2009.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A PORTA MAIS LARGA DO MUNDO

Conta-se que um dia um homem parou na frente do pequeno bar, tirou do bolso um metro, mediu a porta e falou em voz alta: dois metros de altura por oitenta centímetros de largura.

Admirado mediu-a de novo.

Como se duvidasse das medidas que obteve, mediu-a pela terceira vez. E assim tornou a medi-la várias vezes.

Curiosas, as pessoas que por ali passavam começaram a parar.

Primeiro um pequeno grupo, depois um grupo maior, por fim uma multidão.

Voltando-se para os curiosos o homem exclamou, visivelmente impressionado: "parece mentira!" esta porta mede apenas dois metros de altura e oitenta centímetros de largura, no entanto, por ela passou todo o meu dinheiro, meu carro, o pão dos meus filhos; passaram os meus móveis, a minha casa com terreno.

E não foram só os bens materiais. Por ela também passou a minha saúde, passaram as esperanças da minha esposa, passou toda a felicidade do meu lar...

Além disso, passou também a minha dignidade, a minha honra, os meus sonhos, meus planos...

Sim, senhores, todos os meus planos de construir uma família feliz, passaram por esta porta, dia após dia... gole por gole.

Hoje eu não tenho mais nada... Nem família, nem saúde, nem esperança.

Mas quando passo pela frente desta porta, ainda ouço o chamado daquela que é a responsável pela minha desgraça...

Ela ainda me chama insistentemente...

Só mais um trago! Só hoje! Uma dose, apenas!

Ainda escuto suas sugestões em tom de zombaria: "você bebe socialmente, lembra-se?"

Sim, essa era a senha. Essa era a isca. Esse era o engodo.

E mais uma vez eu caía na armadilha dizendo comigo mesmo: "quando eu quiser, eu paro".

Isso é o que muita gente pensa, mas só pensa...

Eu comecei com um cálice, mas hoje a bebida me dominou por completo.

Hoje eu sou um trapo humano... E a bebida, bem, a bebida continua fazendo as suas vítimas.

Por isso é que eu lhes digo, senhores: esta porta é a porta mais larga do mundo! Ela tem enganado muita gente...

Por esta porta, que pode ser chamada de porta do vício, de aparência tão estreita, pode passar tudo o que se tem de mais caro na vida.

Hoje eu sei dos malefícios do álcool, mas muita gente ainda não sabe. Ou, se sabe, finge que não, para não admitir que está sob o jugo da bebida.

E o que é pior, têm esse maldito veneno, destruidor de vidas, dentro do próprio lar, à disposição dos filhos.

Ah, se os senhores soubessem o inferno que é ter a vida destruída pelo vício, certamente passariam longe dele e protegeriam sua família contra suas ameaças.

Visivelmente amargurado, aquele homem se afastou, a passos lentos, deixando a cada uma das pessoas que o ouviram, motivos de profundas reflexões.

Vamos refletir?
Você sabia que, segundo o Ministério da Saúde, no ano de 2001 foram internados 84.467 brasileiros por transtornos mentais e comportamentais devido ao uso do álcool, demandando um gasto de mais 60 milhões de reais?

Ainda segundo o Ministério da Saúde, o álcool é a droga mais usada pelos jovens no Brasil.

Segundo pesquisa realizada em 14 capitais brasileiras em 2001, pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), o consumo começa cedo: em média, aos 13 anos. E o pior é que o álcool é a porta principal de acesso às demais drogas.

E você sabia que a influência da TV e do Cinema nos hábitos de crianças e adolescentes foi recentemente comprovada por pesquisadores da Escola de Medicina de Dartmouth, nos Estados Unidos?

Por todas essa razões, vale a pena orientar nosso filho para que não seja mais um a aumentar essas tristes estatísticas.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria desconhecida e em matéria publicada pela Folha de São Paulo em 24/03/2002, intitulada “Nunca se bebeu tanto na TV".

terça-feira, 14 de abril de 2009

A ARTE ESPÍRITA É DIVINA POR EXCELÊNCIA

A arte foi um dos primeiros meios de comunicação entre os homens. A arte é um aglomerado de ciência, magia e técnica, uma janela para o conhecimento sensível do mundo. Em sua polissemia, revela a diversidade da natureza, suas singularidades, sendo avessa a resultados orientados pela medida e pela utilidade. O artista traduz o mundo sensível e imaterial em formas, sabores, cores, texturas, volumes e odores. A arte é capaz de extrair formas outras daquilo que se mostra aparente, de mergulhar no que é mais desconhecido, de romper a mera percepção e de considerar a imaginação como capacidade humana para a criação. Porém, ela só pode ser essencial, se puder contribuir para a elevação do ser humano como ser imortal.

Em toda a história da humanidade, é marcante a evidente participação da arte no contexto social. Na pré-história, ela fora utilizada como instrumento mágico, ajudando o homem a garantir a sobrevivência da raça, por meio de desenhos nas paredes das cavernas e grutas, quando, mais tarde, por sons rítmicos e movimentação corporal. O ser humano foi desenvolvendo, gradualmente, sua capacidade criativa e artística ao longo dos tempos. Na Idade Média, a arte reflete as potências latentes do ser espiritual e imortal da época. Com a chegada da Idade Moderna, novos caminhos a orientam e ela resplandece em liberdade de temas e técnicas. Surge a figura do artista, em sua majestosa veste de núpcias, aproximando o divino celeste à natureza humana. Os séculos vindouros reinventam o fazer artístico. Os movimentos, oriundos das quebras conceituais, que surgem no início do século XX, perfazem uma arte que questiona a vida e a própria arte. Das vanguardas, resultam os conceitos referentes ao que denominamos, hoje, de arte contemporânea, alvo de calorosas discussões acerca de suas verdades.

Nesse contexto, temos uma grande variedade de conceitos, porque são diferenças resultantes da pluralidade cultural e da liberdade de nossos pensamentos. Alguns respiram poéticas intuitivas e espirituais, outros, respiram pensamentos menos transcendentes e buscas sensoriais. Dentre os conceitos filosóficos transcendentais e atuais, a Arte Espírita se compromete a restaurar os princípios iluminativos nas manifestações artísticas. Ressalte-se o termo "Arte Espírita", embora entenda que seja um termo de difícil definição, evocamos a tese do termo para que o movimento doutrinário, no Brasil, possa, definitivamente, consolidar a efetiva "arte espírita". Até porque, o artista espírita não veio negar o acervo atribuído ao longo dos séculos, pois, também, utiliza-os em suas variadas linguagens. Seus conceitos, estes sim, estão definidos de acordo com a causa que abraçam.

"A arte pura é a mais elevada contemplação espiritual por parte das criaturas. Ela significa a mais profunda exteriorização do ideal, a divina manifestação do "mais além", que polariza as esperanças das almas. O artista verdadeiro é sempre o "médium" das belezas eternas, e o seu trabalho, em todos os tempos, foi tanger as cordas vibráteis do sentimento humano, alçando-o da Terra para o infinito e abrindo, em todos os caminhos, a ânsia dos corações para Deus, nas suas manifestações supremas de beleza, sabedoria, paz e amor. "(1)

A Arte Espírita não deve agir, apenas, no contexto das casas espíritas, ou ter um específico público para dialogar. Ela deve ir além, a todo coração que se dispuser a conhecer suas verdades, sejam simpatizantes ou, simplesmente, indiferentes à Doutrina Espírita. Sobre a prática artística e sua atuação no Espiritismo, é preciso romper com velhos preconceitos, ainda existentes no movimento doutrinário. Toda arte de sentimentos nobres é grande vôo da criação, capaz de nos atingir, profundamente, e, nesse contexto, recordemos que o Brasil é o país que abriga a maior quantidade de artistas e de produções de artes espíritas.

A criatividade artística é sempre um processo inacabado, um eterno vir-a-ser, uma idéia em expansão. O artista deforma a realidade, transmutando-a em artifícios que desestruturam a fixidez das sociedades, desintegram o pensamento ortodoxo, e que se quer único. É preciso não esquecer que a arte é um eterno diálogo entre artista e público. As relações que os unem têm duplo sentido: o artista inspirando seu público e o público, por sua vez, reagindo sobre o artista, impondo-lhe seus gostos e seus desejos.

"A estética religiosa criou obras primas em todos os domínios; teve parte ativa na revelação de Arte e de beleza que prossegue pelos séculos além. A Arte grega criara maravilhas; a Arte cristã atingiu o sublime nas catedrais góticas, que se erguem, bíblias de pedra, sob o céu, com as suas altaneiras torres esculpidas, as suas naves imponentes, cheias de vibrações dos órgãos e dos cantos sagrados, as suas altas ogivas, de onde a luz desce em ondas e se derrama pelos afrescos e pelas estátuas." (2) Cremos que a estética espírita deve limitar-se a enunciar julgamentos da realidade, a estudar as correlações entre as formas artísticas e as formas espirituais e sociais, sem tanger o sectarismo e os dogmas normativos, que, obviamente, dizem respeito à teologia e à filosofia.

O Espiritismo, moralizando os homens, exerceu, exerce e exercerá uma grande influência sobre a arte em si e, particularmente, a música. Produzirá mais compositores virtuosos, que comunicarão as suas virtudes, fazendo ouvir as suas composições. André Luiz descreve, em sua obra Nosso Lar, (3) o Campo da Música, em cujas cercanias há Luzes de indescritível beleza, banhando extenso parque, onde se ostentam encantamentos de verdadeiro conto de fadas. Fontes luminosas traçam quadros surpreendentes de um espetáculo paradisíaco.

André comenta, em suas narrativas sobre a Colônia Espiritual, que, em gracioso coreto, um corpo orquestral de reduzidas figuras executa música ligeira. Nas extremidades do Campo da Música, há certas manifestações que atendem ao gosto pessoal de cada grupo dos que, ainda, não podem entender a arte sublime; mas, no centro, ouve-se a música universal e divina, a arte santificada, por excelência.

"Assim como a arte cristã sucedeu a arte pagã, transformando-a, a arte espírita será o complemento e a transformação da arte cristã". (4) Posto que a arte espírita é, por definição e por princípio, a arte universal, a rigor, onde reflita a beleza da harmonia Divina, podemos identificar a arte espírita na essência. Sobretudo, quando ela atinge o objetivo de levar à humanidade o consolo, o desejo de auto-reforma, o bem, a caridade, o amor. Pintores, escultores, compositores, poetas, rogarão as suas inspirações ao Espiritismo, e ele as fornecerá, porque é rico, é inesgotável. Muito mais importante do que o auxilio que a arte pode oferecer ao Espiritismo, é a transformação que a Doutrina Espírita causará, e já está causando, na arte. (5)

As primeiras expressões artísticas identificadas com a doutrina espírita surgem em 1858, pouco após o lançamento de O Livro dos Espíritos. Observa-se, nesse primeiro período, uma forte identificação entre arte e mediunidade. A edição de maio, de 1859, da Revista Espírita, traz uma matéria sobre o fragmento de uma sonata atribuída ao espírito de Mozart, pelo médium Bryon-Dorgeval. (6) Em 1860, Kardec utiliza, pela primeira vez, a expressão Arte Espírita, propondo-a como o terceiro elemento de uma tríade formada, também, pela arte pagã e pela arte cristã. O Espiritismo não poderia negar ou dispensar a atividade artística; ao contrário, os conceitos e concepções que traz, ajudam-nos a ampliar nossa visão acerca da arte, vista como elemento importante no movimento de elevação das almas, rumo ao porvir feliz e venturoso de equilíbrio espiritual.

É perfeitamente possível e verdadeiro o propósito de sensibilizar corações com a mensagem espírita, através da arte. Para isso, entretanto, é preciso se assumir o compromisso de FIDELIDADE com o Espiritismo. O espírita precisa burilar, incansavelmente, as obras artísticas de qualquer gênero e colaborar na Cristianização da Arte, sempre que se lhe apresentar ocasião, lembrando que a Arte deve ser o Belo, criando o Bem. "O artista espírita deve preferir as composições artísticas de feitura espírita integral, preservando-se a PUREZA DOUTRINÁRIA. A arte enobrecida estende o poder do amor." (7) (destaque meu)

A arte é excelente ferramenta para trabalhar a intuição e a sensibilidade, além de promover a inter-relação alegre e harmoniosa entre as pessoas. É, sem dúvida, expressão de harmonia, de aprimoramento e de beleza. Quem a transmite consegue estabelecer contato com a natureza e com o seu Criador. Nós vamos entender que Deus, ao criar a vida, não se afastou da beleza, da harmonia e da perfeição.

Que o Espiritismo seja a base das apresentações artísticas para quem trabalha com arte voltada para a divulgação e engrandecimento, posto que, é através da arte que o ser interage com o ambiente em que vive; e, principalmente, como forma de expressão, de materialização de idéias, sentimentos e percepções, em consonância com o patamar evolutivo em que se encontra.

Diante do exposto, convidamos os artistas espíritas a estudarem, mais profundamente, a maravilha de doutrina que temos ao nosso alcance, para dar a qualidade devida à Arte Espírita. Aos literatos e poetas, que refinem a poesia; aos pintores, que burilem a pintura; aos músicos, aos atores e aos dançarinos, que aperfeiçoem seus talentos, incansavelmente. Dessa forma, a Arte, aliada ao Espiritismo, assentará seus pilares e consolidará seu lugar, para fortalecer, ainda mais, o movimento espírita brasileiro, espalhando mais talentos por todos os cantos do mundo, sem jactâncias, sem pieguismos, sectarismos, fanatismos e tantos "esquisitismos" estranhos que teimam invadir nossas hostes através dos misticismos inócuos.
Prof. Dr. Jorge Hessen
(10.04.09)
E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net

FONTES:
(1) Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, ditado pelo Espírito Emmanuel, Rio de Jeneiro: Ed FEB , 2001, pag. 100, perg. 161
(2) Denis, Léon. O Problema do Ser, do Destino e Da Dor, Rio de Janeiro: Ed FEB , 1999
(3) Xavier , Francisco Cândido. Nosso Lar, ditado pelo Espírito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed FEB 2001, Cap. 45
(4) Kardec, Allan. Obras Póstumas, Rio de Janeiro, Ed FEB, 1992
(5) Artigo de Flávio Fonseca editado na Revista Cristã de Espiritismo nº 1
(6) Kardec, Allan. Revista Espírita, edição de maio de 1859, Brasília: Edicel, 2001,
(7) Vieira ,Waldo. Conduta Espírita, ditado pelo Espírito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1992

sexta-feira, 10 de abril de 2009

DONS ESPIRITUAIS

Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. (I Coríntios, 12: 1)

Dons espirituais é o mesmo que dons do Espírito, isto é, qualidade natural deste.

O apóstolo dos gentios foi sem dúvida o maior divulgador das verdades contidas na Boa Nova deixada por Jesus, sendo que historiadores modernos afirmam que sem ele não haveria cristianismo.

Por ser sabedor da necessidade de todos os discípulos do Senhor, de todas as eras, deixar de lado a ignorância, ele assim inicia o décimo segundo capítulo desta importantíssima epístola:

Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.

A ignorância é um dos sentimentos que mais prejudicam o Espírito em sua caminhada evolucional, poderíamos dizer que ela é, sem dúvida nenhuma, o germe de todas as imperfeições. Se no princípio da condição humana ela é natural, como nos afirmam os Espíritos superiores na questão 115 de O Livro dos Espíritos, com o desenvolver das possibilidades da criatura ela se torna entrave ao crescimento de todas possibilidades humanas.

O Espírito foi criado por Deus de Sua própria Substância, o que o fez imortal e o propulsiona sempre à evolução. Deste modo podemos dizer que Deus deixou Sua marca impressa na criatura, ou que permaneceu nela através da consciência que situa em sua profundidade. É a Imanência Divina.

"Se tivesse plena consciência deste fato o Espírito erraria muito menos realizando sua evolução sem passar pela fieira do mal como nos alertam as Entidades Redatoras da Doutrina Espírita."1

Ela, a ignorância, é a conselheira do orgulho, este algoz que escraviza o Ser nas armadilhas do personalismo, pois o orgulhoso nada mais é do que alguém que julgando-se superior e sábio fecha as portas para o recebimento de novas revelações, o que o libertaria da imperfeições com uma dose maior de conforto e segurança.

Se desejarmos seguir nossa caminhada rumo à perfeição como menores contrariedades e sujeitos a menos dores, estejamos atentos ao que diz o apóstolo:
Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.

No que diz respeito às possibilidades mediúnicas que todos possuímos a afirmativa do filho de Tarso é também de grande valia. Muitos são os espíritas que adentram as portas das Casas Espíritas já desejando ingressar no serviço mediúnico como se, simplesmente este anseio bastasse para a realização de um bom trabalho em favor dos semelhantes dos dois planos da vida.
Para que possamos ser médiuns dentro da concepção kardequiana é preciso estudo, e muito estudo, além das conquistas morais que distinguem os postulantes ao serviço cristão.

”As reuniões de estudo são, além disso, de imensa utilidade para os médiuns de manifestações inteligentes, para aqueles, sobretudo, que seriamente desejam aperfeiçoar-se e que a elas não comparecerem dominados por tola presunção de infalibilidade.”2

Assim, o iluminado codificador resume, concordando com Paulo, a nossa necessidade de cada vez mais aprendermos para melhor servirmos distanciados do orgulho, da presunção ou de qualquer sentimento inferior que nos afaste do objetivo pleno de sermos úteis em qualquer tarefa a realizar

Prof. Cláudio Fajardo

1 O Livro dos Espíritos, questão 120.
2 O Livro dos Médiuns item 329

sábado, 4 de abril de 2009

FELIZ ANIVERSÁRIO ÍVINA

Ela nasceu naquele dia.
O siêncio se fez,"como junto à mangedoura do Cristo".

O propósito divino acionou de novo os seus sagrados mecanismos.

Ela veio. — Benção! Benção! Benção!...

Feliz Aniversário Ívina

RM

13:42 3/4/2009

sexta-feira, 3 de abril de 2009

ANIVERSARIANTES DO MÊS



ABRIL
Aprendiz 07
Mana 07
Edna 08
Don Ross 10
Camila 11
Zizi 12
Maria José Campos 13
Teteka 22

A Idade de Ser Feliz
Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceitos.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.
Autor Desconhecido

Para as companheiras(os) de ideal, aniversariantes deste mês, nossos votos de felicidades perene. Que o nosso amado MESTRE JESUS as(os) abençõe e as(os)envolva sempre em seu manto de luz.
Abraços carinhosos da Equipe Cultivadores Da PAZ e SEPA.